Texto - Miguel Linhares
Todos já devem estar a par da fantochada que se passa no transporte marítimo de passageiros e viaturas nos Açores este ano, depois da concessão ter sido atribuída á Transmaçor, que anda sem soluções. O Governo, já se sabe, também tem culpa em tudo isto e não está inocente nesta situação, mas no fundo o que me leva a escrever isto, não é tentar saber de quem é a culpa e como deve ser resolvido a situação, até porque, não é a nós que nos compete solucionar o problema! Mas enquanto possível cliente, enerva-me toda esta irresponsabilidade. Possível cliente, porque agora o mais certo é viajar durante o verão na SATA, contra a minha vontade, claro, não só por ser estupidamente caro, mas porque a viagem de barco, durante o verão, é mais bonita e compensadora. Como também já repararam, quem quiser viajar entre as ilhas, para marcar presença nas várias festividades vai-se deparar com grandes problemas de horários, disponibilidade e além disso, a companhia aconselha a que se compre os bilhetes na véspera, porque a própria não consegue garantir que no dia requerido – e apesar de ter sido facultado um horário fixo para o Ilha Azul – o barco realmente saia do cais e/ou faça a viagem estipulada. Como se diz na gíria, uma grandessíssima barraca!!!
Para quem, por exemplo, vive em S. Miguel e quer ir passar um fim-de-semana á Terceira…terá que ir de avião! Para ir á Terceira, só indo na segunda-feira e voltando na sexta-feira! A viagem contrária é possível com a ida na sexta-feira e o regresso na segunda-feira, mesmo assim a Transmaçor coloca interrogações e pede-nos para comprar em cima da data, o que deverá ser agradável, ficar sem saber como programar as férias, o que dizer aos chefes e ficar na dúvida até ao ultimo momento, para além das filas que isso vai originar, quase de certeza. Portanto, para ir aos festivais e festas na Terceira, só pagando quase 200 Euro á SATA – com mais uns "troquinhos" dá para ir ao continente (!) – e para vir aos festivais em S. Miguel só rezando – para quem é crente – e esperar que a sorte lhe bata á porta e realmente haja barco e haja vaga. Para quem organiza eventos e espera movimentar e interligar as populações das variadas ilhas, esta é uma facada difícil de sarar, com repercussões financeiras. O grupo central deve-se safar e não fazer parte deste escândalo. Esta região não evolui mesmo…
in jornal "A União" de 19 de Julho de 2006
quarta-feira, julho 19, 2006
Mega evento - Jamiroquai nos Açores
Promovido pela Fábrica de Festas do Grupo SIRAM, o I Festival de Ponta Delgada será “um mega evento”, com um orçamento global de 790 mil euros, para o qual se espera a afluência de vários milhares de pessoas. O cartaz abrange diferentes estilos musicais, sendo um festival que vale pelo todo e se quer fixar como um cartaz turístico, integrado no mapa dos grandes concertos de Verão do país, sendo também o maior evento do género realizado nos Açores.
Haverá no recinto do Festival dois palcos e uma tenda electrónica, uma tenda VIP, zonas de restauração e de lazer e de promoção dos patrocinadores.
No palco principal actuarão uma banda nacional e duas internacionais por dia, enquanto o palco regional será reservado a três bandas dos Açores em cada dia do festival.
Na tenda electrónica actuarão Dj´s regionais, nacionais e internacionais.
No primeiro dia, o Festival de Ponta Delgada contará com as actuações das bandas regionais In Peccatum, Trauma Prone e Morbid Death, enquanto na tenda electrónica actuarão os Dj´s Herberto Quaresma, Delicious e Michael C. No palco principal estarão Boss AC, Daniela Mercury e Juanes.
No segundo e último dia actuarão no palco regional A Diferent Mind, Passos Pesados e YNOT, e na tenda electrónica Fusion Project, Dezperados-Lux e Double Damage. Principais atracções deste dia, Expensive Soul e Jamiroquai.
As portas do Festival estarão abertas entre as 18:00 e as 06:00. Há um bilhete duplo de 45 euros, que dá acesso a todas as áreas, mas a organização pretende colocar à venda um bilhete diário de 30 euros.
O Festival conta com a parceira da autarquia de Ponta Delgada, através da ANIMA/Cultura, para além de variados apoios e patrocinadores.
in jornal "A União" de 19 de Julho de 2006
Haverá no recinto do Festival dois palcos e uma tenda electrónica, uma tenda VIP, zonas de restauração e de lazer e de promoção dos patrocinadores.
No palco principal actuarão uma banda nacional e duas internacionais por dia, enquanto o palco regional será reservado a três bandas dos Açores em cada dia do festival.
Na tenda electrónica actuarão Dj´s regionais, nacionais e internacionais.
No primeiro dia, o Festival de Ponta Delgada contará com as actuações das bandas regionais In Peccatum, Trauma Prone e Morbid Death, enquanto na tenda electrónica actuarão os Dj´s Herberto Quaresma, Delicious e Michael C. No palco principal estarão Boss AC, Daniela Mercury e Juanes.
No segundo e último dia actuarão no palco regional A Diferent Mind, Passos Pesados e YNOT, e na tenda electrónica Fusion Project, Dezperados-Lux e Double Damage. Principais atracções deste dia, Expensive Soul e Jamiroquai.
As portas do Festival estarão abertas entre as 18:00 e as 06:00. Há um bilhete duplo de 45 euros, que dá acesso a todas as áreas, mas a organização pretende colocar à venda um bilhete diário de 30 euros.
O Festival conta com a parceira da autarquia de Ponta Delgada, através da ANIMA/Cultura, para além de variados apoios e patrocinadores.
in jornal "A União" de 19 de Julho de 2006
terça-feira, julho 18, 2006
segunda-feira, julho 17, 2006
CD Metalicidio com três bandas terceirenses
Assim como anunciado, o CD Metalicidio estará disponível ainda este mês. As capas e labels foram impressas numa empresa profissional, estando assim garantida a qualidade dos discos. O site Metalicidio ainda informa que não foi possível adicionar um último tema enviado (Gnosticism - Fruit of Passion) visto que, como foi o último a ser enviado e não havia mais espaço, teve de ser excluído. O CD deverá custar entre 4-6 euros e, a seu tempo, serão anunciados os seus locais de venda.
Segue o alinhamento, com destaque para os grupos terceirenses presentes nesta compilação:
01. Massive Sound Of Disorder - Endless Love
02. Psy Enemy - Religion and Fiction
03. Tolerance 0 - Everyday Meal
04. Morbid Death - Last Breath
05. Manifesto - Estrela Vermelha
06. Stormwind - Racism Sucks
07. Nürband - Inside
08. In Peccatum - Watery Portrait
09. Resposta Simples - Genocidio Cultural
10. Nableena - Howling Blizzard
11. Enuma Elish - Eterno Descanso
12. Hiffen - Blind thoughts
13. Crossfaith - Bleed for me
14. Zymosis - Revenge
15. Death to Rise - The Missing Thing
quinta-feira, julho 13, 2006
Capital açoriana da cultura?!
Texto - Miguel Linhares
Angra do Heroísmo – capital açoriana da cultura. Isto é algo que já não faz muito sentido e não é, de todo, verdade, infelizmente! Já o foi, neste momento e por mais que nos custe é Ponta Delgada, por tudo o que acontece semanalmente nesta cidade. Para além de ter excelentes casas de espectáculo, como o Coliseu e o Teatro Micaelense, possui boas salas de exposições, cinema, teatro e por aqui passam inúmeros artistas de todas as vertentes culturais e de todo o mundo. Foram criadas empresas que são responsáveis por cada uma destas casas, ou espaços, de modo a gerirem convenientemente a actividade artística e a tirar lucro delas. No fundo entregou-se a pessoas capazes, a “exploração” da actividade cultural na ilha, com as câmaras municipais a encabeçarem este movimento. É isto que falta, por exemplo, ao Teatro Angrense. Fico triste ao ver o abandono que aquele teatro foi relegado e pela fraca promoção de que é alvo. No Centro Cultural, vá lá, isto já não é tão notório, mas sinto que falta sangue na guelra de quem conduz os destinos daquela casa. Digo isto enquanto angrense, minimamente informado e preocupado com a inactividade cultural da nossa cidade. Dinheiro gera dinheiro, portanto se o município separar inicialmente verbas que sirvam para impulsionar as actividades – bem escolhidas, atenção – o retorno será garantido. É assim que funciona. E depois há mais uma coisa, não pode se entregar, como já se viu, os destinos destes lugares a eruditos. Não funciona! Há que exigir dinâmica, juventude, polivalência e conhecimento abrangente de causa. Senão colocam-se artistas e actividades em cartaz que só interessam a meia dúzia de Srs. Doutores e mais uns quantos curiosos. E isso não dá dinheiro de certeza. Há que aliar o factor comercial com o factor qualidade. E existem inúmeras possibilidades nessa área. É preciso é conhecê-las, antevê-las, fazê-las gerarem lucros e ao mesmo tempo acordar a cidade para a cultura e para o entretenimento. E ai sim! Poderemos novamente nos orgulhar de sermos a capital açoriana da cultura. Até lá, vamos ter que continuar atrás de S. Miguel em mais este assunto…
in jornal "A União" de 12 de Julho de 2006
Angra do Heroísmo – capital açoriana da cultura. Isto é algo que já não faz muito sentido e não é, de todo, verdade, infelizmente! Já o foi, neste momento e por mais que nos custe é Ponta Delgada, por tudo o que acontece semanalmente nesta cidade. Para além de ter excelentes casas de espectáculo, como o Coliseu e o Teatro Micaelense, possui boas salas de exposições, cinema, teatro e por aqui passam inúmeros artistas de todas as vertentes culturais e de todo o mundo. Foram criadas empresas que são responsáveis por cada uma destas casas, ou espaços, de modo a gerirem convenientemente a actividade artística e a tirar lucro delas. No fundo entregou-se a pessoas capazes, a “exploração” da actividade cultural na ilha, com as câmaras municipais a encabeçarem este movimento. É isto que falta, por exemplo, ao Teatro Angrense. Fico triste ao ver o abandono que aquele teatro foi relegado e pela fraca promoção de que é alvo. No Centro Cultural, vá lá, isto já não é tão notório, mas sinto que falta sangue na guelra de quem conduz os destinos daquela casa. Digo isto enquanto angrense, minimamente informado e preocupado com a inactividade cultural da nossa cidade. Dinheiro gera dinheiro, portanto se o município separar inicialmente verbas que sirvam para impulsionar as actividades – bem escolhidas, atenção – o retorno será garantido. É assim que funciona. E depois há mais uma coisa, não pode se entregar, como já se viu, os destinos destes lugares a eruditos. Não funciona! Há que exigir dinâmica, juventude, polivalência e conhecimento abrangente de causa. Senão colocam-se artistas e actividades em cartaz que só interessam a meia dúzia de Srs. Doutores e mais uns quantos curiosos. E isso não dá dinheiro de certeza. Há que aliar o factor comercial com o factor qualidade. E existem inúmeras possibilidades nessa área. É preciso é conhecê-las, antevê-las, fazê-las gerarem lucros e ao mesmo tempo acordar a cidade para a cultura e para o entretenimento. E ai sim! Poderemos novamente nos orgulhar de sermos a capital açoriana da cultura. Até lá, vamos ter que continuar atrás de S. Miguel em mais este assunto…
in jornal "A União" de 12 de Julho de 2006
Em Julho - Compilação Metalicidio
O CD-Compilação Metalicidio sairá já durante o mês de Julho.O processo de elaboração do CD está quase concluído.Tratar-se-á de um CD-R estampado com autocolante com qualidade de gráfica. As capas também terão qualidade de gráfica. O preço rondará entre os 3 e 5 euros. Tenham em atenção o lançamento desde disco, algumas bandas terceirenses irão fazer parte desta compilação.
terça-feira, julho 11, 2006
Festas Nordeste - Noite Rock
Texto - www.soundzone.blogspot.com
No próximo dia 14 de Julho, sexta-feira, os Stampkase (vencedores do AngraRock 2005), Trauma Prone, Hiffen(vencedores do AngraRock 2003) e Country Of Chaos actuam na "Noite Rock" inserida nas Festas da Vila do Nordeste, em S. Miguel, Açores. As entradas são gratuítas e o espectáculo tem início marcado para as 22h30.
Este é um evento com o apoio da SounD(/)ZonE.
No próximo dia 14 de Julho, sexta-feira, os Stampkase (vencedores do AngraRock 2005), Trauma Prone, Hiffen(vencedores do AngraRock 2003) e Country Of Chaos actuam na "Noite Rock" inserida nas Festas da Vila do Nordeste, em S. Miguel, Açores. As entradas são gratuítas e o espectáculo tem início marcado para as 22h30.
Este é um evento com o apoio da SounD(/)ZonE.
domingo, julho 02, 2006
Reacções pouco próprias!
Texto - Miguel Linhares
Já passou quase um mês sobre o concurso AngraRock deste ano, mas ainda muito se fala sobre isto. Acho que este acabou por ser o ano mais polémico relativamente ás posições finais e aos grupos que subiram ao pódium, já acompanho este concurso desde o seu inicio, em 2000, e não me lembro de tanta contestação. Acima de tudo, já percebi que incomodou muita gente ser novamente uma banda micaelense a levar o maior prémio. Esta foi a terceira banda a consegui-lo e é o segundo ano consecutivo que o prémio vai para S. Miguel, para além de o segundo lugar também ter ido para a ilha verde. Depois porque, realmente, as bandas que ficaram nos 3º, 4º e 5º lugares, aparentemente, tinham mais qualidade, mais energia e mais originalidade. Sinceramente, como não as vi ao vivo, não sei e só conheço o trabalho dos Anomally e vagamente o dos Othello, pelo que não posso falar sobre os Overload. Os The Bliss, também não conheço, mas quanto aos vencedores, A Different Mind, sei que são excelentes executantes e muito experientes. Não me admira que tenham vencido, embora saiba que ao vivo não têm uma prestação muito colorida, são uma banda muito estática em palco. Mas esse, e seguindo o regulamento do AngraRock, não é o factor principal a ter em conta, mas sim a musicalidade, a execução e a originalidade. Claro que tudo o resto também deve ser tido em conta e ajudará a adicionar, ou a retirar pontos! Mas independentemente de ter sido justo ou não, o que quero realçar aqui são as reacções de algumas pessoas. Quem acompanha o blog da Sound(/)Zone (para o qual eu também participo com a minha escrita), reparou em alguns comentários menos próprios que chegaram ás agressões verbais e promessas de agressões físicas, essencialmente aos membros dos A Different Mind e, incompreensivelmente, ao coordenador do blog. Sinto-me envergonhado por haverem amantes de música da minha ilha com atitudes destas. Tudo isto não ajuda em nada á nossa imagem fora de portas e agora imaginem se alguma banda da nossa ilha, de quem gostamos, fosse recebida em S. Miguel dos mesmos modos!!! Quem realmente está indignado com estes resultados tem que apontar o dedo, somente, ao júri do concurso. Só eles tem o poder de decidir, só eles podem ser contestados, não os participantes que só vão lá mostrar o seu trabalho. E se acham que estou a exagerar passem em www.soundzone.blogspot.com e vejam alguns comentários, principalmente no post “A Different Mind são os grandes vencedores...” e vejam a palhaçada que ali vai…
in jornal "A União" de 29 de Junho de 2006
Já passou quase um mês sobre o concurso AngraRock deste ano, mas ainda muito se fala sobre isto. Acho que este acabou por ser o ano mais polémico relativamente ás posições finais e aos grupos que subiram ao pódium, já acompanho este concurso desde o seu inicio, em 2000, e não me lembro de tanta contestação. Acima de tudo, já percebi que incomodou muita gente ser novamente uma banda micaelense a levar o maior prémio. Esta foi a terceira banda a consegui-lo e é o segundo ano consecutivo que o prémio vai para S. Miguel, para além de o segundo lugar também ter ido para a ilha verde. Depois porque, realmente, as bandas que ficaram nos 3º, 4º e 5º lugares, aparentemente, tinham mais qualidade, mais energia e mais originalidade. Sinceramente, como não as vi ao vivo, não sei e só conheço o trabalho dos Anomally e vagamente o dos Othello, pelo que não posso falar sobre os Overload. Os The Bliss, também não conheço, mas quanto aos vencedores, A Different Mind, sei que são excelentes executantes e muito experientes. Não me admira que tenham vencido, embora saiba que ao vivo não têm uma prestação muito colorida, são uma banda muito estática em palco. Mas esse, e seguindo o regulamento do AngraRock, não é o factor principal a ter em conta, mas sim a musicalidade, a execução e a originalidade. Claro que tudo o resto também deve ser tido em conta e ajudará a adicionar, ou a retirar pontos! Mas independentemente de ter sido justo ou não, o que quero realçar aqui são as reacções de algumas pessoas. Quem acompanha o blog da Sound(/)Zone (para o qual eu também participo com a minha escrita), reparou em alguns comentários menos próprios que chegaram ás agressões verbais e promessas de agressões físicas, essencialmente aos membros dos A Different Mind e, incompreensivelmente, ao coordenador do blog. Sinto-me envergonhado por haverem amantes de música da minha ilha com atitudes destas. Tudo isto não ajuda em nada á nossa imagem fora de portas e agora imaginem se alguma banda da nossa ilha, de quem gostamos, fosse recebida em S. Miguel dos mesmos modos!!! Quem realmente está indignado com estes resultados tem que apontar o dedo, somente, ao júri do concurso. Só eles tem o poder de decidir, só eles podem ser contestados, não os participantes que só vão lá mostrar o seu trabalho. E se acham que estou a exagerar passem em www.soundzone.blogspot.com e vejam alguns comentários, principalmente no post “A Different Mind são os grandes vencedores...” e vejam a palhaçada que ali vai…
in jornal "A União" de 29 de Junho de 2006
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