sexta-feira, janeiro 27, 2006

Nas Sanjoaninas 2006 - Grupo de pais querem festividades sem álcool

Retirei este excerto de um artigo do jornal "A União", com o mesmo titulo que dou a este post. Passem por lá (www.auniao.com) e leiam o artigo na integra, de qualquer maneira deixo aqui aquele parágrafo que julgo resumir (felizmente ou infelizmente, decide tu) a verdadeira essência de ser Terceirense. Nem faço comentários ao que se segue...

Terceira no topo do consumo

“A ilha Terceira tem a particularidade de registar um dos mais elevados consumos ocasionais de bebidas alcoólicas a nível Açores, os quais estão associados à característica particular que o terceirense possui e que se prende com o gosto pelos festejos e convívios como mais ninguém nos Açores. Embora o consumo ocasional seja um consumo desvalorizado e tolerado, não deixa de ser preocupante pelas ligações à sinistralidade rodoviária, sinistralidade laboral e violência doméstica em que, aos fins-de-semana, feriados e no dia imediatamente a seguir, apresentam índices mais elevados”.Dentro da ilha Terceira, as pessoas que habitam os meios urbanos apresentam uma maior prevalência de consumo regular de bebidas alcoólicas do que as residentes em meios rurais, “todavia os padrões de consumo são bastante diversificados por as pessoas do meio rural que consumem o fazerem todos os dias, enquanto as que habitam nos meios urbanos o fazem preferencialmente com regularidade semanal ou ocasional.“Sendo os jovens entre os 15 e os 25 o grupo populacional que apresenta maior propensão para o consumo de bebidas alcoólicas, tabaco e drogas é preciso acreditar que é possível travar-se uma luta, embora se saiba que será titânica, porque o pior de tudo é nada fazer”.

Gravações - Velvetstone preparam-se

Talvez tenha sido dos grupos de Rock Terceirense que mais evoluiu no ano transacto. Depois de várias fases conturbadas, eis que este conjunto apareceu com um guitarrista novo, que veio dar uma certa dinâmica à performance musical e apresentaram-se em força no concurso Angrarock de 2005. Depois de passarem à final conseguiram arrecadar o 2º lugar, merecido, no entender da maioria das pessoas presentes. Começaram a passar mais tempo na sala de ensaios e isso notou-se nas outras aparições ao vivo, entre as quais a muito bem conseguida actuação no festival Angrarock no Bailão, no passado mês de Setembro. Dai para cá o conjunto tem estado fechado nos ensaios e prepara-se agora para gravar 6 temas originais num homestudio, por Toni Vasconcelos.

Velvetstone @ Angrarock 05 Posted by Picasa

A ideia será fazer um Demo CD, no entanto o conjunto ainda não tem nada decidido nesse aspecto, interessando somente agora o facto de terem que gravar. Sem se saber se irão concorrer novamente ao concurso Angrarock, os Velvetstone deixam a certeza que com o trabalho que tem estado a desenvolver poderão surpreender pela positiva durante as actuações ao vivo este ano. O “Musicofilia” fica à espera de mais novidades e possivelmente teremos aqui uma entrevista com esta banda que é uma das poucas na Terceira que não deixa o Rock morrer. Que sirva de exemplo!

in Jornal " A União" de 25 de Janeiro de 2006

sexta-feira, janeiro 20, 2006

A tua indiferença é o poder deles...

Desta vez e á semelhança das ultimas autárquicas, não vou votar, infelizmente. Estou recenseado em Angra e como estou a viver em Ponta Delgada, não posso votar. Tenho pena, porque é a única arma que nós cidadãos comuns têm perante a máquina do estado, que actualmente revela-se cada vez mais reaccionária, hipócrita e cheia de pormenores sarcásticos.
No próximo dia 22 o povo Português vai ser chamado ás urnas para votar naquela que é a figura menos importante para o país, o presidente da república portuguesa. Não é mais que, para além de chefe supremo das forças armadas, a figura que nos representa no exterior. A nossa cara, digamos. Não tem papel activo no desenrolar do dia a dia do país, embora pelo menos um candidato ache que sim (economistas…), nem nas opções de governabilidade, apesar de ser um árbitro/espectador. Mas tudo bem, esse é o nosso sistema republicano e quem sou eu para pô-lo em causa?! Mas de qualquer maneira e independentemente da importância (ou falta dela) que esta figura de estado possa ter no nosso país, a verdade é que vai ocupar aquele cargo e vai ganhar para cima do milhar de contos. Por isso é bom que tenhamos a nossa opinião expressa no papel de voto, a tal arma que temos, votar a favor daquele que achemos o melhor candidato, mesmo que todos sejam uma desgraça completa! Ou então deixar a nossa marca de desaprovação, deixando o cartão em branco, não me interessa. Quero é pedir a todos que não faltem ás urnas, apareçam, aproveitem este acto que não serve só para dar as cadeirinhas aos senhores, mas também serve para darmos a nossa opinião! Demonstrem que são um povo com ideologia, com opiniões formadas, com capacidade de decisão. Demonstrem que são cidadãos! A abstenção é a pior inimiga dum regime democrático livre, mais ainda quando cada vez mais parecemos um país de analfabetos funcionais, pouco cultos, comodistas e pobres, de espírito essencialmente.
Espero que se prove o contrario neste teste e que a presença nas urnas em todo o país revele, afinal, um povo que até arrebita quando é preciso e não só quando Portugal está nas fases finais de europeus ou mundiais de futebol. Um povo que não é passivo, mas que é capaz de adoptar um papel activo dentro da sociedade. Estou a pedir muito, eu sei, mas é possível.
Votem no dia 22 e nunca se esqueçam que a vossa indiferença, será o poder “deles”…

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Demo CD dos Fora de Mão

Os Terceirenses Fora de Mão são mais uma banda de Punk/Hardcore a emergir na região. Já gravaram o seu Demo CD que contém 5 músicas originais e vai ter o seu lançamento de apresentação durante as férias da Páscoa, sendo que concertos no continente Português estão a ser considerados. Mais informações sobre o conjunto em www.myspace.com/forademao ou www.purevolume.com/forademao.


A Terceira a dar cartas no Punk Rock... Posted by Picasa

segunda-feira, janeiro 16, 2006


Resposta Simples e White Lie no Ribas Posted by Picasa

Impulso Produções - Compilação “Ataque Frontal”

Esta que é uma produtora Terceirense recentemente criada e que actua essencialmente na área do Punk/Hardcore vai fazer o lançamento da 1ª compilação dupla nacional do género, pelo menos a mais completa até hoje.

Peste & Sida entram na compilação Posted by Picasa

São 50 músicas de 50 bandas nacionais, entre as quais as Açorianas Resposta Simples, Manifesto e Fora de Mão, todas da Terceira. Todos os conjuntos estão confirmados nesta edição, estando a equipa a rematar os detalhes finais para o tão esperado lançamento a nível nacional.
A mistura e masterização dos temas ficaram a cargo de Miguel Marques
(Easyway), nos estúdios Generator. Deste modo segue a lista das músicas a entrar neste trabalho:
CD 1 - Acromaníacos – Cherne Laranjinha; Albert Fish – Future; Alien Squad – The Alien’s awake / Human Zénith; Alison Bentley – You rope; Banshee and something else we can’t remember - Take Me Home (I Can’t Drive); Barafunda Total – Tribos urbanas; Coiratos Violentos – Coiratos Violentos; Crise Total – Suicídio Involuntário; Decreto 77 – (you don’t) move and inch; Defying Control – Turn it off; Easyway – Back to Black; Enday – Mariachi; Ervas Daninhas – Pedras da Calçada; Fiona At Forty – Worn out shoe box; Freedoom – Inferno Punx; Fishbrain – Infected (my brand new day); Fitacola – Eu não; For The Glory – I won’t crawl on my knees; Fora de Mão – Tarraça; Get Lost – File 032; If Lucy Fell – Fat Man Dilemma; July Thirtheen – While; Last Hope – Que Queremos Nós; Left Hand – The girls suck but they’re hot; Manifesto – Estrela Vermelha
CD 2 - Mata-Ratos – O Gangue das Batinas; More Than Hate – World of Waste; No Age Limit – Science; No One Yet – 8 pecados; Omited GR – Obsession; Peste&Sida – Trash Metal; Piss!! – Lords of war; Pointing Finger – Transcend; Rejects United – Strolled Away; Resposta Simples – Genocídio Cultural; RJA – Subtil (Terrorista Português); Sicks Souls - Mysteries of Life; Simbiose – Betrayal; SK6 – Zero como ponto de partida; Subcaos – Rise against; Take a Hike – Máquina de Guerra; Tara Perdida – Lambe Botas; The Aster – Evergreen; The Parkinsons – Heroes & Charmers; The Hellspiders – Motorcycle Girl; The No-Counts D.O.M. – Valhalla on the Rocks; The Starvan – Fake Roofs; The Traumatics – Murder’s Lane; Trinta e Um – Homem de Barro; Twenty Inch Burial – Octopus.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Resposta Simples hoje no Hard Club no Porto

Os Resposta Simples, banda Terceirense de Punk/Hardcore actuam hoje á noite no Hard Club, em Gaia, cidade do Porto, a mais mitica sala de espectáculos actualmente no país. Vão fazer o "opening act" para os Freedoom, banda daquela cidade e que recentemente esteve nos Açores no II Festival Acção Directa em Angra do Heroísmo. Esta que é uma das bandas Açorianas a apostar mais no mercado nacional actualmente, tem feito alguns espectáculos importantes para rodagem e preparam-se para mais uma mão cheia deles. Nesta sexta-feira 13, o máximo que posso dizer é "break a leg"!

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Concurso guitarrista Metalicidio - Bar PDL @ Ponta Delgada


Rodrigo Raposo, vencedor do concurso Posted by Picasa

Aguardado com muita expectativa, o concurso de guitarristas promovido pelo site açoriano www.metalicidio.com efectuou-se no passado dia 28 de Dezembro no Bar PDL, em Ponta Delgada, e, diga-se, foi um verdadeiro sucesso. Tal como já vinham demonstrando com o seu site, João Arruda e Rui Melo conseguiram prestar mais um serviço de ouro ao metal açoriano, desta feita com a realização de um evento musical. O concurso guitarrista Metalicídio vem no seguimento do crescimento que o site tem vindo a registar e à ambição do mesmo em fazer cada vez mais pelo metal açoriano. Se de coerência, inteligência e credibilidade o site já tinha dado provas, então os seus mentores conseguiram agora dar um passo de gigante a nível de promoção e, acima de tudo, rumo a uma imagem que se quer forte. Sendo assim, todo o evento esteve à altura das expectativas e a promoção feita atempadamente aguçou, e de que maneira, o apetite a todos os amantes do som eterno por estas paragens. Por esta razão, e até porque há muito não se via uma iniciativa desse género em S. Miguel, o bar PDL registou uma enchente memorável, com os números a registarem cerca de meio milhar de pessoas. Se é verdade que isto pode tornar o ambiente sufocante num bar com aquelas características, a verdade também é que o evento foi suficientemente interessante para que se justificasse a presença de todos nas cerca de duas horas e meia em que decorreu o espectáculo.
Ao todo podemos escutar 9 concorrentes, sendo que três dos inscritos inicialmente acabaram por desistir. O mote foi dado por João Andrade [Septic Miracle], acompanhado por um baixo, que executou dois temas algo sóbrios tecnicamente, e uma cover de Ozzy Osbourne – “Crazy Train” – que arrancou logo efusivas reacções de alguns presentes da “velha guarda”.
Com uma breve pausa para troca de músicos e instrumentos [situação de prezar pelo facto de nunca ter prejudicado a dinâmico concurso], entra logo de seguida Luís Cordeiro. Acompanhado de João Carreiro no baixo, Luís Cordeiro acabou por ter no seu trunfo [um meddley de Metallica] o seu ponto mais comprometedor. Para além da falta da ligação em alguns trechos, os erros foram demasiados e o nervosismo era patente. De qualquer forma, o público vibrou em algumas partes mas, para quem toca Metallica, o risco de se perceber os erros são maiores, e a exigência não deixa de ser muito grande.De seguida, André Contente [ex-Schism], entra a matar com uma introdução muito técnica e debaixo de um coro de incentivos. André mostrou tapping muito bem executado e dois temas originais envoltos num aroma neoclássico que cativou muito os presentes. Para finalizar, André executou uma versão de Vangelis. Sempre destemido e muito confiante, André teve também um acompanhamento muito digno de Ricardo Cabral, membro que aliás conhece muito bem da sua antiga banda.Seguiu-se Nelson Félix, mais quatro dos membros que o acompanham nos black metallers Summoned Hell. Com um dedilhado muito melódico abre um dos seus temas, passando logo de seguida para velocidades mais altas. Nelson demonstrou boa técnica, embora tenha falhado alguma notas, mas acabou por ser a banda que o acompanhou, nomeadamente o baterista, quem contribuiu para que os seus temas soassem muito confusos por vezes.Após Nelson entra em cena Rodrigo Raposo, conhecido músico dos Massive Sound Of Disorder. Quem já o ouviu e conhece o metal progressivo que a sua banda pratica, já esperava uma prestação altamente técnica. Aliás, Rodrigo partia já para este concurso como um dos favoritos à vitória. Sendo assim, foi só uma questão de Rodrigo pegar na guitarra e se começar a assistir a um festival de pura arte. Uma verdadeira lição de como tocar bem guitarra e a prova de que este é, sem dúvida, um dos melhores guitarristas dos Açores. O que Rodrigo demonstrou é digno de um profissional de renome, e adivinha-se por isso um futuro brilhante à sua frente. O que Rodrigo executou não deixaria um Petrucci, um Malmsteen ou um Satriani envergonhados, e para nós foi uma mera questão de ficarmos de olhos fixos no braço da sua guitarra e tentar acompanhar aquele espectáculo deslumbrante. Executou todo o tipo de técnicas que se pode efectuar com uma guitarra e com uma segurança impressionante, para além de que a sua linguagem corporal deixa antever uma verdadeira alma artística por detrás daquela guitarra. E ainda, como cover, um exigentíssimo tema do guitarrista supersónico Michael Angelo Batio... Só por aí já podemos ver aonde vai o talento de Rodrigo. Uma natural e merecida onda de aplausos fechou a sua actuação.Seria agora difícil superar um momento daqueles, e até adivinharia uma certa frustração nos músicos que se lhe seguiram. Mas para provar o contrário, e para provar que os concursos também existe para quem se quer divertir, António Neves e André Gouveia, ambos In Peccatvm, revelaram uma maneira inteligente de criar uma alternativa ao cariz normalmente muito técnico e sério que marca este tipo de eventos. “A Fúria do Pai Natal”, um tema embrulhado num espírito rock’n’roll muito interessante, deliciou os presentes. Muita atitude, principalmente do baixista André Gouveia que, inclusive, soltou a sua farta cabeleira e num valente headbanging mostrou que o rock é mesmo uma questão de espírito. E assim, os dois músicos divertiram e divertiram-se, numa prestação que eu diria quase feita para atacar o prémio criatividade.De seguida, o desconhecido Eduardo Furtado subiu ao palco com o seu teclista para uma entrada calma e contida. Segui-se um tema rock’n’roll, bem preenchido pelas teclas, quase em regime swing, mas a monotonia fez-se evidenciar com o passar do tempo. Até o nervosismo não ajudou, já que Eduardo deixou cair duas vezes a palheta.Muito acarinhado pelo público, que gritava “Picoto”, segui-se a prestação de Luís Silva, músico bem conhecido por ter feito parte dos Dark Emotions e actualmente figurar nos Reborn. Luís brindou-nos com uma magnifica malha em tudo inspirada nos geniais Meshuggah, mas que nem por isso deixou de ser interessante. A mestria e a coesão com que Luís e João Freitas executaram os mais difíceis compassos rítmicos só prova da sua capacidade técnica e particularidade ao fazer música. Logo de seguida, e como que se a surpresa já não fosse muita, Luís mune-se da sua viola acústica e executa uma belíssima balada. A serenidade na sua face foi um fiel reflexo daquilo que estava a tocar e a sentir.Para terminar, e para provar que temos músicos empenhados em fazer coisas diferentes, tivemos Ruben Frias apenas acompanhado por um sample feito pelo conhecido DJ Varela, numa mistura electro/industrial rock tão pouco usual na região. Ruben acabou por ir demonstrando algum nervosismo ao longo do concerto, com algumas falhas de execução sucessivas, ao que fomos percebendo que, em parte, se devia a problemas técnicos. Contudo, fica a impressão de que o músico ainda sente alguma insegurança no que faz mas, mesmo assim, foi capaz de apontamentos muito bons.Terminada a tarefa dos músicos, agora cabia ao júri fazer o seu papel. E como premiados o júri contemplou, com naturalidade, Rodrigo Raposo – com o prémio “Técnica” – e Luís Silva com um merecido prémio de “Criatividade”, uma vez que foi o único que abordou a componente pesada e rítmica da guitarra e também porque usou a viola na sua natureza acústica. Como prémios, cada um levou um trofeu Metalicídio, uma guitarra Jackson JS30 e um cheque de desconto de 50 euros nos estúdios Nebur Records. No saldar deste evento, ficamos felizes por constatar que temos muitos e excelentes músicos nas redondezas e que o Metalicídio começa a tomar um papel de fulcral importância no desenvolvimento do nosso panorama heavy. Que os músicos e a equipa do Metalicídio continuem a transportar a chama do Metal da forma tão forte e convincente como têm feito até agora. Que venha o próximo concurso.

Texto de Nuno Costa - www.soundzone.blogspot.com

terça-feira, janeiro 03, 2006

Bom ano 2006

Ano novo e quem sabe, talvez música nova. Espero que as entradas tenham sido boas para todos, de minha parte entrei da melhor maneira, com amigos e a ouvir um bom Metal...

Sinto que este blog tem tido, de alguma maneira, uma certa assiduidade por parte de variados visitantes e que tem servido como meio de informação, apesar de ser um veiculo relativamente limitado. Ainda assim, espero que possa fazer crescer mais todo este meu trabalho que tem como compensação mais alguma notariadade dada á música e aos artistas Açorianos. Novos projectos talvez venham a caminho e se assim acontecer, isso terá ainda mais visibilidade. Obrigado a todos pelo apoio e não deixem de acompanhar o que é nosso e feito por nós!
Que 2006 faça esquecer as tristezas de 2005.