sexta-feira, setembro 28, 2007

Correcção sobre as festas nos “Brancos”, durante as festas da Praia.

Texto - Miguel Linhares

Já lá vai um mês sobre as festas da Praia e mais ou menos o mesmo tempo que coloquei neste jornal a minha review sobre as mesmas festas e também sobre alguns eventos paralelos como foi os concertos e jam sessions que ocorreram no pátio dos “Brancos” da praia. Na altura mencionei que era de louvar aqueles eventos no bar daquela entidade e que de parabéns estavam todos os intervenientes, tanto artistas, público que encheu quase todos os dias o espaço e os promotores de tal ideia, que referi serem os responsáveis pelos “Brancos”.
Uma semana depois recebi um telefonema de um leitor atento e, por curiosidade, de uma geração diferente da minha, mais perto da dos meus pais! Quis-me dar os parabéns pelo meu trabalho no jornal – algo que agradeci e agradeço novamente. É sempre bom saber que existem pessoas que lêem e, mais ainda, lêem sobre música, mesmo quando esta não se enquadra nas suas preferências pessoais, como julgo ser o caso. Embora fale-se sobre qualquer género e evento nestas páginas, maioritariamente fala-se sobre rock, música alternativa moderna e urbana. Há uns dois anos atrás a matéria que mais enchia era sobre música electrónica, algo que agora abrandou um pouco. O que houver, tenta-se falar nestas páginas. Mas estando também eu mais por dentro do género rock e todos os seus imensos derivados, é normal que seja mais sobre isto que fale. Até porque muito mais não acontece nestas ilhas e de folclore e filarmónicas há quem fale, sem que a minha intervenção seja necessária. Para além disto, essa mesma pessoa quis-me alertar para o facto de ter cometido um erro ao dar os parabéns aos “Brancos” pela iniciativa, pois a mesma não tinha sido deles, mas sim dos responsáveis pelo Plastik Bar, que eram quem explorava o recinto naquela altura. Sabia disso, mas interpretei-me mal na altura dos “elogios”. Aqui fica a correcção! Os parabéns dirigem-se aos responsáveis do Plastik Bar pela iniciativa. Mas já agora acho que não devo “eliminar” os parabéns que foram dirigidos na altura aos “Brancos”, pois foram eles que disponibilizaram o espaço, facto fulcral para que tudo tivesse acontecido, pelo que acabam por ter “responsabilidade” no sucesso que aquelas noites tiveram. Fica a correcção e o agradecimento à pessoa que me alertou a falha.

in jornal "A União", 19 de Setembro, 2007

Com o requinte do costume - AngraJazz 2007

Aquele que é considerado, por muitos entendidos e críticos da matéria, como um dos mais importantes festivais de Jazz do país, volta de 4 a 6 de Outubro para a sua 9º edição, trazendo a Angra do Heroísmo nomes importantíssimos do Jazz mundial. Sempre com a presença de um grupo local, a orquestra AngraJazz, e de um grupo nacional, este evento pauta-se por ter no resto do cartaz grupos e artistas estrangeiros, dos Estados Unidos e da Europa.
Este ano um pouco mais curto – menos um dia – serão 6 os concertos para deliciar o público terceirense e demais visitantes que procuram sonoridades mais ecléticas e seleccionadas. Sendo um género musical que nasceu em meios modestos e através do povo, hoje em dia é um género pouco divulgado e sem grandes vendas que reflictam na realidade a quantidade de pessoas que o apreciem, à excepção de alguns nomes a solo que praticam um Jazz mais convencional e mainstream.
Neste caso de mainstream ver-se-á pouco, sendo talvez Jim Hall o artista mais sonante que pisará o palco do grande auditório do Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo com o seu trio, para além de Benny Golson com o seu sexteto. A orquestra AngraJazz este ano convidou o jovem músico Afonso Pais, que a acompanhará na guitarra.
Algumas actividades paralelas vão ocorrer, como habitualmente, durante o festival, como a venda de artigos AngraJazz, a Feira do Disco com as distribuidoras Trem Azul, Discantus e Dargil a colaborarem e com uma exposição de fotografia da autoria de António Araújo, tendo como tema o Jazz.
Os bilhetes vão estar à venda na bilheteira do Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo a partir do dia 25 de Setembro de 2007, das 17:30 às 21:30. Os preços vão andar entre os 8 e os 15 euros diários e com passes para os três dias entre os 20 e 40 euros.

Aqui fica o programa:

4 de Outubro – 21h30 – Laurent Filipe Quinteto. 23h30 – Roberta Gambarini Quarteto
5 de Outubro – 21h30 – Orquestra Angrajazz com Afonso Pais. 23h30 – Benny Golson Sexteto
6 de Outubro – 21h30 – Jim Hall Trio. 23h30 – Monk's Casino Quinteto.

in jornal "A União", 19 de Setembro, 2007

October Loud

O festival ocorrerá a 19 e 20 de Outubro no Centro Cultural e Cívico de Santa Clara, em Ponta Delgada e é organizado por Bruno Santos e Cristovão Ferreira em parceria com a Associação de Juventude, sem fins lucrativos, BIT9, que tenta desta forma dinamizar o nosso Outono e oferecer ás bandas locais condições para efectuarem um bom concerto, numa altura em que poucas ou nenhumas são as oportunidades para estas se apresentarem ao vivo. Estas serão as bandas que farão parte do cartaz: Stampkase (ainda por confirmar), Zymosis, Nableena, Neurolag , Spinal Trip (único concerto em S. Miguel), In Peccatum (único concerto em 2007), Strapping Lucy (único concerto em 2007) e A Dream of Poe (único concerto em 2007)haverão também Workshops, um jantar convívio com os metaleiros e pela noite dentro sons pesados com o Metal DJ Paulo Jorge Sousa.

in jornal "A União", 19 de Setembro, 2007

sexta-feira, setembro 07, 2007

Foi-se o tenor


1935 - 2007

Apesar de, assumidamente, ser maior apreciador da voz de José Carreras, há que admitir que ele foi "o" tenor.
Descanso eterno para Luciano Pavarotti.

Angrarock 2007 - Die Happy a melhor surpresa

Texto – Miguel Linhares
Fotos – Bruno Ferreira

Passámos por mais um edição do Angrarock, esta com chuva só mesmo depois do término dos espectáculos, sem fazer, assim, as graças dos últimos anos durante as actuações das bandas. S. Pedro ajudou mais este ano e a organização também esmerou-se mais um pouco para que o recinto que todos os dias serve de estacionamento aos terceirenses, pudesse receber condignamente bandas e visitantes em mais esta edição do festival de rock da edilidade angrense.
De rock ouviu-se muito, mas nada pesado. Este ano as sonoridades pesadas foram atiradas para segundo plano, sendo que a banda que abriu o festival, 4 Saken, foram das mais pesadas em palco. Estamos a falar da primeira noite e a banda é a terceira classificada do concurso Angrarock, os terceirenses 4 Saken. Composta, maioritariamente, por músicos muito experientes e conhecidos dos amantes do género, os 4 Saken apresentaram um som original, fora do comum na Terceira, com imensas influências distintas, passando pelo trash e prog, na sua maioria e com picos muito interessantes, tanto vocais, como instrumentais. A banda demonstrou qualidade, presença, atitude e muita garra, infelizmente o som para o exterior não era o de melhor qualidade, pelo que a nível de guitarras e bateria a confusão era imensa…
Os Orangotang eram a próxima aposta da organização para esta noite mais “pesada”. O colectivo de Mondim de Basto não conseguiu realmente entrar com o pé direito em palco e a sonoridade não cativou suficientemente os presentes no Bailão. Muito desvanecida, sem grande comunicação com o público, a apresentação dos Orangotang na Terceira ainda teve um pequeno, mas enérgico, grupo de apoiantes do início ao fim. Soube a pouco…
A fechar esta noite, os More Than a Thousand, banda alternativa que se divide entre Londres e Lisboa. Hardcore e Indie misturam-se criando momentos melódicos muito interessantes seguidos de passagens completamente pesadas, a puxar o mosh (algo que quase não aconteceu…). Por vezes com passagens a fazer lembrar Deftones, os More Than a Thousand possuem uma excelente presença em palco, com momentos realmente demolidores em que o público do Bailão respondeu positivamente. Pouco público, mas bom, muito bom. Um dos melhores concertos do Angrarock.
Na segunda noite do festival e por motivos pessoais, não foi possível ao autor desta review presenciar a actuação da primeira banda da noite, os Anjos Negros, segundos classificados do concurso Angrarock, pelo que nada pode ser dito…
O regresso dos RIP era esperado por muitos e estava a suscitar grande curiosidade no público. Depois de 12 anos inactivos, queria-se ver como estava aquela que tinha sido uma das mais importantes bandas de rock dos Açores no início dos anos 90. Primeira impressão: instrumentalmente estão quase iguais! O mesmo som característico daquele pop/rock vincado pelos anos 80. Nada mudou. O único ponto mais fraco deverão ter sido as vocalizações que, infelizmente, já não são as mesmas e talvez sejam o efeito de uma longa paragem na música. Mas sempre dentro do aceitável! Todos os grandes temas da banda passaram pelo palco do Bailão e ficou a curiosidade de saber se voltarão a se reunir e a compor…
A fechar esta noite, aquela que terá sido a grande surpresa musical deste festival, os alemães Die Happy. Completamente surpreendente foi a actuação desta banda em que se destaca a excelente voz e fantástica presença em palco da vocalista Marta Jandová, natural da República Checa. A comunicação com o público foi constante, aberta, positiva e muito entusiasta. Atrás de si, uma excelente banda, com uma secção rítmica muito consistente, em que as músicas dos Die Happy fluíam naturalmente. O público foi-se deixando contagiar pela energia do conjunto germânico e agradeceu a sua visita. Um dos pontos altos deste Angrarock!
Terceira e última noite a abrir com os vencedores do concurso deste ano, os angrenses Amnnezia. O peso da vitória pesava-lhes perante a simpática moldura humana que lá estava para vê-los e o quinteto terceirense confirmou a qualidade. A banda tem vindo a crescer e a amadurecer nos últimos dois anos e o palco do Bailão não lhes amedrontou. Rock bem ritmado, sintonia entre duas guitarras bem coordenadas e as vocalizações a convencerem, ora em inglês, ora em português. Mereceram os aplausos!
Seguia-se os Mundo Cão, uma das melhores bandas de rock da actualidade. Com letras de Adolfo Luxúria Canibal e tendo nas suas fileiras membros dos Mão Morta e, por exemplo, dos já extintos Braindead, este colectivo que tem no seu vocalista o membro mais conhecido do público em geral (o actor Pedro Laginha) acabou por criar dos momentos mais interessantes do Angrarock. Rock muito negro, melodioso mas nunca “alegre”. Muito ao estilo de Mão Morta. O público chegava-se ao palco e os Mundo Cão carregaram o ambiente com música de muita qualidade e sensibilidade. Um grupo a ter em atenção!
A fechar esta noite e este festival os “mais-que-conhecidos-e-cantados” Da Weasel. Por ser uma das maiores bandas portuguesas da actualidade e das que mais vendem, não era de estranhar um Bailão quase cheio. Dos milhares de pessoas presente, poucos foram os que não dançaram e cantaram com Pacman e companheiros. Todos os grandes sucessos do grupo ficaram para o encore que finalizou com o primeiro single do último álbum “Amor, Escárnio e Maldizer”. Pouco mais há a dizer sobre aquele que acabou por ser – previsivelmente – o maior momento e mais aplaudido do festival Angrarock 2007.A nível de palco (condições sonoros e cénicas) convém mencionar a grande melhoria este ano. O recinto, embora mais colorido, o mesmo de sempre em que o alcatrão destoa. O público este ano foi superior, em número, aos anos anteriores em qualquer uma das noites. Mais uma vez as bandas locais – que não possuem técnicos próprios – ficam a perder no apoio em palco e durante a actuação. Caso gritante foi o do guitarrista de Amnnezia que na última música teve um problema com o cinto da guitarra que lhe caiu e teve que parar de tocar, segurar a guitarra e tentar colocar o cinto para finalizar a actuação. Não conseguiu, ninguém lhe ajudou e tão depressa ele atirou o cinto ao chão, apoiou a guitarra numa das pernas e lá acabou a sua actuação. Se alguém em palco viu, não se sabe. Que ninguém acorreu, é certo. Nada que sirva para denegrir um festival que merece nota positiva pelo público que lá esteve. Parabéns aos intervenientes!


in jornal "A União", 5 de Setembro, 2007

A música nos “Brancos” e outras noitadas que aí vem.

Texto - Miguel Linhares

Foi dos melhores momentos “after hours” da Praia 2007, os concertos e jam sessions que aconteceram no pátio dos “Brancos”. Muitos músicos por lá passaram, locais e não só. Kumpania Algazarra também lá esteve a fazer jam, Luís Bettencourt lá esteve e os Outrage reuniram-se para meia dúzia de músicas. Público era sempre muito, animado, participativo e receptivo.
O que interessa mais aqui destacar é a iniciativa deste espaço ao colocar instrumentos disponíveis aos músicos com a oportunidade de tocar pela noite dentro, como que em amena cavaqueira. É um modo mais “cultural” de se passar a noite e anima o espaço que só tem a ganhar com isso. Ou seja, junta-se o útil ao agradável. Fica de parabéns este espaço por esta ideia.
Já a 31 de Agosto temos o início do festival AngraRock 2007, que este ano promete algumas boas surpresas. Desde já, de realçar, o regresso aos palcos dos RIP, banda terceirense do final dos anos 80, princípios de 90. A curiosidade é muita para os ver novamente! O cartaz musical este ano apresenta-se com qualidade e promete muita animação e rock para os três dias. Deixo aqui algumas reticências somente em relação à apresentação gráfica do cartaz deste ano… Mas disso falaremos depois. Para a semana que vem falaremos do AngraRock e vamo-nos preparar para aquele grande fim-de-semana.
Espero poder estar aqui com vocês na próxima semana, ou melhor, ter tempo para cá estar, pois tenho a realização do festival Azure a acontecer já este fim-de-semana, de 17 a 19. Muito trabalho se avizinha, mais do que até agora, mas tudo em prol da música e das artes na nossa terra. Caso alguém queira fazer uma review ou artigo de opinião sobre o Azure, colocarei aqui, caso contrário não se fala mais nisso nestas páginas.
Vemo-nos lá!

in jornal "A União", 15 de Agosto, 2007

quinta-feira, setembro 06, 2007

Música para todos - Praia 2007 convence

Texto - Miguel Linhares
Fotos – Miguel Linhares e Marisa Barbosa

Passadas que estão mais umas festas da Praia é tempo de fazer balanço, que a nível musical este ano assume-se positivo. O Musicofilia acompanhou mais de perto o palco principal das festas, a Dreamzone a o palco da Marina, estes os locais fulcrais no que concerne a música mais moderna e/ou alternativa, nas suas variadas vertentes. Um parêntese merece ser feito relativamente à Dreamzone que está muito bem conseguida e veio provar a boa imagem que já havia deixado nos anos anteriores.
Quanto a música propriamente, não é possível neste espaço falar de todos os artistas que estiveram presentes nestes na Praia, mas destaques merecem ser feitos.
André Sardet que com a sua característica forma de cantar e entreter conseguiu cativar o muito público presente que, claro, esperou para cantar em uníssono o tema “Foi feitiço”, o grande êxito do artista actualmente. Apesar de ser um espectáculo mais indicado para recintos fechados, superou e agradou. Os 4 Taste vinham para agradar os mais novos, mas não só! Muita gente acabou por acorrer ao principal recinto das festas para ver os adolescentes que acabaram por surpreender pela razoável presença em palco e vivacidade. Embora os diálogos já viessem decorados e ensaiados, é de louvar a interacção com o público. Repara-se que em palco a banda denota alguma falta de amadurecimento musical, no entanto realça-se duas excelentes covers: uma de Peste & Sida (Sol da Caparica) e outra de Táxi (Chiclete). Outro destaque vai para os terceirences Strëam que tinham a responsabilidade de tocarem sozinhos no palco principal numa das noites da Praia. Nota negativa vai para a demora do concerto que começou com quase uma hora e meia de atraso, algo que, presume-se, seja da responsabilidade da organização e não da banda. Musicalmente apareceram mais suaves e directos. A banda que sempre se caracterizou pelo seu rock aguerrido, neste momento passa por uma fase mais melodiosa e elaborada. Amadurecimento, dirão muitos…
Um novo tema foi apresentado ao público da Terceira, “Listen” e dos temas mais antigos pouco se ouviu na Praia. Tiveram muito público e palmas não faltaram. “Another Story” foi o tema do encore, que já havia sido tocado antes.
Blind Zero vinham fazer de banda principal para uma noite mais alternativa. Embora o público em geral não se lembre do início da banda, esta primava por fazer rock alternativo de qualidade em Portugal. Abrandou nos últimos anos, mas continuou com o mesmo selo da qualidade e inovação a nível nacional. Concerto primoroso e muito participado em que se pode destacar o excelente final com o 1º single da banda nos anos noventa, “Big Brother” e duas covers bem conseguidas, uma de Bruce Springsteen e outra de Blur.
No III festival de Blues da Praia brilharam – e de que maneira – os Lid´Ed and the Blues Imperials e os Ten Years After. No primeiro caso, blues mais ao jeito de Louisiana, ritmado e com muito soul. Vibrante!
No segundo caso, blues a cair mais para o rock dos anos setenta, ao jeito de Hendrix. Destaque para todos os músicos – todos mesmo – pois foi uma verdadeira lição de música que se viu no palco da Praia na noite de sábado. Simplesmente fantástico a todos os níveis.
Mais três destaques merecidos: Kumpania Algazarra tocou no palco da Marina e passou mais alguns dias a fazer animação de rua. Banda de metais, muito na onda de Kusturika, mas também com outras influências musicais, principalmente de reggae. Excelente! Dazkarieh veio provar, também no palco da Marina, porque é uma das melhores bandas de world music em Portugal, actualmente. Ynot, banda dos terceirences Luís Bettencourt e Paulo Fonseca a oferecer muito hard rock de qualidade, com muito público presente até quase ás três da manhã. Para se repetir.
Nota menos positiva para a artista Vanessa da Mata que realmente não trouxe a energia necessária para animar a noite quente de terça-feira. Embora seja uma artista de grande qualidade, vagueando pela sonoridade afro-brasileira que a caracteriza, a noite acabou por ser morna, ainda assim com sorriso nos lábios.
Na Dreamzone todas as noites foram longas ao som de dj´s locais, nacionais e internacionais. Foi aqui que houve maior afluência de público e onde a noite acabava já de manhã. Como se quer!Balanço muito positivo para esta comissão que soube animar os terceirenses e demais visitantes que já esperam pela edição de 2008. Assim ela chegue!

in jornal "A União", 15 de Agosto, 2007

Festas da Praia 2007

Texto - Miguel Linhares

Estamos a dois dias do início de uma das maiores festividades dos Açores e que embelezam majestosamente a cidade de Nemésio, Praia da Vitória.
Aqui o que interessa falar é sobre música e nesse aspecto estas festividades têm vindo a dar cartas ás demais de idêntica dimensão e orçamento. Saber programar um cartaz musical é importantíssimo para o sucesso das mesmas e ajuda a gerir antecipadamente o sucesso, ou não, que poderá obter por parte do público. Este ano a comissão propõe um modelo inovador no que concerne ao recinto e pretende oferecer um Music Resort aos visitantes o que aumentará a qualidade das festas e tornará ainda mais forte o cartaz turístico do concelho, assim dizem.
Este ano tenho o prazer de participar nas festividades com a minha banda, os Manifesto que neste mesmo concerto celebrará o seu 10º aniversário. Mas não querendo parecer mal agradecido, julgo que as portas deveriam se abrir mais aos projectos locais de música moderna. O eterno problema, a eterna discussão e o eterno debate que tento levantar nestas páginas. Já são poucas as oportunidades que os grupos têm para mostrar os seus trabalhos que fechando mais algumas portas significará a estagnação para projectos locais no que concerne a espectáculos ao vivo. Deverá é ser bem pensado um modelo que funcione com estas bandas que, à partida, não puxam grandes massas de público, como é óbvio. O modelo existe, tenho a certeza. E julgo haver pessoas nas festas capazes de fazer isso, talvez falte só a oportunidade certa para que o façam. Assim espero. Até lá, pensemos, isso sim, nestes dez dias de festa que serão – talvez – os melhores dez dias do ano, assim haja sol q.b., boa animação e boa disposição. De minha parte estarei lá e trarei, a seu tempo, os pontos musicais mais altos a estas páginas.

in jornal "A União", 1 de Agosto, 2007

Estúdio à vista para Strëam

As notícias não param de chegar e de surpreender. A banda terceirense acabou de entrar em acordo para a gravação do primeiro longa duração que terá o selo da Rewind Music e distribuição da Som Livre.
As gravações ocorrerão durante o mês de Agosto nos estúdios Audioplay na cidade de Aveiro com a produção a cargo de Miro Vaz (Squeezze Theezze Pleaze, Jigsaw, Pluma) e ainda com a posterior gravação do vídeo clip promocional do novo disco a cargo da Zed Filmes que já efectuou, por exemplo, trabalhos com EZ Special, Blind Zero, Humanos, Herman José entre outros.
O grupo terceirense chegou também a acordo com uma empresa cinematográfica canadiana para a utilização do tema “An Other Story” no filme “Shred I”, que terá como protagonista o actor Tom Green (“Charlies Angels”, “Road Trip”), cara conhecida das estações MTV e Sic Radical, em Portugal. Mais informações podem ser obtidas em www.shredfilms.com.

in jornal "A União", 1 de Agosto, 2007

Festas de S. Bento - Goma e Othello

Texto e fotos - Miguel Linhares

Foi no passado dia 13 de Julho que as bandas terceirenses Goma e Othello subiram ao palco do largo de S. Bento para abrilhantar a noite da juventude.
Os Goma deixaram patente a qualidade que lhes vem conferido o aplauso geral dos terceirenses, pela inconfundível presença de alguns dos elementos vastamente conhecidos do cenário regional do rock e do pop e pela coesão sonora que faz desta banda uma das melhores da actualidade, dentro do espectro pop/rock. O futuro dirá se terão preserverança e estofo para voos mais altos.
Os Othello já tem créditos firmados e vieram só confirmar que estão presentes e com ideias novas. Concerto irrepreensível, técnico – como é hábito – com boa presença de palco e receptividade por parte do público. Sem grandes falhas que possam ser apontadas, os Othello fecharam em beleza uma noite que origina uns merecidos parabéns à jovem comissão de festas que soube apostar em diferentes frentes de entretenimento e não esqueceu o rock local, como é infelizmente hábito em imensas festividades. Ficam algumas fotos desta noite.

in jornal "A União", 1 de Agosto, 2007