segunda-feira, janeiro 31, 2005

Os versos que te fiz

Deixa dizer-te os lindos versos raros

Que a minha boca tem pra te dizer!

São talhados em mármore de Paros

Cinzelados por mim pra te oferecer.

Têm dolência de veludos caros,

São como sedas pálidas a arder...

Deixa dizer-te os lindos versos raros

Que foram feitos pra te endoidecer!

Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...

Que a boca da mulher é sempre linda

Se dentro guarda um verso que não diz!

Amo-te tanto! E nunca te beijei...

E nesse beijo, Amor, que eu te não dei

Guardo os versos mais lindos que te fiz!

Florbela Espanca

domingo, janeiro 30, 2005

9xRock- Açores

Muitas novidades para a malta do Rock irão sair muito brevemente, algumas festas e eventos vão ser realizados, enquanto outros estão a ser programados para os próximos meses. Não deixem de estar atentos ás novidades e de acima de tudo, participarem. Caso não o façam, não poderão acusar a falta de iniciativa mais tarde. Colabora!!!

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Concerto dos Resposta

Lamento informar que o concerto do proximo sábado dos Resposta Simples em Viseu, não vai realizar-se por motivos de força maior. Todo o evento foi cancelado.

terça-feira, janeiro 25, 2005

1º Concerto no continente. Resposta Simples arrancam!


Cartaz do evento.

Posted by Hello
E assim começa a caminhada dos Resposta Simples, banda originária da ilha Terceira e já nossa conhecida. Vão actuar pela primeira vez no continente Português a par de outras bandas, num festival organizado pelo grupo de jovens do Bloco de Esquerda de Viseu. O concerto vai realizar-se no próximo dia 28 deste mês, pelas 21:30 na sede do FC “Os Repesenses” em Repeses – Viseu. Obviamente nós por cá não vamos ter a oportunidade de vê-los neste grande concerto, mas fica a informação e o natural agrado que todos os amantes de Punk locais devem sentir em ter uma banda Terceirence a “rasgar” no continente! Felicidades para eles e brevemente teremos aqui noticias sobre este evento e sobre a actuação do grupo.

domingo, janeiro 23, 2005

Lady Gripe

Esta gaja deixa-me todo partido, corroi-me! Assim que ela me abandonar definitivamente, como todas as outras, talvez volte a ter vontade de tentar pensar...

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Rock: uma paixão, ou uma moda?!

Já contei esta história a alguns conhecidos meus, mas agora apetece-me partilha-la com mais gente. Comecei a ouvir Rock quando o meu irmão trouxe-me uma K7 dos Estados Unidos, por volta de 1989, na altura não sabia o que ouvia, mas gostava. Era o “Master os Puppets” de Metallica! Em pouco tempo um vizinho meu e camarada de muitas “estórias” conseguiu arranjar de malta mais velha umas gravações ranhosas de Judas Priest, Helloween e King Diamond. Começámos a deixar crescer o cabelo e a usar roupas roçadas e irreverentes. Passado pouco tempo quase toda a gente no liceu andava assim e “curtia” Heavy Metal. Definitivamente, foi uma moda! 97% desses colegas de liceu, hoje em dia, são a prova viva que aquilo foi moda e que só andavam assim porque todos os outros andavam.
Tinha uns 15 anos quando fui a um concerto de Chilli Mozart na casa do povo da Terra Chã, usando orgulhosamente uma t-shirt de Pantera e com o cabelo a tapar-me as costas. Falei uns minutos com uma das primeiras pessoas na ilha a ouvir Metal que numa dada altura disse-me: “Quando tiveres uns 25 anos, vais deixar de ouvir Metal, mudar a tua aparência e vais ver que isso é uma fase que passa. Aconteceu comigo, ainda há dias peguei em todas as minhas K7´s e lancei-as ao lixo, porque chega uma altura da vida que queremos ouvir “cenas” mais calmas”. Nunca mais me esqueci disso e agora que tenho 26 anos, acabei por cortar o meu cabelo (aos 23) e por mudar a minha aparência (atenção, nas horas de “serviço” sou o empregado, fora dele, sou eu mesmo!), não por aquelas razões, mas por “imposição” da sociedade e crasso erro da tal pessoa, continuo a ouvir e cada vez mais a gostar de Metal! Falhou redondamente nas suas previsões. Ao seguir também eu uma moda, descobri e alimentei uma grande paixão. Por isso, se calhar, ainda hoje continuo a ouvir quase tudo o que ouvia com 13 anos, simplesmente com o evoluir do tempo vou adaptando-me a outros géneros musicais, alargando os meus horizontes no mundo da música. E sei que nesta ilha fui dos poucos a manter este gosto e esta atitude, infelizmente! Aos tais 97% que andavam e faziam o mesmo que todos os outros, hoje em dia não mudaram nada e continuam a fazê-lo. Adaptam-se ás modas e tornam-se em tudo aquilo que a sociedade quer que eles se tornem. Os resistentes, esses, estão sempre lá à frente, agarrados ás grades e vai continuar assim por muito mais tempo!!! Poucos, mas bons, assim diz o ditado!

in Jornal "A União" de 19 de Janeiro de 2005

terça-feira, janeiro 18, 2005

Intimista sim! (Mafalda Veiga)

Foi no passado sábado que tivemos o prazer de rever ao vivo Mafalda Veiga, com a uma graciosidade musical que desperta até os mais indiferentes à anacruse! Independentemente de se ser apreciador deste género, ou não, a música desta artista acarreta uma mística adjacente a um unificado de sentidos, frágeis, lógicos, conserva a ternura de uma voz inimitável, pautada e relaxante. De frisar a excelente direcção artística levada a cabo por António Pinto, assente numa secção rítmica muito interessante, pensada mas subjectiva e um complemento magnificente no piano. Toda a música de Mafalda Veiga é baseada em vivências, desejos, ternuras e alegrias, sem nunca roçar muito o pessimismo, mas sim pintando em tons alegres o que lhe rodeia. E isso aplacou o público! A beleza perfeitamente audível foi complementada a um rol de imagens estruturadas do início ao fim do espectáculo, criando um concerto ainda mais intimista. De parabéns fica a artista que apesar de não ter enchido o Centro Cultural de Angra do Heroísmo, fê-lo vibrar, aplaudir e cantar temas que todos as tomaram como suas. A beleza de um artista musical também reside aí.

sábado, janeiro 15, 2005

Puritanismo!!

Pareçe mentira mas é verdade. Como todos sabem a Wolf anda a publicitar os seus eventos para o dia de amigos, que entretanto já aconteceu, e para o dia de amigas, obviamente com strips, shows eroticos e semelhantes. E toda a gente viu os cartazes espalhados por aí e mais concretamente no jornal Diário Insular, tendo como principal atenção nos cartazes um trazeiro de uma mulher, despido, e se não me engano duas mulheres a beijarem-se...
Como se percebe, essa publicidade não saiu no jornal A União, por razões óbvias, pertence á Diocese e claro que este tipo de mensagens é reprovável aos olhos dos senhores representantes de Cristo. Isto eu entendo, a Igreja tende a reprovar tudo aquilo que não é "cor de rosa" e não aceita a realidade e a actualidade, não é novidade, até um preservativo é uma obra do diabo... O Diário Insular, que como se sabe é um jornal muito mais popular e imparcial nestes aspectos, não se contém em mostrar e ajudar a transmitir eventos do género e imagens mais constrangedoras para a maioria e isso é uma opcção que cada um a toma conscientemente. Quem lê e vê coisas destas, se se acha ofendido ou ferido por tais conteúdos, deve ignorar e não ajudar a transmiti-las, pelo menos assim devia ser! O que nunca poderá fazer é optar pela censura pública, que foi o que aconteceu neste caso em concreto, devido a um grupo de pessoas, devotas cidadãs cheias de fé, presumo, que de um modo que não sei se verbal ou escrito, "exigiu" ao dito jornal para não publicitar mais os tais cartazes, por mil e uma razões que já todos estamos a ver. Ora, isto a meu ver é censura, porque tal como a pessoa que me contou este episódio (pessoa esta que nem é minha conhecida e por acaso também nem aprova no seu todo o conteudo em causa) me disse, a liberdade assenta em divergências e em saber aceitá-las e numa democracia é bom que existam dois extremos, mas que estes se respeitem e saibam conviver! Neste caso, apesar de serem conteudos possiveis de ferir susceptibilidades, o outro extremo não soube conviver e aceitar, e não só repugnando, mas também pedindo a sua censura imediata. Isto, se ainda me lembro de tudo o que já li até hoje, acontecia muito durante o periodo fascista, em que a censura era a melhor maneira de calar o oposto ou desfavorável e este periodo já acabou á muito, se bem que não em certas mentes puritanas e retrógadas.
Ainda continuamos a viver num atraso de vida gritante, sem que mostras de melhores sejam perceptiveis... Gostava muito de conhecer estas pessoas e ter dois dedos de conversa com elas... Tirem as vossas conclusões e se quizerem os vossos comentários serão muito bem vindos e importantes para discutir esta situação, como sempre aliás!

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Ali tão perto!

Cada vez custa mais viajar entre as ilhas Açorianas e cada vez custa mais viajar para o continente Português, se bem que o preço de uma viajem Terceira-Lisboa e de uma Terceira-S.Miguel seja quase o mesmo(!) e parece que independentemente do evoluir dos tempos e de estarmos em pleno século XXI, continuamos a viver com demagogias barbudas! É inadmissivel estarmos cada vez mais longe dos nossos vizinhos, causa de preços praticados só acessiveis para senhores doutores e deputados, se bem que estes ultimos, apesar de terem carteira para isto, não pagam nada! Pagamos nós, ilustres contribuintes esmagados pelas burgesias praticadas por quem nos (des) governa e empoleira-se no "bem bom". Quem precisa viajar para outra ilha, vai ter que desembolsar uma quantia a rondar os 150, 200 €, dependendo da ilha para que viaja, isto tendo em conta os aumentos levados a cabo pela nossa querida transportadora regional. E queremos evoluir? Estamos completamente enterrados até ao pescoço com as fantochadas e mentiras vomitadas (aqui nem são cuspidas!) de toda uma gentinha reaccionária!!! Uma gentinha que está muito acima de nós...

quarta-feira, janeiro 12, 2005

Trabalho duro...

"Faz frio, mas depois de uns dias de
aguaceiro
Vibra uma intensa claridade crua.
De cócoras, em linha, os calceteiros,
com lentidão, terrosos e grosseiros,
calçam de lado a lado a longa rua".

Cesário Verde

terça-feira, janeiro 11, 2005

Onde podemos tocar?

Pois é, assim que chega o Inverno e principalmente depois do Natal narra-se a mesma história dos anos anteriores. Não existem concertos e eventos de Rock, parece que tudo está esquecido e que o AngraRock é o fecho de uma temporada musical que só voltará com o raiar do verão! Ficamos abandonados aos ensaios e sem espaços e iniciativas que façam soar bem alto as guitarras distorcidas de todos estes jovens famintos de oportunidades e suporte, porquê é a pergunta? Apesar de já ser habitual, para mim é incompreensível, mais ainda quando existem na nossa ilha agências e promotores que supostamente deviam estar a fazer algo pela música local como alternativa ás festas e eventos “populares” que só servem para dar mais um pouco de nada a este povo, mas assim enchendo os bolsos e criando ilusões a alguns. Depois existem os espaços que são feitos ou à medida de senhores de charuto, ou ao simples cliente de café e cigarros, sem que se pense em cultura, entretenimento, qualidade… Não existe um único espaço jovem alternativo na nossa ilha que possa receber eventos culturais modernos em qualquer altura do ano! O que existe é muito daquilo que se vê em todo o lado, espaços banais, fomentados para o não fazer nada, criados para uma massa consistente de gente que sabe que não vai ver e ouvir nada de novo, mas ainda assim vão para lá porque toda a gente vai para lá, porque é moda, é “curtido” e isso dura até que algo de novo apareça e aí muda-se de arraiais para outro espaço também ele cheio de nada! E quem não podemos criticar são os promotores de eventos de música de dança, que esses sim, fazem muito por aquilo que gostam e dão movimentação ao som e aos artistas que o executam, apoiando incondicionalmente o produto local. No rock isso existe pontualmente por algumas pessoas, umas credíveis, outras nem tanto, que não compreendem que não é a martirizar-nos com o mesmo evento ou com a mesma banda todos os anos que vão modificar para melhor o nosso cenário! Tem que haver uma continuidade e uma aposta destemida, senão ficamos todos a perder e acho que já estamos a perder à muito tempo.

in Jornal "A União" 12 de Janeiro de 2005

sexta-feira, janeiro 07, 2005

Simpática ignorância.

Tudo acontece de cada vez que se sai á rua. No meio da escuridão da calçada jazem muitas conversas e pensamentos estridentes, produto cuspido por mentes obtusas, produto de almas inteligentes e predominantes. É assim, o mais forte e mais inteligente consegue dar-se ao luxo de despropriar-se de tudo aquilo que, ao mais comum animal, seria um momento de profunda introspecção, um momento de superioridade do qual ele nem tem noção que existe, ou que possa ter. Triste, não é?! Nem sempre se pode aproveitar tudo aquilo que criamos, por mais importante que isso fosse para o ser ao lado, ignora-se decididamente. Se calhar á imagem do mais fraco, também não se tem noção da sua importância e dai o fim triste nos cantos da cidade, vageando ao sabor do vento que curva infantilmente nas travessas. E nunca será recolhido por ninguém. É ignorado por não ser compreendido! Triste também, não é?
Nunca acabará num papel, encadernado decentemente, mas cruzar-se-á todos os dias com os "desencadernados" que também são vitimas das brincadeiras do vento. Ah, esse vento que não se cansa e provoca a erosão nas tais almas inteligentes e predominantes. Por lá passa e lá grita os seus segredos, num ápice! Ninguém o apanha! Mas também ninguém o compreende...
E continuam a ser cuspidas coisas que não mereciam ser espezinhadas por aqueles que as criaram e pelos outros que não compreendem,... e os que as compreendem acabarão também sentados no brilho polido da calçada, levando com as diabruras do vento e com a simpática ignorância dos mais fortes e mais inteligentes. Que vida imbecil esta...!

quinta-feira, janeiro 06, 2005

Talvez seja para Ela...

Conciliábulo



Alicio-me com o bom senso de dizer não,
Sacudo o desejo que todo o dia me esbofeteia!
Talvez deva simplesmente ignorar...
Infando tão grandiosa confusão
Dando razão á razão e não amando só por amar.

Pusilânime alma esta que não fala,
Nem a limpidez do Hades a purificará,
Tormento tão belo nunca senti decerto!
O belo deve-se ao belo e a dor deve-se a Ela.
Dor que vai passando, mas que a quero mais perto...

Sentimento aliforme que tento segurar,
Tão grande é o impacto da sua existência,
Tão teimosa é a sua durabilidade!
Só o amanhecer toldado vai guardar
Toda a irreverência desta ilícita vontade...

Miguel Linhares Angra do Heroísmo 2002

segunda-feira, janeiro 03, 2005

Vamos fazer boa música!

Agora que entrámos nesta nova etapa de mais 365 dias, vamos pelo menos ganhar mais força para mudar o que está mal e provar que somos capazes, apesar da nossa pequenez!
Aproxima-se a revelação de um projecto que poderá ajudar em muito todos os jovens Terceirences e Açorianos, talvez não de imediato, mas a curto-médio prazo tudo será feito para que o sucesso seja evidente. Falo da "9xRock-Açores", que alguns já devem ter notado a sua presença na organização de algumas festas. Os objectivos são muito maiores e é para lá que caminhamos lentamente, mas com confiança!!! Esperem por novidades e por mais algumas festas e/ou concertos com o carimbo deste movimento e participem, será para o bem de todos! Bom ano.

sábado, janeiro 01, 2005

A blasting new year to y´all!

Para todos, em especial para os Metaleiros de alma e coração, um ano novo cheio de saúde, mais sorte, esperança, sucesso, ATITUDE, respeito e muito bom som! Fomentem a paz e espalhem-na. Bom ano novo para todos e que entrem em 2005, como o acabaram, muito bêbados!!! lololol
Como diria o já saudoso Dimebag Darrel (1966-2004 - R.I.P.) "Metal, Whiskey & Weed!"
Keep Rocking and smashing barriers!

2005 - Ano novo, musica nova.

E assim passou mais um ano sem que nos déssemos conta de todos os seus dias. Cada vez mais é assim, não sei se será mesmo da idade que avança impiedosamente (até pareço um velho a falar…), ou se será uma ilusão criada pela vida que nos dá muitas coisas para absorver em quantidades absurdas! Em termos de música isto é cada vez mais uma realidade incontornável, em cada dia que passa sai um álbum novo, aparece uma banda nova, acontece algo que merece destaque e tudo isto nos leva a perder sempre alguma coisa, a “ficar de fora”. Acho que este foi um bom ano musical, com algumas propostas interessantes e boas promessas para o ano que está a chegar, sem nunca esquecer que a nível local vão aparecer boas novas de projectos que estão no anonimato a preparar trabalhos e mudanças inevitáveis. Os Stream à muito que não nos trazem nada de novo, à excepção da sua mini torne pelo continente e a passagem por um estúdio, com a gravação do single “My new guitar”, mas sem ainda saber-se nada mais sobre o que por ai virá. Os Lithium estão a preparar o novo ano para o lançamento do seu EP e com certeza com alguns actos ao vivo, sendo uma das bandas locais mais activas de momento. Os Velvet Stone estão entregues aos ensaios e provavelmente também a preparar alguma surpresa em formato CD, quem sabe, para além de evidentemente estarem a melhorar o seu repertório de modo a entrarem com o pé direito em 2005. Os Penumbra estão ai mesmo, na penumbra, sem novidades, mas com certeza a pensarem como começar este novo ano, depois de um excelente 2º lugar no AngraRock passado. Por falar em AngraRock, os vencedores desta edição, os Volcanic, desde o final do verão que não aparecem nos palcos e temos que esperar por novidades deste conjunto que teve uma excelente critica na conceituada revista Rock Sound. Os Resposta Simples continuam a rasgar e apresentaram na semana passada o seu novo EP “Teatro da Vida”, com um concerto ao vivo no café D. Amélia. Adivinha-se um verão cheio de Punk! Para além destas, muitas outras bandas estarão a trabalhar e a preparar novidades para os amantes de Rock, sendo da minha parte previsível um bom ano de muita boa música. É bom ver que os grupos Terceirences começam a preocupar-se com a imagem e a sonoridade, dando deste modo muito mais credibilidade à música regional e criando assim mais condições para que a insularidade não seja um pretexto! O que falta, como sempre, são os apoios morais e financeiros por parte de quem pode e deve entrar nesta corrida, sem medo de descaracterizações e mostrando realmente que os jovens Açorianos são o futuro, merecedores de também mostrarem a sua cultura e o seu trabalho sem vergonha e preconceitos! Não criem barreiras nem burocracias a quem realmente não consegue evitá-las, não por inércia, mas por falta de capacidade influenciadora (as cunhas dão muito jeito na música…) e criem oportunidades iguais para todos. A música moderna também é cultura!!! Não a compreender não lhe retira qualidade. Isto é o que muitos senhores terão de entender, a meu ver. Uma mente aberta não retira inteligência, complementa-a ainda mais. Por favor, apoiem os jovens, existe muita qualidade na nossa ilha, abafada pelas nossas mais que “patrocinadas” tradições. É como se costuma dizer: Uns com muito e outros com nada!” Bom ano novo e manifestem-se pelos vossos ideais!

in Jornal "A União" 29 de Dezembro de 2004