domingo, dezembro 30, 2007

Drum n´Bass ao melhor nível DJ Alif na Wolf

Será no próximo sábado, dia 22 de Dezembro, que o Lisboeta Alif vai estar presente na Wolf para animar a noite terceirense. Considerado em 2006, pela revista Dance Club, como o melhor DJ nacional de Drum n´Bass, Alif possui um currículo invejável nesta arte e tem sido dos Dj´s nacionais mais requisitados por todo o país e também com algumas passagens no estrangeiro. Durante os anos 90 praticava outros estilos musicais dentro da electrónica e em 2001 iniciou-se no Drum n´Bass. Foi um dos responsáveis pelo boom do Drum n´Bass em Lisboa e é residente do Bass Republic. Já tocou com nomes como Goldie, Roni Size, Bad Company, Ed Rush, Optical, Marky, J Majik, Fresh, Bailey, Black Sun Empire, Teebee, Noisia, Randall, Keaton, Total Science, Friction, Generation Dub, Clipz, Crossfire, Lemon D, Wildchild, Evol Intent, entre outros. Esteve na Terceira este ano no Festival Azure 2007 e proporcionou um dos melhores momentos do evento. Na sexta-feira vai estar em Ponta Delgada e no sábado na Terceira, onde vai ser recebido na discoteca Wolf. Uma noite a não perder!

in jornal "A União", 19 de Dezembro, 2007

sábado, novembro 24, 2007

DJ Dresh @ Wolf Disco - Lisboa vs Angra


DJ Dresh é um dos membros do colectivo lisboeta Elektrofigtherz, também composto por DJ Alif e DJ Tribolik.
Com uma carreira que se inicia, aproximadamente, no ano 2000, André Castro entrou no mundo da electrónica depois de pertencer a muitas bandas de Grunge como vocalista e guitarrista durante os anos noventa. Com profunda influência pelos trabalhos dos DJ´s Vitalic, Black Strobe, Tiga, The Hacker e Umek, Dresh iniciou-se nas sonoridades Electro-Techno, o que tem vindo a praticar.
Já teve residência em importantes casas como Alcântara Club, Club Europa (After Hours), Op Art, Club Lua, House of Vodka, Mood e Club Souk, partilhando sons com DJ´s como Chicks on Speed, Alex Kenji, M.a.n.d.y, Dj Vibe e Freestylers. Além disso, sente-se honrado por já ter fechado inúmeros eventos de Drum n´Bass ao som do Electro e do Techno.
Dependendo do público e da casa consegue se integrar variando a sonoridade que pode passar pelo Electro, House, Minimal, Techno, Prog, Tribal ou até mesmo – em festas mais “exigentes” – pelo Psytech.
No próximo sábado, dia 24, vai estar na Wolf Disco a partir das 01:00, com honras de abertura a cargo do jovem DJ terceirense JB e existirão variadas actividades como malabares, face painting e tererés.
Haverá um mini bus disponível gratuitamente para quem quiser se deslocar à Wolf Disco e que sairá ás 00:00, 01:00 e 02:00 em frente à sede do Diário Insular.
Este é um evento organizado pela Wolf Disco, 9xRock=Açores (Jaçor) e Associação de Estudantes da Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade.
in jornal "A União", 21 de Novembro, 2007

Concurso DJ AZ.

Texto - Miguel Linhares

Este é um evento organizado pelo Coliseum Bar em Ponta Delgada e que este ano, na sua terceira edição, passa também pela ilha Terceira em parceria com o Plastik Bar em Angra do Heroísmo.
Vários DJ´s locais mostram o que sabem e tentam chegar à final que irá eleger os melhores deste ano. Uma iniciativa louvável que incita à criação e ao aparecimento de novos valores, neste caso no que concerne à música electrónica.
No passado dia 17 houve a 1ª eliminatória no Plastik Bar, com três DJ´s e no próximo dia 1 de Dezembro será a vez da 2ª eliminatória, que terá a participação de quatro DJ´s.
Na escolha do júri, por parte da organização, apareceu o convite à minha pessoa. A primeira coisa que disse foi: este deve ser o tipo de música que ouço menos, logo não tenho conhecimentos suficientes para avaliar estes artistas. Já fui – por exemplo – júri do concurso Angra Rock, um tipo de música que me sinto perfeitamente à vontade e que não tenho o mínimo problema ou dificuldade em avaliar, em todos os aspectos. No que concerne a música electrónica não é bem assim. Os meus conhecimentos são limitados.
Mas foi-me explicado que para o júri não estavam à procura de “especialistas” neste tipo de música, mas sim conhecedores de música em geral, ou – simplesmente – pessoas ligadas à música. Por isso aceitei. Além disso, os outros membros do júri são, mais ou menos, da mesma área que eu e possuem – também mais ou menos – os mesmos conhecimentos sobre música electrónica que eu. Pensando bem é mais um pouco que aprendo, são mais experiências que troco e são outros sons que exploro.
Espero não tomar alguma decisão que inflame os artistas intervenientes, farei tudo em conformidade com a minha consciência e baseado na experiência e conhecimento musical que tenho, isto claro, em harmonia com os outros membros do júri: Timothy Lima e João Mendes. Assim faremos, acredito. Boa sorte a todos e parabéns a quem organiza eventos como este.

in jornal "A União", 21 de Novembro 2007

Goma ao vivo - Centro Cultural

Será no próximo Sábado, dia 24 de Novembro pelas 21:30, no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo que os Goma voltam a pisar um palco.
O evento é pela ocasião do dia internacional da eliminação da violência contra a mulher, que se comemora a 25 de Novembro, e terá também em palco o Grupo Pactis “A cantar ABBA” e os Fala Quem Sabe.
De parte dos Goma, um dos melhores projectos a despontar no panorama açoriano, está prometido um espectáculo de qualidade, com músicas novas e – assim dizem – com uma sonoridade mais “informática”.
A organização está a cargo da UMAR e tem os apoios da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e da Culturangra.

in jornal "A União", 21 de Novembro, 2007

Atlantis Records - Luís Alberto Bettencourt

Luís Alberto Bettencourt, um dos músicos mais respeitados do panorama musical açoriano e autor de temas como a "Chamateia", "Vapor da Madrugada, "Sempre que cai uma estrela" ou "Lua da minha terra", chegou a acordo com a editora Atlantis Records, para a edição nacional do seu próximo álbum.O acordo permitirá que o novo álbum esteja disponível nas lojas de todo o país, consequentemente com uma campanha de promoção a nível nacional. A distribuição estará a cargo da Compact Records.

in jornal "A União", 21 de Novembro, 2007

domingo, outubro 21, 2007

O regresso - RIP renascem!


Os RIP foram uma das principais e mais influentes bandas dos anos noventa nos Açores e estão de volta aos palcos após um interregno de doze anos. A Azor Waves vai assegurar o agenciamento da mítica banda de Angra do Heroísmo, sendo que já no seu 1º aniversário, a 2 de Novembro na Discoteca Wolf, os RIP voltam a actuar, depois do concerto que os trouxe novamente aos palcos, no Festival AngraRock 2007, por altura da celebração do 15º aniversário da banda.
Os RIP surgiram em 1992 na cidade de Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores.
Ao longo de cerca de três anos e meio, os RIP efectuaram mais de uma centena de concertos, passando pelos principais palcos dos Açores (Sanjoaninas, Festas da Praia, Semana do Mar, Festival Novas Ondas e Semana Cultural das Velas), gravaram duas demo-tapes, um vídeo-clip com o tema “Sexo” e participaram em diversos programas de televisão transmitidos pela RTP-Açores e RTP-Internacional. A banda suspendeu a sua actividade no final de 1995 e voltou aos palcos, como já se referiu, no passado mês de Setembroe os seus elementos nunca mais voltaram a tocar juntos. Mais informações sobre o conjunto podem ser obtidas em www.myspace.com/ripazores ou http://www.azorwaves.com/.
in jornal "A União", 18 de Outubro, 2007

Jazz e uma breve nota sobre o AngraJazz.

Texto - Miguel Linhares

Quando me iniciei nesta caminhada da música, há uns 16 anos atrás, era impensável para mim ouvir jazz, assim como muitos outros géneros que não tivessem distorção nas guitarras e irreverência. Entrei pela porta grande do heavy metal, ouvindo bandas como Metallica, Guns n´Roses, Exodus, Tankard, Megadeth, Helloween, Iron Maiden, King Diamond, Accept, Skid Row…um pouco mais tarde, entre 1992 e 1993, comecei a ouvir muitos outros sons, tanto da explosão do grunge – Nirvana, Soundgarden, Stone Temple Pilots, Alice in Chains, … – como de uma área mais pesada e mais motivadora. Sepultura, Pantera, Machine Head, Slayer, Kreator e muitos, muitos outros que este espaço não daria para enunciar! Neste entretanto, vamos filtrando a música que nos chega aos ouvidos, ainda mais hoje em dia que esta entra em grandes proporções, nem sempre com qualidade e, agora, em Bytes. Abrimos horizontes. Continuo a ouvir quase todas as bandas que ouvia antes, outras do mesmo género que vão nascendo, conheci novos tipos de rock e metal e comecei a explorar blues, clássica, experimental e, entre outros géneros, jazz. Como sou coleccionador de música, sempre que posso aumento a minha lista de CD´s. Inclusive destes géneros, inclusive de jazz. Estou longe de ser um conhecedor de jazz, mas já o entendo melhor, já o sinto e admiro. De algumas das colecções que possuo, não raros são os dias em que uma audição a Ella Fitzgerald, Charlie Parker, Lester Young, Chet Baker ou à brilhante Billie Holiday é obrigatória! Também aqui poderia enumerar muitos mais artistas, mas, mais uma vez, o espaço é curto. Sinto uma certa pena de não conhecer muito bem o jazz contemporâneo, mas para isso estou a trabalhar. O blues atrai-me muito mais, talvez por a ligação ao rock ser mais directa e óbvia. Hábitos!
Este ano, por estar em S. Miguel nessa altura, não presenciei o AngraJazz. A perca é reversível, pois para o ano farei os possíveis para lá estar. Entretanto – pensei – posso ver esta edição nas habituais repetições na RTP-Açores. Quando afinal, vim a saber, a RTP este ano não esteve presente no festival… será possível? Qual foi a razão? Não tinham meios disponíveis… Tudo bem, também só estamos a falar de um dos festivais mais importantes do país de jazz, que por acaso é aqui na nossa região! Haverá meios disponíveis para o festival de jazz de Ponta Delgada?!

in jornal "A União", 18 de Outubro, 2007

Alterações no October Loud

Depois de ter sido anunciado o cartaz e datas do October Loud, em Ponta Delgada, eis que algumas alterações tiveram que ser efectuadas pela organização – Associação Bit 9 – devido ao recuo do Centro Cultural e Cívico de Santa Clara, que depois de confirmar a disponibilidade para se realizar o evento, acabou por alegar “falta de condições para a realização do evento”, isto a menos de um mês do mesmo!
Depois dos membros da organização procurarem soluções em todo o lado, sempre com resposta negativa, foi a Paroquia de S. José que acabou por salvar o evento, pela mão do seu cónego, cedendo o Salão de S. José, mas agora a 26 e 27 de Outubro. Acabou por ser a Igreja a acolher o evento…
Sendo assim, todos os lucros do evento serão para as despesas e o restante será entregue à Paróquia de São José com a finalidade de seguir para causas justas. Um excelente exemplo!Sempre pelas 21:30, no dia 26 Zymosis, In Peccatum, Nableena e Neurolag. Dia 27 com Hatin´ Wheeler, Spinal Trip, Strapping Lucy e a Dream of Poe.

in jornal "A União", 18 de Outubro, 2007

segunda-feira, outubro 08, 2007

Corsários - 10 anos de carreira

Depois de em 2006 os Corsários terem feito o lançamento do videoclip do tema "Pisar o Risco" – que chegou à MTV Portugal – a assinatura de contrato com a Angra Music Agency, a posterior mudança de imagem do grupo e a aposta no lançamento de mais um single – "O Primeiro Filme" – retirado do álbum de originais de 2005 "Pisar o Risco", eis que a banda anuncia ter retomado – após um breve interregno – as gravações do álbum que marcará o seu 10º aniversário. As gravações tiveram início nos estúdios privados de Pedro Maia, passando agora para os novíssimos estúdios da Globalpoint Music, em Ponta Delgada, empresa criada pelo próprio guitarrista da banda, Pedro Maia, ao lado de Eduardo Botelho, o experiente produtor que agora segurará as rédeas deste trabalho até à sua edição. O trabalho contará com temas já conhecidos do público, que têm vindo a ser interpretados ao vivo e que já são imagem de marca dos Corsários.
Sendo uma das bandas mais antigas do rock açoriano, já tiveram alguns pontos altos na carreira – considerando a insularidade – como foi a inclusão do tema “Varinha de Condão” na banda sonora da telenovela “Terra Mãe, o que os fez rodar em todos os canais da RTP.

in jornal "A União", 04 de Outubro, 2007

quinta-feira, outubro 04, 2007

Wolf Disco - Miss Sheila e Diego Miranda

É já nos próximos dias 4 e 6 de Outubro que a Wolf Disco, em Angra do Heroísmo apresenta um cartaz de luxo para animar as noites terceirenses de um fim-de-semana que se adivinha grande devido ao feriado de 5 de Outubro.
No dia 4, quinta-feira – véspera de feriado – terá lugar assegurado na cabine de DJ Diego Miranda, vencedor dos prémios para “DJ REVELAÇÃO 2006”, atribuídos pelas revistas Dance Club e PortugalNight. Devido a influências musicais diversas, este artista prima pela apurada selecção musical, afectas a uma mistura de grande técnica. Presença constante em grandes eventos nacionais, como no Olá Love 2Dance, Sunrise Festival, MTV Shakedown (onde foi o DJ oficial), Smirnoff Tour, MTV no sleep‘til Lisbon (no âmbito dos MTV EMA’s) e Portugal Fashion, é deste modo que Diego Miranda se tornou uma referência no panorama actual e uma certeza para o futuro. No seu curriculum como produtor, contam-se já vários discos editados, originais e remisturas, das quais se destaca a remix de “Hipno House Dub” dos Silicone Soul, que definitivamente projectou a sua carreira como produtor.
Entre variados projectos com que colaborou e foi impulsionador, destaca-se a compilação “Olá Love to Dance in Wonderland”, a qual foi convidado a misturar e que atingiu disco de ouro. Neste ano de 2007 assinou residência mensal no Capitulo V (Albufeira) e irá continuar a fazer parte da tour BACARDI B-LIVE. Um dos melhores DJ´s portugueses da actualidade no espectro House/Electro.
Já no dia 6, sábado, a Wolf recebe a DJ Miss Sheila, artista que sendo natural da África do Sul e residindo muitos anos em Nona Iorque, só ao chegar a Portugal, em 1992, ganhou gosto pela música electrónica. Em 1998 inicia-se uma carreira prodigiosa! Entre alguns momentos altos da carreira da artista, destaca-se os warm-ups que fez para alguns dos melhores Dj´s do mundo, incluindo DJ Vibe, no Club Rock´s, em Gaia, algo que a impulsionou para a dance scene definitivamente.
É nomeada para “DJ REVELAÇÃO 2001”, pela revista Dance Club, sendo a única mulher a receber reconhecimento nacional por trabalho feito nesta área musical! Jornais – como o EXPRESSO – ou a revista internacional COSMOPOLITAN tem vindo a dar destaque a Miss Sheila, que já passou pelos principais eventos de música de dança nacionais e por eventos e clubes importantes em várias partes do mundo: MTC Party (Roterdão, Holanda), Festival Now n´ Wow (Amsterdão, Holanda), Clube La Rocca (Bruxelas, Bélgica), Caffé D´Anvers (Antuérpia, Bélgica), La Real (Oviedo, Espanha), Club Albéniz (Oviedo, Espanha), Katedral (Sevilha, Espanha), Festival Festidance 2004 (Santiago de Compostela), Spectra (Vigo, Espanha), MOA Club (Genebre, Suiça), Club DV1 (Leon, França), Room 960 (Hartford, USA), 38nine e China Club (Nova Iorque, Estados Unidos), para nomear só alguns.
Com alguns trabalhos editados, na área da produção Miss Sheila realizou o seu primeiro trabalho com o DJ/ produtor norte-americano Joeski (Stateside Connection), intitulado Sheila´s Temptation (Tango Records USA) em Maio de 2001. Actualmente está produzir novos temas e conta com três lançamentos pelas reconhecidas editoras Fatal Music da Holanda e Escuro Records dos Estados Unidos com lançamento previsto para muito breve.Com seu talento, presença e técnica notória ela posiciona-se como a DJ preferida do público português nesta ultima década.

in jornal "A União", 04 de Outubro, 2007

sexta-feira, setembro 28, 2007

Correcção sobre as festas nos “Brancos”, durante as festas da Praia.

Texto - Miguel Linhares

Já lá vai um mês sobre as festas da Praia e mais ou menos o mesmo tempo que coloquei neste jornal a minha review sobre as mesmas festas e também sobre alguns eventos paralelos como foi os concertos e jam sessions que ocorreram no pátio dos “Brancos” da praia. Na altura mencionei que era de louvar aqueles eventos no bar daquela entidade e que de parabéns estavam todos os intervenientes, tanto artistas, público que encheu quase todos os dias o espaço e os promotores de tal ideia, que referi serem os responsáveis pelos “Brancos”.
Uma semana depois recebi um telefonema de um leitor atento e, por curiosidade, de uma geração diferente da minha, mais perto da dos meus pais! Quis-me dar os parabéns pelo meu trabalho no jornal – algo que agradeci e agradeço novamente. É sempre bom saber que existem pessoas que lêem e, mais ainda, lêem sobre música, mesmo quando esta não se enquadra nas suas preferências pessoais, como julgo ser o caso. Embora fale-se sobre qualquer género e evento nestas páginas, maioritariamente fala-se sobre rock, música alternativa moderna e urbana. Há uns dois anos atrás a matéria que mais enchia era sobre música electrónica, algo que agora abrandou um pouco. O que houver, tenta-se falar nestas páginas. Mas estando também eu mais por dentro do género rock e todos os seus imensos derivados, é normal que seja mais sobre isto que fale. Até porque muito mais não acontece nestas ilhas e de folclore e filarmónicas há quem fale, sem que a minha intervenção seja necessária. Para além disto, essa mesma pessoa quis-me alertar para o facto de ter cometido um erro ao dar os parabéns aos “Brancos” pela iniciativa, pois a mesma não tinha sido deles, mas sim dos responsáveis pelo Plastik Bar, que eram quem explorava o recinto naquela altura. Sabia disso, mas interpretei-me mal na altura dos “elogios”. Aqui fica a correcção! Os parabéns dirigem-se aos responsáveis do Plastik Bar pela iniciativa. Mas já agora acho que não devo “eliminar” os parabéns que foram dirigidos na altura aos “Brancos”, pois foram eles que disponibilizaram o espaço, facto fulcral para que tudo tivesse acontecido, pelo que acabam por ter “responsabilidade” no sucesso que aquelas noites tiveram. Fica a correcção e o agradecimento à pessoa que me alertou a falha.

in jornal "A União", 19 de Setembro, 2007

Com o requinte do costume - AngraJazz 2007

Aquele que é considerado, por muitos entendidos e críticos da matéria, como um dos mais importantes festivais de Jazz do país, volta de 4 a 6 de Outubro para a sua 9º edição, trazendo a Angra do Heroísmo nomes importantíssimos do Jazz mundial. Sempre com a presença de um grupo local, a orquestra AngraJazz, e de um grupo nacional, este evento pauta-se por ter no resto do cartaz grupos e artistas estrangeiros, dos Estados Unidos e da Europa.
Este ano um pouco mais curto – menos um dia – serão 6 os concertos para deliciar o público terceirense e demais visitantes que procuram sonoridades mais ecléticas e seleccionadas. Sendo um género musical que nasceu em meios modestos e através do povo, hoje em dia é um género pouco divulgado e sem grandes vendas que reflictam na realidade a quantidade de pessoas que o apreciem, à excepção de alguns nomes a solo que praticam um Jazz mais convencional e mainstream.
Neste caso de mainstream ver-se-á pouco, sendo talvez Jim Hall o artista mais sonante que pisará o palco do grande auditório do Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo com o seu trio, para além de Benny Golson com o seu sexteto. A orquestra AngraJazz este ano convidou o jovem músico Afonso Pais, que a acompanhará na guitarra.
Algumas actividades paralelas vão ocorrer, como habitualmente, durante o festival, como a venda de artigos AngraJazz, a Feira do Disco com as distribuidoras Trem Azul, Discantus e Dargil a colaborarem e com uma exposição de fotografia da autoria de António Araújo, tendo como tema o Jazz.
Os bilhetes vão estar à venda na bilheteira do Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo a partir do dia 25 de Setembro de 2007, das 17:30 às 21:30. Os preços vão andar entre os 8 e os 15 euros diários e com passes para os três dias entre os 20 e 40 euros.

Aqui fica o programa:

4 de Outubro – 21h30 – Laurent Filipe Quinteto. 23h30 – Roberta Gambarini Quarteto
5 de Outubro – 21h30 – Orquestra Angrajazz com Afonso Pais. 23h30 – Benny Golson Sexteto
6 de Outubro – 21h30 – Jim Hall Trio. 23h30 – Monk's Casino Quinteto.

in jornal "A União", 19 de Setembro, 2007

October Loud

O festival ocorrerá a 19 e 20 de Outubro no Centro Cultural e Cívico de Santa Clara, em Ponta Delgada e é organizado por Bruno Santos e Cristovão Ferreira em parceria com a Associação de Juventude, sem fins lucrativos, BIT9, que tenta desta forma dinamizar o nosso Outono e oferecer ás bandas locais condições para efectuarem um bom concerto, numa altura em que poucas ou nenhumas são as oportunidades para estas se apresentarem ao vivo. Estas serão as bandas que farão parte do cartaz: Stampkase (ainda por confirmar), Zymosis, Nableena, Neurolag , Spinal Trip (único concerto em S. Miguel), In Peccatum (único concerto em 2007), Strapping Lucy (único concerto em 2007) e A Dream of Poe (único concerto em 2007)haverão também Workshops, um jantar convívio com os metaleiros e pela noite dentro sons pesados com o Metal DJ Paulo Jorge Sousa.

in jornal "A União", 19 de Setembro, 2007

sexta-feira, setembro 07, 2007

Foi-se o tenor


1935 - 2007

Apesar de, assumidamente, ser maior apreciador da voz de José Carreras, há que admitir que ele foi "o" tenor.
Descanso eterno para Luciano Pavarotti.

Angrarock 2007 - Die Happy a melhor surpresa

Texto – Miguel Linhares
Fotos – Bruno Ferreira

Passámos por mais um edição do Angrarock, esta com chuva só mesmo depois do término dos espectáculos, sem fazer, assim, as graças dos últimos anos durante as actuações das bandas. S. Pedro ajudou mais este ano e a organização também esmerou-se mais um pouco para que o recinto que todos os dias serve de estacionamento aos terceirenses, pudesse receber condignamente bandas e visitantes em mais esta edição do festival de rock da edilidade angrense.
De rock ouviu-se muito, mas nada pesado. Este ano as sonoridades pesadas foram atiradas para segundo plano, sendo que a banda que abriu o festival, 4 Saken, foram das mais pesadas em palco. Estamos a falar da primeira noite e a banda é a terceira classificada do concurso Angrarock, os terceirenses 4 Saken. Composta, maioritariamente, por músicos muito experientes e conhecidos dos amantes do género, os 4 Saken apresentaram um som original, fora do comum na Terceira, com imensas influências distintas, passando pelo trash e prog, na sua maioria e com picos muito interessantes, tanto vocais, como instrumentais. A banda demonstrou qualidade, presença, atitude e muita garra, infelizmente o som para o exterior não era o de melhor qualidade, pelo que a nível de guitarras e bateria a confusão era imensa…
Os Orangotang eram a próxima aposta da organização para esta noite mais “pesada”. O colectivo de Mondim de Basto não conseguiu realmente entrar com o pé direito em palco e a sonoridade não cativou suficientemente os presentes no Bailão. Muito desvanecida, sem grande comunicação com o público, a apresentação dos Orangotang na Terceira ainda teve um pequeno, mas enérgico, grupo de apoiantes do início ao fim. Soube a pouco…
A fechar esta noite, os More Than a Thousand, banda alternativa que se divide entre Londres e Lisboa. Hardcore e Indie misturam-se criando momentos melódicos muito interessantes seguidos de passagens completamente pesadas, a puxar o mosh (algo que quase não aconteceu…). Por vezes com passagens a fazer lembrar Deftones, os More Than a Thousand possuem uma excelente presença em palco, com momentos realmente demolidores em que o público do Bailão respondeu positivamente. Pouco público, mas bom, muito bom. Um dos melhores concertos do Angrarock.
Na segunda noite do festival e por motivos pessoais, não foi possível ao autor desta review presenciar a actuação da primeira banda da noite, os Anjos Negros, segundos classificados do concurso Angrarock, pelo que nada pode ser dito…
O regresso dos RIP era esperado por muitos e estava a suscitar grande curiosidade no público. Depois de 12 anos inactivos, queria-se ver como estava aquela que tinha sido uma das mais importantes bandas de rock dos Açores no início dos anos 90. Primeira impressão: instrumentalmente estão quase iguais! O mesmo som característico daquele pop/rock vincado pelos anos 80. Nada mudou. O único ponto mais fraco deverão ter sido as vocalizações que, infelizmente, já não são as mesmas e talvez sejam o efeito de uma longa paragem na música. Mas sempre dentro do aceitável! Todos os grandes temas da banda passaram pelo palco do Bailão e ficou a curiosidade de saber se voltarão a se reunir e a compor…
A fechar esta noite, aquela que terá sido a grande surpresa musical deste festival, os alemães Die Happy. Completamente surpreendente foi a actuação desta banda em que se destaca a excelente voz e fantástica presença em palco da vocalista Marta Jandová, natural da República Checa. A comunicação com o público foi constante, aberta, positiva e muito entusiasta. Atrás de si, uma excelente banda, com uma secção rítmica muito consistente, em que as músicas dos Die Happy fluíam naturalmente. O público foi-se deixando contagiar pela energia do conjunto germânico e agradeceu a sua visita. Um dos pontos altos deste Angrarock!
Terceira e última noite a abrir com os vencedores do concurso deste ano, os angrenses Amnnezia. O peso da vitória pesava-lhes perante a simpática moldura humana que lá estava para vê-los e o quinteto terceirense confirmou a qualidade. A banda tem vindo a crescer e a amadurecer nos últimos dois anos e o palco do Bailão não lhes amedrontou. Rock bem ritmado, sintonia entre duas guitarras bem coordenadas e as vocalizações a convencerem, ora em inglês, ora em português. Mereceram os aplausos!
Seguia-se os Mundo Cão, uma das melhores bandas de rock da actualidade. Com letras de Adolfo Luxúria Canibal e tendo nas suas fileiras membros dos Mão Morta e, por exemplo, dos já extintos Braindead, este colectivo que tem no seu vocalista o membro mais conhecido do público em geral (o actor Pedro Laginha) acabou por criar dos momentos mais interessantes do Angrarock. Rock muito negro, melodioso mas nunca “alegre”. Muito ao estilo de Mão Morta. O público chegava-se ao palco e os Mundo Cão carregaram o ambiente com música de muita qualidade e sensibilidade. Um grupo a ter em atenção!
A fechar esta noite e este festival os “mais-que-conhecidos-e-cantados” Da Weasel. Por ser uma das maiores bandas portuguesas da actualidade e das que mais vendem, não era de estranhar um Bailão quase cheio. Dos milhares de pessoas presente, poucos foram os que não dançaram e cantaram com Pacman e companheiros. Todos os grandes sucessos do grupo ficaram para o encore que finalizou com o primeiro single do último álbum “Amor, Escárnio e Maldizer”. Pouco mais há a dizer sobre aquele que acabou por ser – previsivelmente – o maior momento e mais aplaudido do festival Angrarock 2007.A nível de palco (condições sonoros e cénicas) convém mencionar a grande melhoria este ano. O recinto, embora mais colorido, o mesmo de sempre em que o alcatrão destoa. O público este ano foi superior, em número, aos anos anteriores em qualquer uma das noites. Mais uma vez as bandas locais – que não possuem técnicos próprios – ficam a perder no apoio em palco e durante a actuação. Caso gritante foi o do guitarrista de Amnnezia que na última música teve um problema com o cinto da guitarra que lhe caiu e teve que parar de tocar, segurar a guitarra e tentar colocar o cinto para finalizar a actuação. Não conseguiu, ninguém lhe ajudou e tão depressa ele atirou o cinto ao chão, apoiou a guitarra numa das pernas e lá acabou a sua actuação. Se alguém em palco viu, não se sabe. Que ninguém acorreu, é certo. Nada que sirva para denegrir um festival que merece nota positiva pelo público que lá esteve. Parabéns aos intervenientes!


in jornal "A União", 5 de Setembro, 2007

A música nos “Brancos” e outras noitadas que aí vem.

Texto - Miguel Linhares

Foi dos melhores momentos “after hours” da Praia 2007, os concertos e jam sessions que aconteceram no pátio dos “Brancos”. Muitos músicos por lá passaram, locais e não só. Kumpania Algazarra também lá esteve a fazer jam, Luís Bettencourt lá esteve e os Outrage reuniram-se para meia dúzia de músicas. Público era sempre muito, animado, participativo e receptivo.
O que interessa mais aqui destacar é a iniciativa deste espaço ao colocar instrumentos disponíveis aos músicos com a oportunidade de tocar pela noite dentro, como que em amena cavaqueira. É um modo mais “cultural” de se passar a noite e anima o espaço que só tem a ganhar com isso. Ou seja, junta-se o útil ao agradável. Fica de parabéns este espaço por esta ideia.
Já a 31 de Agosto temos o início do festival AngraRock 2007, que este ano promete algumas boas surpresas. Desde já, de realçar, o regresso aos palcos dos RIP, banda terceirense do final dos anos 80, princípios de 90. A curiosidade é muita para os ver novamente! O cartaz musical este ano apresenta-se com qualidade e promete muita animação e rock para os três dias. Deixo aqui algumas reticências somente em relação à apresentação gráfica do cartaz deste ano… Mas disso falaremos depois. Para a semana que vem falaremos do AngraRock e vamo-nos preparar para aquele grande fim-de-semana.
Espero poder estar aqui com vocês na próxima semana, ou melhor, ter tempo para cá estar, pois tenho a realização do festival Azure a acontecer já este fim-de-semana, de 17 a 19. Muito trabalho se avizinha, mais do que até agora, mas tudo em prol da música e das artes na nossa terra. Caso alguém queira fazer uma review ou artigo de opinião sobre o Azure, colocarei aqui, caso contrário não se fala mais nisso nestas páginas.
Vemo-nos lá!

in jornal "A União", 15 de Agosto, 2007

quinta-feira, setembro 06, 2007

Música para todos - Praia 2007 convence

Texto - Miguel Linhares
Fotos – Miguel Linhares e Marisa Barbosa

Passadas que estão mais umas festas da Praia é tempo de fazer balanço, que a nível musical este ano assume-se positivo. O Musicofilia acompanhou mais de perto o palco principal das festas, a Dreamzone a o palco da Marina, estes os locais fulcrais no que concerne a música mais moderna e/ou alternativa, nas suas variadas vertentes. Um parêntese merece ser feito relativamente à Dreamzone que está muito bem conseguida e veio provar a boa imagem que já havia deixado nos anos anteriores.
Quanto a música propriamente, não é possível neste espaço falar de todos os artistas que estiveram presentes nestes na Praia, mas destaques merecem ser feitos.
André Sardet que com a sua característica forma de cantar e entreter conseguiu cativar o muito público presente que, claro, esperou para cantar em uníssono o tema “Foi feitiço”, o grande êxito do artista actualmente. Apesar de ser um espectáculo mais indicado para recintos fechados, superou e agradou. Os 4 Taste vinham para agradar os mais novos, mas não só! Muita gente acabou por acorrer ao principal recinto das festas para ver os adolescentes que acabaram por surpreender pela razoável presença em palco e vivacidade. Embora os diálogos já viessem decorados e ensaiados, é de louvar a interacção com o público. Repara-se que em palco a banda denota alguma falta de amadurecimento musical, no entanto realça-se duas excelentes covers: uma de Peste & Sida (Sol da Caparica) e outra de Táxi (Chiclete). Outro destaque vai para os terceirences Strëam que tinham a responsabilidade de tocarem sozinhos no palco principal numa das noites da Praia. Nota negativa vai para a demora do concerto que começou com quase uma hora e meia de atraso, algo que, presume-se, seja da responsabilidade da organização e não da banda. Musicalmente apareceram mais suaves e directos. A banda que sempre se caracterizou pelo seu rock aguerrido, neste momento passa por uma fase mais melodiosa e elaborada. Amadurecimento, dirão muitos…
Um novo tema foi apresentado ao público da Terceira, “Listen” e dos temas mais antigos pouco se ouviu na Praia. Tiveram muito público e palmas não faltaram. “Another Story” foi o tema do encore, que já havia sido tocado antes.
Blind Zero vinham fazer de banda principal para uma noite mais alternativa. Embora o público em geral não se lembre do início da banda, esta primava por fazer rock alternativo de qualidade em Portugal. Abrandou nos últimos anos, mas continuou com o mesmo selo da qualidade e inovação a nível nacional. Concerto primoroso e muito participado em que se pode destacar o excelente final com o 1º single da banda nos anos noventa, “Big Brother” e duas covers bem conseguidas, uma de Bruce Springsteen e outra de Blur.
No III festival de Blues da Praia brilharam – e de que maneira – os Lid´Ed and the Blues Imperials e os Ten Years After. No primeiro caso, blues mais ao jeito de Louisiana, ritmado e com muito soul. Vibrante!
No segundo caso, blues a cair mais para o rock dos anos setenta, ao jeito de Hendrix. Destaque para todos os músicos – todos mesmo – pois foi uma verdadeira lição de música que se viu no palco da Praia na noite de sábado. Simplesmente fantástico a todos os níveis.
Mais três destaques merecidos: Kumpania Algazarra tocou no palco da Marina e passou mais alguns dias a fazer animação de rua. Banda de metais, muito na onda de Kusturika, mas também com outras influências musicais, principalmente de reggae. Excelente! Dazkarieh veio provar, também no palco da Marina, porque é uma das melhores bandas de world music em Portugal, actualmente. Ynot, banda dos terceirences Luís Bettencourt e Paulo Fonseca a oferecer muito hard rock de qualidade, com muito público presente até quase ás três da manhã. Para se repetir.
Nota menos positiva para a artista Vanessa da Mata que realmente não trouxe a energia necessária para animar a noite quente de terça-feira. Embora seja uma artista de grande qualidade, vagueando pela sonoridade afro-brasileira que a caracteriza, a noite acabou por ser morna, ainda assim com sorriso nos lábios.
Na Dreamzone todas as noites foram longas ao som de dj´s locais, nacionais e internacionais. Foi aqui que houve maior afluência de público e onde a noite acabava já de manhã. Como se quer!Balanço muito positivo para esta comissão que soube animar os terceirenses e demais visitantes que já esperam pela edição de 2008. Assim ela chegue!

in jornal "A União", 15 de Agosto, 2007

Festas da Praia 2007

Texto - Miguel Linhares

Estamos a dois dias do início de uma das maiores festividades dos Açores e que embelezam majestosamente a cidade de Nemésio, Praia da Vitória.
Aqui o que interessa falar é sobre música e nesse aspecto estas festividades têm vindo a dar cartas ás demais de idêntica dimensão e orçamento. Saber programar um cartaz musical é importantíssimo para o sucesso das mesmas e ajuda a gerir antecipadamente o sucesso, ou não, que poderá obter por parte do público. Este ano a comissão propõe um modelo inovador no que concerne ao recinto e pretende oferecer um Music Resort aos visitantes o que aumentará a qualidade das festas e tornará ainda mais forte o cartaz turístico do concelho, assim dizem.
Este ano tenho o prazer de participar nas festividades com a minha banda, os Manifesto que neste mesmo concerto celebrará o seu 10º aniversário. Mas não querendo parecer mal agradecido, julgo que as portas deveriam se abrir mais aos projectos locais de música moderna. O eterno problema, a eterna discussão e o eterno debate que tento levantar nestas páginas. Já são poucas as oportunidades que os grupos têm para mostrar os seus trabalhos que fechando mais algumas portas significará a estagnação para projectos locais no que concerne a espectáculos ao vivo. Deverá é ser bem pensado um modelo que funcione com estas bandas que, à partida, não puxam grandes massas de público, como é óbvio. O modelo existe, tenho a certeza. E julgo haver pessoas nas festas capazes de fazer isso, talvez falte só a oportunidade certa para que o façam. Assim espero. Até lá, pensemos, isso sim, nestes dez dias de festa que serão – talvez – os melhores dez dias do ano, assim haja sol q.b., boa animação e boa disposição. De minha parte estarei lá e trarei, a seu tempo, os pontos musicais mais altos a estas páginas.

in jornal "A União", 1 de Agosto, 2007

Estúdio à vista para Strëam

As notícias não param de chegar e de surpreender. A banda terceirense acabou de entrar em acordo para a gravação do primeiro longa duração que terá o selo da Rewind Music e distribuição da Som Livre.
As gravações ocorrerão durante o mês de Agosto nos estúdios Audioplay na cidade de Aveiro com a produção a cargo de Miro Vaz (Squeezze Theezze Pleaze, Jigsaw, Pluma) e ainda com a posterior gravação do vídeo clip promocional do novo disco a cargo da Zed Filmes que já efectuou, por exemplo, trabalhos com EZ Special, Blind Zero, Humanos, Herman José entre outros.
O grupo terceirense chegou também a acordo com uma empresa cinematográfica canadiana para a utilização do tema “An Other Story” no filme “Shred I”, que terá como protagonista o actor Tom Green (“Charlies Angels”, “Road Trip”), cara conhecida das estações MTV e Sic Radical, em Portugal. Mais informações podem ser obtidas em www.shredfilms.com.

in jornal "A União", 1 de Agosto, 2007

Festas de S. Bento - Goma e Othello

Texto e fotos - Miguel Linhares

Foi no passado dia 13 de Julho que as bandas terceirenses Goma e Othello subiram ao palco do largo de S. Bento para abrilhantar a noite da juventude.
Os Goma deixaram patente a qualidade que lhes vem conferido o aplauso geral dos terceirenses, pela inconfundível presença de alguns dos elementos vastamente conhecidos do cenário regional do rock e do pop e pela coesão sonora que faz desta banda uma das melhores da actualidade, dentro do espectro pop/rock. O futuro dirá se terão preserverança e estofo para voos mais altos.
Os Othello já tem créditos firmados e vieram só confirmar que estão presentes e com ideias novas. Concerto irrepreensível, técnico – como é hábito – com boa presença de palco e receptividade por parte do público. Sem grandes falhas que possam ser apontadas, os Othello fecharam em beleza uma noite que origina uns merecidos parabéns à jovem comissão de festas que soube apostar em diferentes frentes de entretenimento e não esqueceu o rock local, como é infelizmente hábito em imensas festividades. Ficam algumas fotos desta noite.

in jornal "A União", 1 de Agosto, 2007

sexta-feira, agosto 31, 2007

Onde está o Bob?!

Texto e foto - Miguel Linhares

Como sabem fui este fim-de-semana a S. Miguel para presenciar o festival itinerante Alta Tensão. A viagem de barco foi muito agradável e muitos eram os amigos e conhecidos que também lá iam. A maioria com a loucura de ir ver o Bob Sinclar na Vinha D´Areia, em Vila Franca do Campo. Os outros, poucos, trajados de preto como manda as regras iam com a vontade de apoiar os terceirenses Anomally e acompanhar este evento encabeçado pelos dinamarqueses Mnemic.
Confesso que no meu caso não iria a S. Miguel propositadamente para ver Bob Sinclar, talvez nem mesmo com tudo pago, mas cada um com o seu gosto!
Neste caso é óbvio que toda aquela gente foi lá para verem um artista que gostam e pagaram bilhetes de barco, ingressos para entrarem no evento e, claro, foram preparados para as despesas extra, nem que seja só com alimentação. Como todos já sabem (até informativos especiais são realizados sobre o assunto) o artista Bob Sinclar não apareceu e cada um atira as culpas para o outro ao lado ameaçando com processos para apuramento da verdade. Não me interessa sequer saber de quem é a culpa, mas se tivesse sido enganado como todos os outros que lá estiveram, não poderia estar de bom humor. Dos muitos com quem falei, a reacção foi essa: sentiam-se enganados! Não é para menos, presumo. Pagaram por algo que não lhes foi fornecido! Embora o dinheiro esteja a ser devolvido ás pessoas (claro que os que voltaram às suas ilhas no barco do domingo não deverão ver um cêntimo…) não deixa de ser irónico o enorme alarido que se fez à volta deste evento e o desfecho mediático que está a ter.
Deixo aqui, a título de curiosidade, uma foto tirada na tarde do dia seguinte do “grandioso” palco onde o Bob Sinclar deveria actuar. Não me parece um palco muito digno de um artista como ele…2 metros de altura por uns 4 de boca…
Será que isso teve haver com o não aparecimento do artista?! Não quero resposta, obrigada.
É caso para, à semelhança do famoso Wally, perguntar: onde está o Bob?!

in jornal "A União", 26 de Julho, 2007

Inesquecível - Alta Tensão

Texto – Miguel Linhares
Fotos – Miguel Linhares / Marisa Barbosa / Metalicidio.com


Foi neste fim-de-semana passado que se realizou o maior evento do género nos Açores, o Festival Alta Tensão que trouxe à região nomes importante do metal nacional e internacional. Tendo como palco o majestoso Coliseu Micaelense, bandas como os consagrados dinamarqueses Mnemic, e os portugueses Reaktor, Concealment e Forgodsfake foram cabeças de cartaz em duas noites que abriram uma oportunidade única aos locais Stampkase, Psy Enemy, Morbid Death e aos terceirenses Anomally. Antes do espectáculo, na tarde de sexta-feira, houve um pequeno debate entre organização, António Freitas (conhecido radialista da Antena 3) e o público e com a presença do Director do Coliseu e Melissa Cross, que veio ministrar um curso sobre técnica vocal no domingo seguinte. Discutiu-se um pouco sobre o metal em Portugal, as dificuldades na nossa região e o papel que tem um evento destes ao passar pelos Açores. Ficou patente a vontade de se querer fazer mais alguma coisa nos Açores ou que envolva projectos açorianos, mas ganha real destaque a relativa dificuldade em realmente levar ideias dessas avante. A tal questão do monopólio aéreo que fazem com que viajar para os Açores (ou sair dos Açores) seja mais caro do que ir para quase qualquer lado da Europa! Ainda assim, ficou a promessa que se pensar outros eventos que inclua os Açores.
A nível de organização algumas coisas falharam logo à partida com o teste de som a levar uma tarde inteira para ser feito, obrigando os Anomally a esperarem pela realização do mesmo. Particularidade deste evento: o teste de som é realizado pela primeira banda a tocar. Nenhuma outra realiza teste de som, seja quem for, assim como explicou um dos membros da organização, por ser este “ um método que importámos da Europa. Em quase todos estes tipos de eventos, é assim que se faz.”. Como vamos ver mais à frente assim não foi, mas no entanto foram os Anomally a realizar o teste de som no primeiro dia do evento. O espectáculo iniciou com um atraso de 20 minutos e pouco mais de 200 pessoas estariam no Coliseu.
Os Anomally apresentaram-se ao público micaelense com muita pujança e determinados. Um pequeno problema técnico no início do segundo tema levou a uma paragem de 3 minutos, na qual o vocalista poderia ter comunicado com o público, o guitarrista poderia ter tocado alguma coisa… parados é que não deviam ter ficado. Revolveram o problema, apresentaram os seus temas, fizeram uma excelente versão de Arch Enemy (We will rise) e quando iam tocar “I am god”, foram cortados pela organização (ao fim de 20 minutos, a contar com a tal paragem de 3 e tinham direito a 30 minutos), pelo que a actuação dos Anomally ficou a saber a pouco. Excelente, mas curta. Acabou por ser a banda mais prejudicada no evento.
Os Forgodsfake fizeram barulho suficiente para que o público começasse a aquecer. Musicalmente sem grande trabalho a apontar, praticando um metalcore mais que gasto e igual a tantas outras bandas, estes lisboetas serviram de aquecimento ao que viria, mas que poucos esperariam.
Concealment é um nome a recordar de agora em diante. Trio de Lisboa que pratica um death metal/progressivo completamente demolidor. Primeira impressão: faz-nos lembrar Chuck Schuldiner e a parecença vocal e rítmica é arrepiante. Outro ponto de destaque: o baixista tem um baixo de 9 (sim, 9) cordas!!! O som que sai deste instrumento é completamente arrasador e complementa a melodia conseguida por bateria e guitarra que numa teia de ritmos muito interessantes completam-se em temas espectaculares. Foram das melhores surpresas do festival e o tal baixo fica na memória…
Morbid Death fecham a noite a jogar em casa. Banda que dispensa apresentações e que cumpriu na integra o seu papel de cabeças-de-cartaz da primeira noite. Temas desde a Demo “Nomad”, até ao mais recente trabalho de estúdio “Unlocked” desfilaram durante uma hora e meia em perfeita sintonia com o público presente. De parabéns mais uma vez!
De referenciar que ao nível de horários dos concertos, assim como no teste de som, a organização não mostrou grande acutilância. Os Forgodsfake tocaram 40 minutos e os Concealment 45 minutos. Algumas mudanças de palco levaram mais de 15 minutos e alguém ficou com os 10 minutos dos Anomally (que até só pediam mais 3 para finalizar o espectáculo…).
No segundo dia os problemas de horários foram menos notórios, mas presentes. Os Psy Enemy tiveram honras de abrir o espectáculo e muito bem. Já conhecidos do público micaelense, estão numa fase de mudança de sonoridade que parece ter agradado aos presentes. Nota positiva.
Os Stampkase já são habituais em quase todos os grandes eventos do género na região e mais uma vez fizeram o que lhes competia. Como se diz na gíria, partiram a loiça toda! Um pouco mais “corridos” a nível sonoro e com menos paragens e contratempos, os Stampkase estão mais interessantes ao vivo e igualmente pesados. O convidado especial Luís H. Bettencourt tocou em dois temas. Por esta altura já se fazia mosh, slam e alguns stage diving tímidos e de entrada a pés, tal e qual como não se deve fazer. Mas o importante era todos se divertirem e não haverem problemas. Até agora, tudo bem!
Os lisboetas Reaktor já à partida tinham grande parte do público na mão por serem um colectivo já conhecido de todos e com créditos. Banda de um dos membros da organização, Sérgio “Animal”, acabaram por dar um excelente concerto, muito profissional e desafiador para o público que reagiu muito bem. Era só o aquecer de motores para a entrada da banda que realmente todos queriam ver.
Pouco antes da uma hora da manhã os Mnemic subiram ao palco do Coliseu depois de…durante 40 minutos terem estado a fazer teste de som, na pessoa de um dos técnicos da banda. E se se lembram do início da nossa conversa, afinal a organização faltou com a palavra e sempre existem artistas que fazem teste de som, mesmo que isso implique deixar o público espetado a meio de um concerto, quase uma hora, a olhar para um individuo de quase 2 metros de altura a testar todos os instrumentos! Uma falha muito relevante…
Da banda propriamente dita tudo de bom há a apontar e nada de menos bom. Muito profissionais, de som muito consistente, directo e pesado. Riffs e passagens completamente demolidoras e que geraram muito mosh e headbanging. Duas horas do mais pesado arsenal musical a debitar a toda à força a um público que neste sábado era muito superior ao do dia anterior e, claro, mais entusiasta, ou não estivessem em palco os dinamarqueses Mnemic, uma das bandas de metal da actualidade mais respeitadas. No final do concerto e durante o último tema, todos os elementos das outras bandas fizeram invasão de palco o que levou, por natural consequência, a uma invasão de palco geral, acabando a banda por tocar o último tema com várias dezenas de pessoas a encher por completo o palco do Coliseu Micaelense. Apesar de não ser muito recomendado, foi um dos momentos mais bonitos do evento.
Logo depois, uma pequena sessão de música pelas mãos de António Freitas que fechava em beleza este Alta Tensão nos Açores. Todos os artistas que vieram de fora saíram, com toda a certeza, com uma excelente impressão da nossa região. Apesar do público metaleiro ser uma minoria, mostrou ser de grande dedicação e, como se diz, poucos mas bons. A recepção aos artistas foi calorosa e entusiasmante e muitos foram para casa, já com saudades.
De referenciar a presença de várias pessoas de outras ilhas, principalmente da Terceira, que se dirigiram à ilha do Arcanjo propositadamente para estar neste fim-de-semana no Coliseu.
Os parabéns têm de ir, obrigatoriamente, para o Nuno Costa da Sound(/)Zone, pessoa à qual se deve a presença deste evento nos Açores. Sem a sua preserverança e dedicação, nada disso seria possível. A ele todos os aplausos das duas noites.
Nota a cair para a negativa para a organização, a More Agency, que realmente falou e prometeu muito, mas que também falha e comete pequenas injustiças como qualquer outra pequena agência ou produtora. Problemas técnicos que aqui ao leitor pouco devem importar, mas que são os que também fazem um evento correr bem ou mal. Neste caso acabou por correr bem, mas com malhas negras que ao mais atento não passam despercebidas.
Os artistas foram os responsáveis também por este excelente evento e a eles se deve as dores de pescoço e o sorriso nos lábios. A música é assim! Esperamos por mais espectáculos destes. É que o metal pode ser uma minoria, mas os artistas principais aparecem nos eventos. E quando assim é, tudo vale a pena…


in jornal "A União", 26 de Julho, 2007

sexta-feira, julho 27, 2007

Review Alta Tensão

Muito em breve colocarei aqui on-line a minha resumida review sobre o festival Alta Tensão no Coliseu Micaelense. Entretanto, se a quizerem ler, poderão comprar o jornal "A União" de quinta-feira (dia 26). Está nas duas páginas centrais.

quarta-feira, julho 18, 2007

Anomally no Alta Tensão


Texto - Miguel Linhares

Já neste fim-de-semana vou voltar a S. Miguel, desta vez só para presenciar o festival Alta Tensão, pela primeira vez nos Açores. Por ser um evento de alguma envergadura e por ter como cabeças de cartaz os Mnemic, julgo que é o suficiente para me deslocar à ilha do Arcanjo durante três ou quatro dias. Mais: os nossos terceirenses Anomally vão estar presentes no primeiro dia do evento!
Uma das bandas mais importantes a surgir nos Açores nos últimos tempos, os Anomally criam sons um pouco diferentes dos presenciados em S. Miguel, por exemplo, onde o metal impera, mas numa vertente mais moderna. Aqui, na Terceira, para além de serem das pouquíssimas bandas de metal – metal a sério – são das poucas dos Açores que são-no influenciados por sons mais antigos, mais clássicos e mais “trash”. Com partes melodiosas muito cativantes e contrastes vocais de relevo, os Anomally fazem ressurgir uma sonoridade com peso q.b., mas com pés e cabeça! Não exageram em nenhuma das vertentes dos seus temas e conseguem-no com qualidade. Para quem aprecia um bom death/trash dos anos 80 ou 90, eles são um bom exemplo disso, sem perderem modernidade. Pode-se ser melodioso e ter músicas com solos, sem ser emo, e no entanto soar se calhar ainda mais pesado que a mais parte das bandas metalcore que estão na moda. É preciso é introduzir as influências certas, é preciso é sentir a música de um modo diferente e, se calhar, com mais experiência. Para os putos de hoje isso pode parecer insignificante, mas o facto de já se estar na música há mais de uma década, ter outros projectos e experiência de palco e ter uma idade que já oferece mais maturidade, é – e deve ser – sinal de mais valia para uma banda, algo que os Anomally possuem. Aqui o vosso anfitrião vai lá estar, a presenciar os concertos para depois trazer notícias, aqui neste jornal, em primeira-mão para os que lá não puderem estar e, claro, a torcer pelos camaradas Anomally que vão estremecer o Coliseu Micaelense. Assim espero!!!

in jornal "A União", 18 de Julho, 2007

Este fim-de-semana - Alta Tensão

É já este fim-de-semana que o Coliseu Micaelense vai tremer com a presença do mais consagrado festival itinerante de metal do país, o Alta Tensão! Para além da presença dos Dinamarqueses Mnemic, destaque para os locais Morbid Death, Psy Enemy e Stampkase, para além dos terceirenses Anomally. Duas noites de luxo no que concerne a sons mais pesados. O cartaz apresenta-se assim:

Sexta 20 de Julho (22h)
Morbid Death [S.Miguel]
Concealment [Sintra]
Forgodsfake [Almada]
Anomally [Terceira]

Sábado 21 Julho (22h)
Mnemic [Dinamarca]
Reaktor [Lisboa]
Stampkase [S.Miguel]
Psy Enemy [S.Miguel]

Convidado especial:

ANTÓNIO FREITAS (programa "Alta Tensão" da Antena 3 e programa "Hyper Tensão" da SIC Radical)

in jornal "A União", 18 de Julho, 2007

Melissa Cross ministra curso nos Açores

Melissa Cross, cantora e docente de técnica vocal, vai estar em Julho na ilha de São Miguel para leccionar um curso intensivo de canto, na sua primeira deslocação a Portugal.A iniciativa parte da escola de música da Globalpoint Music, Limitada e para celebrar a sua abertura, já tem agendado um seminário / curso intensivo de canto, com a docente internacionalmente solicitada Melissa Cross, que se irá realizar no dia 22 de Julho no Coliseu Micaelense, inserido no festival de Rock nacional de grande nível ALTA-TENSÃO, que decorrerá na sexta-feira e sábado anteriores.O evento decorrerá na tarde de 22 de Julho próximo, no Coliseu Micaelense. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas na Globalpoint Music, Limitada., sita à Travessa das Laranjeiras, número 13 A, Loja 9, na freguesia de São Pedro em Ponta Delgada. As inscrições são limitadas, mas com 10% de desconto para portadores do cartão coliseu, bem como para grupos de 5 ou mais pessoas provenientes das outras ilhas, grupos de estudantes ou conservatório. Há entretanto conhecimento que estão a ser organizadas deslocações de vários inscritos das outras ilhas. Também existem condições vantajosas a quem voar através dos representantes da agência TUI, e para quem deseja passar o fim-de-semana em São Miguel.
Na tribuna de convidados estarão presentes, além da comitiva de Melissa Cross, Eduardo Botelho (Globalpoint Music), Pedro Maia (Globalpoint Music), Nuno Costa (Sound(/)Zone), João Tiago Arruda (Metalicidio) e também os artistas Ricardo Santos (Morbid-Death) e Zeca Medeiros. A tradução estará a cargo de Hélder Almeida. Este evento tem organização conjunta da Globalpoint Music, Limitada. e da Loudmouth, Inc., e conta com os apoios do Coliseu Micaelense, Atlantinox, Lda., Rádio Atlântida, Restaurante Fair Play, Angra Music Agency, SounD(/)ZonE ,Metalicidio, Contratempo e do Movimento Made in Azores.
A 23 de Julho no Restaurante Oficial do evento, o Fair Play, vai ter lugar uma sessão de autógrafos com Melissa Cross, permitindo igualmente um convívio e a aquisição dos seus DVD’s.

in jornal "A União", 18 de Julho, 2007

quarta-feira, junho 27, 2007

Festivais de verão.

Texto - Miguel Linhares

Começam a ser ás dezenas. Começam a propagar-se para as ilhas mais pequenas também. Naquelas em que se os visitantes forem muitos, a população duplica. Em Stª Maria assim é! Assim que chega a Maré D´Agosto a população daquela ilha duplica com a visita de milhares de festivaleiros, quase todos vindos de S. Miguel. Já vimos outros casos em alguns festivais pontuais que só viram a cor de uma primeira edição, como é o caso do Festival da JS, em S. Jorge em 2004. Foi mais um isco aos jovens com as eleições a poucos dias, do que um festival, no verdadeiro sentido da palavra. No entanto valem estes eventos pelos artistas e pelos espectáculos. De uma maneira ou outra, sou apologista desta vaga de festivais. No continente são ás dezenas, pela Europa fora serão ás centenas, nos Estados Unidos mais ainda, aqui nos Açores começam a bater a dezena. Embora muitos destes eventos, infelizmente, não consigam superar segundas e terceiras edições – muito por culpa da falta de verbas – é de louvar o empenho que muitas pessoas oferecem na criação de um evento que tem como alvo os apreciadores de música e entretenimento, na sua maioria, jovens. Não é fácil colocar um evento de médias dimensões de pé – sei-o por experiência própria – mas com preserverança e seriedade consegue-se! Um pouco de sorte também ajuda. Reconhecimento por parte de eventuais apoios e patrocínios que acabam por ser o batimento cardíaco de um evento desta natureza. Sem eles nunca seria possível, mas a avaliar pelos eventos que começam a despontar, julgo que tem havido uma abertura aceitável e, se calhar, é possível fazer os melhores eventos do país nas nossas ilhas. Porque tem que ser sempre em Lisboa, no Algarve (ou Allgarve, como preferirem!) ou no Porto? Porque não em Ponta Delgada ou Angra do Heroísmo? Porque não Praia da Vitória ou Velas?! Porque não Vila do Porto? Por exemplo, alguns dos maiores eventos de música (de dança, essencialmente) no nosso país vizinho acontecem nas ilhas Baleares! Ibiza é o expoente máximo desta analogia. Seremos, então, assim tão pequenos? Acho que não. A insularidade é um fardo, mas não é uma fronteira. Preparem-se para as nossas festas e festivais de verão e participem. Só assim podemos ajudar a dar dimensão aos nossos eventos e aproveitem, pois o verão por aqui é curto!

in jornal "A União", 27 de Junho, 2007

Música também a concurso no Labjovem


O concurso LABJOVEM é um projecto que visa incentivar e promover jovens criadores das diferentes áreas artísticas, servindo de plataforma a uma nova geração de artistas açorianos.
Do concurso resultará uma selecção de projectos que serão apresentados nos Açores sob o formato de Mostra Regional, que engloba:
- Exposição de Artes Plásticas, Banda Desenhada e Ilustração, Ciber Arte, Design Gráfico e Fotografia;
- Apresentação de espectáculos nas áreas de Dança, Teatro e Música;
- Apresentação de uma Mostra de Vídeo e realização de um Café Literário;
- Elaboração de um catálogo geral dos projectos seleccionados;
- Criação de um DVD sobre os projectos seleccionados e a sua participação na Mostra.
De entre os projectos seleccionados em cada área para integrar a Mostra Regional, será também seleccionado pelo júri do concurso LABJOVEM um projecto ao qual será atribuída uma bolsa de estudo de curta duração no estrangeiro ao respectivo autor.
Este evento é organizado pela Associação Burra de Milho, com o patrocínio do Governo dos Açores, através da Direcção Regional da Cultura, Direcção Regional das Comunidades e tendo como promotor a Direcção Regional da Juventude.
in jornal "A União", 27 de Junho, 2007

S. Jorge aposta forte - Festival Transatlântico 2007

Zedisaneonlight, Oioai, Cartell 70, Slimmy, You Should Go Ahead, Linda Martini, Sugar Leaf, Bangguru, Nicorette e Dapunksportif são artistas já confirmados para o I Festival Transatlântico Rock 2007, a decorrer de 9 a 11 de Agosto, no Pico da Caldeira, em São Jorge.
O cartaz do festival de música alternativa apresenta como DJ’s Penta - AuraQuake -U.S.A & Rússia, Pinkboy-LUX/, Tiago Miranda-LUX, Cpt.Luvlace-s.m.a.c.k, Mr. Flip-s.m.a.c.k., Paulo Roque- V.Records-Lx, PTT, The Flash e Thomas Goebel Daime Tribe Brasil e VJ's: A 3rd_off (s.m.a.c.k.). Esta é a primeira edição de um evento que pretende ter continuidade.

Resposta Simples apurados

Os terceirenses Resposta Simples foram apurados pelo distrito de Coimbra para o concurso de bandas organizado pelo Juventude Comunista Portuguesa, que dará um lugar no palco Novos Valores, na Festa do Avante. O concerto será no dia 30 de Junho, no piso 4 do Centro Comercial Avenida. Caso passem esta fase, deverão ir à finalíssima a nível nacional, representando Coimbra e, passando esse nível, podem subir ao palco no primeiro fim-de-semana de Setembro na Quinta da Atalaia, no Seixal, casa mãe da maior festa político - cultural do país.

in jornal "A União", 27 de Junho, 2007

quinta-feira, junho 21, 2007

Próxima semana - Recreio dos Artistas


O Cine Teatro Recreio dos Artistas apresenta um programa especial para a próxima semana, com muita música ao vivo, jam sessions e outras actividades. No dia 21 será inaugurada uma interessantíssima exposição dos utentes do ACM em que a presença de todos é importante. Nos dias seguintes, entre outras, haverá as actuações dos Funkoroff, Nomdella, Othello e Velvetstone, com especial destaque para os Fala Quem Sabe irão actuar no dia 25 de Junho. Outras actividades estão a ser ultimadas e serão divulgadas oportunamente.

Melissa Cross na Terceira?!

Texto - Miguel Linhares

Como alguns já devem saber – e se não sabem leiam o artigo ao lado – Melissa Cross vais estar pela primeira vez em Portugal e logo nos Açores. Para quem está minimamente dentro da música sabe quem é esta senhora. Embora de formação clássica, ela achou que tudo o que aprendia não serviria de nada para ser cantora de rock, aquilo que queria para a sua vida. Com os ensinamentos que obteve nas reconhecidas escolas de música e artes, conseguiu criar um plano de trabalho para quem quer cantar rock e metal, para quem quer gritar, berrar ou arranhar a sua voz, sem a estragar. Numa viola quando arrebenta uma corda, substitui-se facilmente por uma nova, numa bateria uma pele também se muda com relativa facilidade, no instrumento voz, não é assim tão fácil…
Já tinha ouvido falar nesta senhora há uns largos anos, pois – se não me falha a memória – ela já deu aulas de canto a Ozzy Osbourne e também Steve Tyler (Aerosmith). Há coisa de um ano vi-a no Late Night com o Conan O´Brien e daí para cá ouvi falar muito mais sobre a personagem e sobre o seu profissionalismo. Actualmente, pessoas como Randy Blythe (Lamb of God), Ângela Gossow (Arch Enemy) ou Corey Taylor (Slipknot) fazem parte da extensa lista de alunos que trabalham com ela para melhorar a capacidade de cantar sem danificar as cordas vocais e para controlar um dos maiores problemas dos vocalistas: a respiração! Depois de ver o DVD da senhora, “The zen of screaming”, percebi que para além de ser uma excelente profissional pode ser muito útil a qualquer músico – mesmo os que não são vocalistas – para compreenderem melhor a arte da música. Além de tudo isto, a senhora é muito simpática.
Em Ponta Delgada está assegurada a sua presença no mesmo fim-de-semana do Festival Alta-Tensão (21 e 22 de Julho), mas devo informar que se está a ponderar a hipótese de a trazer à ilha Terceira, provavelmente no fim-de-semana seguinte. Para isso é importantíssimo que se manifestem para podermos perceber que impacto e aceitação teria a presença desta senhora cá, para a realização de um seminário. Devem ter em conta que um seminário desta importância tem uma valor para a inscrição (em Ponta Delgada será de 29.90 Euros). Dêem a vossa opinião nos próximos dias para este mail para que possamos ver a viabilidade desta iniciativa: MUSICOFILIA@PORTUGALMAIL.COM .

in jornal "A União", 20 de Junho, 2007

A 22 de Julho - Melissa Cross nos Açores

A Globalpoint Music tem o prazer de anunciar, pela primeira vez em Portugal, directamente de Nova Iorque para os Açores, MELISSA CROSS a leccionar um seminário / curso intensivo dia 22 de Julho, no Coliseu Micaelense, em Ponta Delgada.Melissa Cross é uma apaixonada pela música, e a sua carreira começa numa passagem radical das academias Interlochen Arts Academy e Bristol Old Vic Theatre School em Inglaterra para uma carreira de cantora de rock. Todos aqueles anos de aperfeiçoamento através de ensinamentos clássicos passaram a fazer muito pouco sentido. "As minhas aulas de canto não tinham qualquer contexto no rock," recorda ela. "Não tinham qualquer ligação com nada que eu estivesse a fazer. Eu estava simplesmente a gritar e a atirar a técnica pela janela fora, para obter um som que me dissesse alguma coisa." Só após um longo processo de compreensão, em que passou a perceber o que era necessário sentir para emitir aqueles sons sem prejudicar a sua própria voz, Melissa Cross encontrou a técnica que ensina até hoje aos seus alunos. "Encontrei o elo de ligação que faltava, entre o rock e o treino vocal clássico," revela ela. "Consegui aproveitar os aspectos essenciais das técnicas clássicas, aplicá-las ao discurso falado, e depois novamente à música."Na lista de clientes pode-se encontrar Cradle Of Filth, Slipknot, Arch Enemy, Ill Niño, Lamb Of God, Killswitch Engage, Sick Of It All, Melissa Auf Der Maur, Chimaira, Madball, Shadows Fall, God Forbid, Trivium, Unearth, Stone Sour e muitos outros, mas Melissa Cross treina também actores e actrizes, tanto para filmes de terror, como para musicais da Broadway. Na sua lista de clientes, também se incluem investidores da bolsa de valores de Wall Street, apresentadores e repórteres de televisão, comentadores e locutores da rádio. Além disso, tem também um método especial para vocalistas do sexo feminino. Essencialmente, basta fazer uso da voz com alguma regularidade para compensar aprender com Melissa Cross. Mesmo sendo apenas músico, será obrigatório estar presente neste seminário e trazer o seu diploma para casa.Além de vir apresentar este seminário e de dar formação a uma tão vasta plateia, Melissa também estará a lançar o seu novo DVD “The Zen of Screaming 2”, a sequência do primeiro DVD que foi um sucesso nos Estados Unidos da América e além fronteiras. Mais informações sobre a professora, ver vídeos, participações em talk-shows como o “Late Night Show with Conan O’Brien” da NBC, documentários para o Discovery Channel, apresentações dos dois DVD’s, excertos dos seus exercícios e até colocar questões directamente a Melissa Cross, tudo em http://www.melissacross.com/. O evento propriamente dito decorrerá na tarde de 22 de Julho próximo, no Coliseu Micaelense. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas na Globalpoint Music, Limitada., sita à Travessa das Laranjeiras, número 13 A, Loja 9, na freguesia de São Pedro em Ponta Delgada. A inscrição só poderá ser feita mediante a apresentação do Bilhete de Identidade, que também será necessário apresentar à entrada do recinto.Na tribuna de convidados estarão presentes, além da comitiva de Melissa Cross, Eduardo Botelho (Globalpoint Music), Pedro Maia (Globalpoint Music), Nuno Costa (Sound(/)Zone), João Tiago Arruda (Metalicídio.com), e também os artistas convidados Ricardo Santos (Morbid Death) e Zeca Medeiros. A tradução estará a cargo de Hélder Almeida. Este evento tem organização conjunta da Globalpoint Music, Limitada. e da Loudmouth, Inc., e conta com os apoios do Coliseu Micaelense, Atlantinox, Lda., Rádio Atlântida, Restaurante Fair Play, Angra Music Agency, SounD(/)ZonE, Metalicídio.com, Contratempo.com e do Movimento MADE IN AZORES.

in jornal "A União", 20 de Junho, 2007

Pelo continente - Resposta Simples em acção


Os terceirenses Reposta Simples continuam activos e, à semelhança dos últimos tempos, mais pelo continente português do que pelas ilhas. Desta vez eles vão estar presentes no dia 23, em Lisboa, pelas 16:00 no Espaço dos Desastres para mais uma revolução ao vivo ao lado dos The Punkhskulls e dos An X Tasy.