sexta-feira, maio 19, 2006

Insaniae - álbum á venda

Encontra-se à venda o álbum de estreia de INSANIAE. Chama-se "Outros temem os que esperam o medo da eternidade", composto por cinco temas, o que perfaz um total de 56m. O custo do álbum é de 5 euro e está a ser distribuído pelo D:/moni1/ -www.abcdemonium.blogspot.com

Contactem por mail:
demonium.blog@gmail.com
my_demon@clix.pt
martaxxv@mail.pt

quinta-feira, maio 18, 2006

Quanto custa a cultura em Portugal?

Texto - Miguel Linhares

Se olharmos bem para o mapa-mundo, até nem somos dos países mais pobres culturalmente e intelectualmente. Comparado com os países de terceiro mundo, somos um país muito culto e educado, comparado com os países desenvolvidos – e europeus essencialmente – já deixamos algo a desejar. A nossa história é vasta, o nosso povo apesar de abusivo em relação aos demais que ia encontrando nas terras descobertas, sempre foi um povo inteligente, culto, dado á aventura, descoberta, investigação…nada faria prever que Portugal se tornasse no que hoje invariavelmente é! Um país de pessoas incultas e analfabetas funcionais. Apesar de não ser geral, este mal assume dimensões gigantescas, tendo em conta que o país terá pouco mais de 10 milhões de habitantes. Pelas contas da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), Portugal apresenta 48% de analfabetos funcionais. Só para se ter uma ideia, os Estados Unidos apresentam um valor a rondar os 21%, a Alemanha 14% e, pasme-se, a Suécia 7%!
Apesar da taxa de analfabetismo absoluto ser já muito reduzida no nosso país, apesar das pessoas serem relativamente escolarizadas, saberem ler, escrever e realizarem cálculos aritméticos básicos, não conseguem compreender a palavra – e muito menos o seu valor etimológico –, lêem mas não entendem o significado da maior parte das coisas, dos conceitos e termos fundamentais. Tudo o que lêem é-lhes familiar, por estar escrito na língua portuguesa, mas não absorvem os conteúdos. E este é um dos maiores males, a nível cultural, na nossa sociedade actual e um dos factores mais importantes para o insucesso escolar a longo prazo. Não obstante de realmente termos evoluído muito desde a revolução dos cravos, começa a ser vergonhoso a falta de cultura e educação dos jovens portugueses. Digo jovens, porque os mais velhos não podem ser culpabilizados por sistemas de ensino decrépitos e desajustados, nos quais foram inseridos – ou não, estudar não era uma prioridade, mas sim trabalhar – nem pela educação que lhes foi incutida em casa e pela sociedade. Como disse uma vez um cantador popular terceirense, se não me falha a memória, o João Ângelo, “…tive como lápis o alvião e como papel a terra…”.
Um povo avalia-se pela sua capacidade intelectual e cultural e será isso que o define no mundo e o poderá distinguir dos demais. Portugal, nos últimos anos, tem provado ser um país de contrastes e de muitas incompreensíveis regressões, obtendo valores recorde em quase tudo o que é indesejável para uma nação. A iliteracia também lá está. E o que é o mais engraçado nisto tudo? É que o português não se preocupa com isso e não sente vergonha. O português é facilmente influenciado por todo o lixo que se lhe ponha à frente: reality shows, ok; jornais e revistas sensacionalistas e/ou cor-de-rosa, ok; jornais desportivos como a única leitura diária, OK; telenovelas cheias de enredos e sem “sumo”, ok; música de “plástico” e com muitos”coraçõezinhos”, ok; talões de desconto do hiper, ok; “xuning”, OK; paródia, ok… Apoiar campanhas politicas, sem fazer a mais pálida ideia do manifesto eleitoral do candidato e votar nele porque é o mais bonito ou o mais conhecido, OK! E assim se faz um país. Tudo isto tem sentido, a par do ordenado ao fim do mês, para a maioria da baixa/média classe portuguesa, o que corresponde a muito mais de metade da nossa população. É nesta entropia que vivemos. Escusado será dizer a este povo para não seguir as modas, mas para descobrir as suas emoções, para se cultivar, escrever, ler, investigar, compreender, descobrir, renegar o atrofio intelectual.
E para ajudar esta luta inglória, foi aprovado um projecto de lei do Governo da Republica, sob o qual o Estado deixará de subsidiar o transporte aéreo dos livros e revistas para os Açores, estando fora deste opróbrio os jornais diários, semanários generalistas, revistas informativas e manuais escolares. Tudo o resto deixará de ser subsidiado e consequentemente irá custar ainda mais ao leitor Insular. Cai deste modo por terra a introdução de regime de equiparação de preços levado a cabo pelo ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho, há poucos anos, e que veio fazer com que jornais, revistas e livros custassem o mesmo na região, que no continente, para não falar do facto que deste modo os produtos também chegavam em tempo – mais ou menos – útil à nossa região, o que agora vai novamente deixar de acontecer. Portugal no seu melhor!
E enquanto revistas como esta não tiverem em capa o Cristiano Ronaldo, ou a Catarina Furtado – semi-nua se possível – continuarão a fazer parte de um universo desconhecido e folheadas pelos muito poucos que não se importam que o conteúdo tenha muitas letras e poucas fotografias...

in revista "Art&Manhas" do segundo trimestre de 2006

Musicofilia - 3 anos no jornal “A União”

Texto e Fotos - Miguel Linhares

Foi no passado dia 7 de Maio que saiu a primeira página de música, da minha autoria, neste jornal. Muito antes disso, apercebi-me pelo gosto que a escrita me dava, mas nunca a desenvolvi verdadeiramente e só em momentos pontuais a utilizei publicamente, embora noutro jornal desta cidade.
Aos 15 anos fui para o 10º ano e cometi uma das grandes asneiras da minha vida, inscrevi-me no agrupamento 2 – artes, quando na realidade nem tinha jeito para tais actividades. Aconteceu comigo, mas acontece com muitos jovens quando chegam ao 10º ano, pois é um facto que os mesmos aos 15/16 anos, na sua maioria, não sabem ou não pensam muito bem no que realmente querem seguir profissionalmente e do que verdadeiramente gostam. De qualquer maneira e, voltando ao ponto de partida deste trabalho que aqui faço, tudo deveu-se á Dr.ª Sandra Bessa, na altura a trabalhar neste jornal, que ao saber do meu gosto pela música, achou que seria uma boa ideia eu realizar uma página semanal sobre o assunto, dando especial relevância ao que era local e regional. Já isto tinha sido feito, tanto aqui, como no outro jornal local, mas com contornos diferentes e maneiras diferentes de abranger o assunto… cada cabeça, sua sentença! No entanto aceitei este desafio e passei a prestar ainda mais atenção ao que se passava na ilha e nos Açores, não só na área do Rock e todos os seus “derivados”, mas também na área electrónica – que muitas páginas já encheu neste jornal – ao Jazz e ao Pop. Aqui neste espaço, deu-se voz a artistas, lugares, eventos e publicitou-se tudo o que era relacionado com a matéria, com o máximo rigor possível! Recebi – e recebo – criticas sobre o meu trabalho, na maior parte construtivas e nem todas positivas. São todas bem-vindas! Só tenho alguma tendência para ignorar as que são depreciativas, ou simplesmente fruto de uma visão limitada sobre a música, por falta de experiência, tendenciosidade ou mero defeito de raciocínio. Mas aqui apraz-me dizer que foram muito poucas. Insignificantes.
Durante estes três anos aprendi muito e cimentei não só o gosto de escrever sobre música, mas, simplesmente, de escrever. Acabei por entrar no curso de comunicação social e cultura, na Universidade dos Açores e também trabalho num dos jornais diários micaelenses, o que me vai dando uma visão completamente diferente do que escrevo, mas também do que leio. Se antes já o era, agora tenho a certeza que sou o meu maior crítico! Mas continua aquele gosto especial de escrever aqui, sabendo que existe um número considerável de pessoas que acompanham o “Musicofilia”, facto que agradeço e reconheço humildemente. Para além disso, continuo a ter um enorme respeito por este jornal e por algumas pessoas que aqui trabalham, ou já trabalharam. E enquanto me deixarem, continuarei a marcar presença, quase sempre ás quartas-feiras, sempre sob o título “Musicofilia” e com o mesmo empenho de sempre.
Embora nesta ultima semana tenha acontecido algumas coisas a nível local, decidi não falar sobre nenhuma delas, até porque algumas foram largamente noticiadas nos meios de comunicação, como o AngraRock, por exemplo, pelo que a partir da semana que vem falamos sobre isso. Deixo somente algumas das melhores e mais marcantes fotos que fizeram durante estes três anos as páginas do “Musicofilia”. Espero que gostem, algumas trazem boas memórias…

in jornal "A União" de 10 Maio de 2006

(somente duas entre as várias que sairam no jornal...)

Rui Veloso - 2004 @ Centro Cultural de Angra
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Metallica - 2004 @ Rock in Rio-Lisboa
Direitos reservados

quinta-feira, maio 04, 2006

O festival de verão nos Açores. 1, 2 e 3 de Setembro - AngraRock

Texto e fotos - www.angrarock.com

Concurso

O CONCURSO ANGRAROCK 2006 terá lugar a 8, 9 e 10 de Junho, pelas 21h30, no grande auditório do Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo.
Trata-se de uma iniciativa da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo que tem como objectivo principal promover a criação musical na área da música moderna, estimulando o surgimento de novos projectos musicais dos Açores.
O CONCURSO ANGRAROCK 2006 está aberto apenas a projectos musicais dos Açores que preencham as condições estabelecidas no Regulamento.


Vencedores da edição de 2005 - Stampkase
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Os projectos musicais participantes no CONCURSO ANGRAROCK 2006 serão agrupados em duas eliminatórias. Os cinco projectos mais pontuados no conjunto das duas eliminatórias serão apurados para a final. A apreciação dos projectos musicais concorrentes será efectuada por um Júri constituído por cinco elementos.
Serão atribuídos aos três primeiros classificados os seguintes prémios: 1º Classificado: um trofeu e € 1.500; 2º Classificado: € 1.000 e 3º Classificado: € 500 euros. Os três primeiros classificados serão convidados a participar no FESTIVAL ANGRAROCK 2006 . As inscrições para o CONCURSO ANGRAROCK 2006 decorrem até ao dia 31 de Maio e podem ser efectuadas através da Internet em www.angrarock.com

Festival

DEEP INSIGHT (Finlândia), EXPENSIVE SOUL (Portugal), RAMP (Portugal), PLUTO (Portugal) e STREÄM (Terceira), são as bandas confirmadas para o cartaz o FESTIVAL ANGRAROCK 2006, que vai contar ainda com a participação de mais uma banda internacional e dos três projectos premiados no CONCURSO ANGRAROCK 2006.
O FESTIVAL ANGRAROCK surgiu com novo século (ano 2000), em Angra do Heroísmo (Ilha Terceira) com o objectivo de preencher uma lacuna no que se refere à realização de eventos do género nos Açores.


RAMP no festival AngraRock 2006
Direitos reservados

Foram já realizadas seis edições marcadas pelo sucesso em que subiram ao palco do Recinto do Bailão os seguintes grupos e artistas portugueses e estrangeiros: Império dos Sentados (Portugal), Woodstone (Portugal), Kit (Portugal), Clã (Portugal), The Dismal (Espanha), Gene Loves Jezebel (Inglaterra), Pólo Norte (Portugal), Morbid Death (Portugal), Moonspell (Portugal), Fonzie (Portugal), Killer Barbies (Espanha), João Pedro Pais (Portugal), Oratory (Portugal), Tarantula (Portugal), Killing Miranda (Inglaterra), Paradise Lost (Inglaterra), GNR (Portugal), The Temple (Portugal), Flowing Tears (Alemanha), Star Industry (Bélgica), Rádio Macau (Portugal), Reamonn (Alemanha), Eeasyway (Portugal), Exilia (Itália), Blasted Mechanism (Portugal), Charon (Finlândia) e Los Hermanos (Brasil).
Participaram ainda nas edições já realizadas do FESTIVAL ANGRAROCK as seguintes bandas premiadas no CONCURSO ANGRAROCK: Enuma Elish, Manteiguinha Mafiosa, Outrage, Bat n’ Avó, Trust, Strëam, Lithium, Hiffen, Penumbra, Volcanik, VelvetStone e Stampkase.
O FESTIVAL ANGRAROCK é principal evento do género que se realiza na Região sendo considerado como a grande festa da juventude açoriana.
Trata-se de uma iniciativa da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo com produção da ARADO - Produções Musicais e o apoio de entidades públicas e privadas.