sexta-feira, dezembro 16, 2011

October Flight - disco de estreia em 2012

October Flight, assim se chama o projecto de Flávio Cristovam anteriormente denominado Jamandizen.
O lançamento do disco de estreia, "The Closing Doors" deverá acontecer no final do primeiro trimeste de 2012.
Flávio Cristovam estará hoje, dia 16, pelas 13:0 no RCA em entrevista, onde poderá se ouvir pela primeira vez temas do novo disco.

ROCK 4 CHARITY 2ª EDITION 2011

Há um ano três amigos, num serão à conversa, decidem fazer algo pelo (s) outro (s), deixar de lado o queixume e a postura passiva, ajudando famílias que estivessem a passar dificuldades.
A conversa e as boas intenções poderiam ter ficado por isso mesmo (quantas não ficam?), mas não ficaram… Com a ajuda de um cartaz apelativo, as redes de comunicação ajudaram a “passar a palavra”… e de 3 passamos para 5… para 10…para 30… e o número de pessoas que colaboraram de forma direta e indireta excedeu as expectativas. A este projeto, junta-se também um grupo de gente bem-disposta, a Urkesta Filarmoka, que conseguiu conciliar (e bem!) a música com a solidariedade, e assim apoiamos, em 2010, 33 famílias do concelho de Lagoa, Ponta Delgada e Ribeira Grande.
Se no ano de arranque este projeto solidário fazia sentido, em 2011 faz mais sentido ainda. Sabemos que ao reunirmos sinergias conseguimos chegar mais longe e, este ano, contamos desde o início da organização com a Urkesta, juntando-se igualmente o Projeto São Lucas (Centro Paroquial e Social de S. José), surge a Missão Acreditar 2011. Esta terá também a colaboração da Empresa Municipal de Lagoa e AJAV.
E como poderá dar o seu contributo?
- Divulgando… divulgando… divulgando….
- Doando bens alimentares nos pontos de recolha existentes no Concelho de Lagoa, Ponta Delgada e Ribeira Grande (consultar cartaz).
- E divertir-se nos concertos a serem realizados a 16 e 17de Dezembro (para miúdos e graúdos) nas Portas do Mar.

Ajude-nos a desencadear uma onda de sentimentos nobres e a dar fartura, sobretudo, de alimentos e de afetos a quem mais precisa.

Colabore connosco!

Para mais Informações:
296 629 295 (Centro Paroquial de Bem-Estar Social de São José)

quarta-feira, dezembro 14, 2011

João da Ilha lança primeiro trabalho

Foi no passado Sábado, dia 10 de Dezembro que na Casa da Baía em Setúbal João da ilha apresentou o seu primeiro disco oficial, "Amanhecer".  O trabalho está à venda através do site  www.joaodailha.com (envio à cobrança), através de formato digital em http://joaodailha.bandcamp.com/ e através de algumas lojas que em breve serão divulgadas.
Ainda no dia 13 de Dezembro participaram no Evento IPS Solidário, no Auditório da Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal.

Alma Rasgada apresentam disco

Será no próximo no dia 17 de Dezembro o concerto de lançamento do C.D. "Coração de Basalto", no Teatro Faialense , do Grupo "Alma Rasgada" www.wix.com/jcgoulart/alma-rasgada
 
Na primeira parte do espectáculo estará ao vivo o mítico António Manuel Ribeiro dos UHF, em versão acústica acompanhado pelo seu filho à guitarra, António Corte Real e o espectáculo inclui multimédia.

sexta-feira, setembro 16, 2011

AngraRock morno e pouco temperado.

Texto - Miguel Linhares / Fotos - Catarina Vieira


No primeiro fim-de-semana de Setembro voltou ao Bailão o festival AngraRock, depois de um interregno forçado de um ano. Apesar de aparentemente voltar com um orçamento reduzido em relação a anos anteriores, a expectativa era de vir trazer algo de novo aos amantes do género.
Primeira alteração notória foi o facto de as entradas passarem a ser pagas, algo que obviamente deve ter preocupado a organização pelo relativo “comodismo” e pouca compreensão que os terceirenses mostram em relação a eventos pagos. Chamar-lhe-ia maus hábitos, pois eventos gratuitos não geram receitas, criam maior despesa, dificultam o pagamento de artistas de qualidade e desprestigiam – diria eu – o próprio evento e os artistas envolvidos. Uma coisa é ter o recinto cheio gratuitamente, outra, muito melhor, é ter o recinto meio cheio ou quase cheio com entradas pagas. Para o próprio artista é mais cómodo saber que quem lá está, pagou para o ver e não está lá “por acaso”.
Quanto ao cartaz, os artistas apresentados traziam pouco interesse a quem frequenta normalmente o evento, apesar de a produção afirmar que o conceito rock é muito vasto – e é – no entanto foi quase sempre mantido uma linha nos diversos cartazes dos últimos 10 anos que respeitava uma linha rockeira mais tradicional/alternativa, menos indie, menos pop e menos electrónica, excepção feita claro aos domingos do AngraRock que eram feitos para encher recinto, normalmente numa linha sempre mais pop/comercial.
O resultado de um cartaz com Caim, Noidz, GNR e Punkada! – para além do DJ (!) Bodyrox e de Poeta Urbano & DJ Silverstar – foi um festival muito morno em que o que acabou por ser mais interessante foi mesmo a irreverência e o excelente espectáculo visual e gráfico dos Noidz. Para lá de tudo isto fica a excelente prestação dos três primeiros classificados do concurso AngraRock, Eyes for the Blind (vencedores), Crossfaith e Nomdella. Embora qualquer um destes três com prestações boas, o destaque talvez tenha que ir para os Crossfaith a nível de execução, os Eyes for the Blind a nível de musicalidade (mas a necessitar de mais ensaio no campo rítmico) e presença em palco e para os Nomdella em presença em palco e cumplicidade com o público.
Quanto aos principais artistas, fica patente – como já referi – a irreverência dos Noidz, com um espectáculo muito visual, enérgico, de riffs poderosos e batidas frenéticas (de entre alguns temas surpreendentes, fica uma cover muito interessante de Madredeus…) e o recurso abundante, mas necessário neste tipo de projecto, a sons gerados por sintetizador.
Os madeirenses Caim apresentaram um som funk/rock por vezes cativante, com vocalizações bem conseguidas e alguns temas orelhudos, já os faialenses Punkada! que já são repetentes nos palcos terceirenses e apesar de um concerto muito poderoso e directo, não trouxeram nada de novo por ser um repertório de covers e versões de Rammstein.
Quanto aos GNR, também estes repetentes nos palcos terceirenses, vieram oferecer um repertório de muitos sucessos e hits de rádio, mais ou menos bem conseguidos, estando o público um pouco indiferente à sua actuação, talvez – digo eu – pelo subjectivo sentido de humor do seu líder e, quem sabe, pela sua boa disposição suspeita, com direito a tropeções e bamboleamentos… Boa nota, como quase sempre, vai para a banda que infelizmente não tem o carisma do seu líder.
Para finalizar, um recinto sempre mais para o meio vazio, do que para o meio cheio, esteticamente sem qualquer tipo de produção, segurança eficaz e atenta e uma qualidade sonora aceitável. O tempo ajudou e esteve do lado da organização.
Apesar de alguns meios de comunicação social afirmarem o contrário, este não foi de todo um AngraRock a relembrar e deixa saudades de outras grandes noites no recinto do Bailão, embora tenha que ser tido em conta o limite orçamental da produção. Para estes, pelo esforço e pela coragem de colocar mais uma edição em pé, fica os parabéns.
Em 2012 que voltem, com melhor orçamento se possível, e com uma estrutura repensada e redesenhada, mais atractiva e dinâmica. Mas esta é a minha opinião, vale o que vale, assim como as outras… 

in jornal "A União" - 16 de Setembro de 2011

quarta-feira, setembro 14, 2011

Live Summer Fest 11

Nos próximos dias 23 e 24 de Setembro realiza-se no Coliseu Micaelense a 4º Edição do festival “Live Summer Fest”.
A edição de 2011 apresenta um grande cartaz com dois dias, sendo as bandas cabeças de cartaz os portuenses Tarantula no dia 23 e os canadianos Threat Signal no dia 24 de Setembro.
O festival conta ainda com os micaelenses Crossfaith, Nableena, Death Paradox e Neurolag e os terceirences Anomally e Nomdella. A apresentação e “After party” estarão a cargo de Filipe Marta MJ “Imperatore”.
Os bilhetes encontram-se à venda na bilheteira do Coliseu Micaelense com o valor de 3€ por dia, ou 5€ para os dois dias. A bilheteira está aberta de Segunda a Sábado das 13h às 20h.

Concerto Fim de Férias

Nos próximos dias 16 e 17 Setembro acontece no Porto das Pipas o evento Concerto Fim de Férias, uma organização da Culturangra EEM
Sendo assim, a 16 de Setembro actuam os Eyes For the Blind (vencedores AngraRock 11), Jamandizen (vencedores AngraRock 09) e Poeta Urbano & DJ Silver Star.
No dia 17 de Setembro será a vez dos Anomally, Faz de Conta e RAM. Em qualquer um dos dias o início dos espectáculos está marcado para as 22:30.

Festas de São Carlos 11 - Noite Rock

Integrado nas festas de S. Carlos 2011, ocorrerá a noite rock, no palco da Canada Nova, no próximo dia 23 de Setembro com a presença dos Manifesto e dos faialenses Punkada.
O inicio está marcado para as 21:30.

terça-feira, julho 19, 2011

8º ANIVERSÁRIO SOUNDZONE - 17 de Setembro, Coliseu Micaelense

Chamam-se TRIGGER MADE SOLUTION e são uma das mais aguardadas propostas do metal pesado açoriano. Formados em 2010, contam nas suas fileiras com elementos muito experientes que marcaram a história da música local com projectos como Hangover/Tolerance 0, Hatin’ Wheeler, Oppressive e Spinal Trip.
 
Invocam influências de Textures, Devildriver, Pantera e Lamb Of God, e farão a sua estreia absoluta (!) no dia 17 de Setembro no Coliseu Micaelense, durante o 8º aniversário da SoundZone.
 
Neste momento encontram-se a concluir a gravação de três temas que serão apresentados no final de Agosto, bem como um videoclip a estrear no próprio festival.
 
O 8º aniversário de uma das mais antigas e activas publicações dedicadas ao Heavy Metal em Portugal, será encabeçado pela grande sensação da nova vaga do thrash metal europeu, vinda directamente de Espanha, os ANGELUS APATRIDA.
 
O evento fica igualmente marcado pela participação das bandas regionais CARNIFICATION, SUMMONED HELL e FAKE SOCIETY e pela segunda edição da exposição digital “Cosmogenia Urbana”.
 
Esta é uma co-produção SoundZone e Coliseu Micaelense, com os apoios do Governo Regional através da Direcção Regional da Juventude, ANIMA, Restaurante O Giro, Oficina da Música, Loud Magazine e Nova Gráfica.
 
Os bilhetes estarão à venda na bilheteira do Coliseu Micaelense a partir do dia 1 de Setembro ao preço único de 5,00 EUR.

III EDIÇÃO DO CONCURSO LABJOVEM

Continuam abertas as inscrições para a III Edição do Concurso LABJOVEM – Concurso de Jovens Criadores.
O Concurso LABJOVEM é um projecto do Governo dos Açores, através da Direcção Regional da Juventude, e com organização da Associação Cultural Burra de Milho, que visa incentivar e promover jovens criadores das diferentes áreas artísticas, servindo de plataforma a uma nova geração de artistas açorianos.
Do concurso resultará uma selecção de projectos que serão apresentados nos Açores sob o formato de Mostra Regional.
A Mostra LABJOVEM é um programa itinerante e que pretende, de forma continuada, difundir o trabalho dos jovens criadores. De entre os projectos seleccionados em cada área para integrar a Mostra Regional, será também seleccionado pelo júri do concurso LABJOVEM um projecto ao qual será atribuído um prémio.
Podem concorrer jovens até aos 35 anos, à data de 31.12.2011, que cumpram uma das seguintes condições:
a) naturais nos Açores;
b) que vivam nos Açores há pelo menos 2 anos;
c) descendentes de açorianos até à 3ª geração.
Candidaturas até 31 de Outubro de 2011.

Para mais Informações:
www.labjovem.pt

VOLUNTARIADO SW TMN 2011

A Fundação da Juventude procura voluntários para actividades que serão levadas a cabo no Festival Sudoeste TMN, que decorrerá entre os dias 3 e 7 de Agosto.
Os jovens candidatos devem ter idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos e nível de escolaridade igual ou superior ao 12º ano, de qualquer área de formação.
Os seleccionados terão direito a seguro, alimentação, local seguro para “montarem a tenda” e certificado. O transporte dos voluntários para o recinto estará a cargo da TMN, que disponibilizará uma camioneta com paragens nas cidades do Porto, Coimbra e Lisboa.
A candidatura pode ser, desde já, formalizada, mediante o envio da ficha de inscrição (em anexo), devidamente preenchida (acompanhada de cópia de B.I/Cartão de Cidadão/N.º Contribuinte e Curriculum Vitae), para o seguinte E-mail: pgraca@fjuventude.pt (Paula Graça).
Para mais Informações:
Paula Graça

segunda-feira, julho 11, 2011

Musicofilia novamente em formato de papel.

Olá a todos.

Passados quase dois anos desde o interregno do Musicofilia, eis que este volta ás páginas do jornal "A União", sendo que na maioria das vezes sairá à quarta-feira, como era habitual.

Esta semana saiu no sábado passado, com a review do AngraRock assinada pelo Miguel de Aguiar, uma crónica sobre as Sanjoaninas 2011, assinada por mim - Miguel Linhares - e uma agenda tão actualizada quanto possível.

A promessa não é que a página saia todas as semanas - até porque não existe matéria suficiente para tal - no entanto tentaremos que seja quinzenal. Um dos objectivos desde regresso é o simples facto de não existir ninguém na Terceira - e nos Açores são cada vez menos - a fazer este tipo de cobertura e de crónica. Isto não dá dinheiro, por isso não interessa a ninguém. Para quem gosta de música tal é inaceitável e os músicos amadores merecem o devido destaque e promoção.

O Musicofilia tentará ser regular e acima de tudo imparcial, exceptuando o caso das crónicas que mais não são do que opiniões de quem as assina. Obviamente que a vida pessoal e profissional nem sempre deixa que nos dediquemos a 100% a isto, mas tentaremos estar em cima do acontecimento!

Enviem a vossa agenda e notícias para musicofilia@portugalmail.com e divulgaremos sempre que possível. Tudo o que aconteça nos Açores - ou fora da região, mas que envolva artistas e/ou projectos açorianos - interessa-nos.

Grande abraço a todos os camaradas que apoiam este projecto!

Miguel Linhares

quarta-feira, julho 06, 2011

Review Angrarock 2011


Texto - Miguel de Aguiar / Foto - Catarina Vieira

Doze anos já se passaram desde a primeira edição daquele que é o mais importante concurso de música moderna nos Açores. Esta 12ª edição contou com a participação de dez bandas, nove da ilha Terceira e uma de S. Miguel.
Justiça da Noite, Kate Millery, The Doit, Zero a Zero e Art Capital foram as 5 bandas presentes na primeira eliminatória que decorreu no passado dia 9 de Junho. Novatos nestas andanças, os Justiça da Noite apresentaram-se com 3 temas em português fazendo lembrar um pouco Xutos e Pontapés, com algumas falhas técnicas a nível de percussão, a banda demonstrou algum nervosismo natural de uma banda que ainda está numa fase embrionária.
Numa vertente bem mais calma seguiu-se Kate Millery fazendo-se acompanhar da sua viola acústica e de uma grande claque de fãs, esta jovem interpretou três temas de sua autoria, a pouca variação de tom da sua voz foi o ponto fraco da sua prestação.
O que acontece quando vários amigos de universidade com gosto pela música se juntam? Formam os The Doit. Com algumas atuações já dadas anteriormente como banda de covers estes participam no concurso com 3 originais de sua autoria em que vão buscar as mais variadas influências de cada membro do grupo desde o Heavy Metal ao Rock mais comercial. Uma prestação da qual destaca-se os temas “Ashtray of Memories” e “Liliith”.
Zero a Zero foram uma das surpresas da noite. Hugo Ferreira e João Ribeiro, dois multi-instrumentalistas apresentaram 3 temas bem distintos a quem esteve presente no Centro Cultural, “Morte ao Romantismo”, “Gastas Palavras” e “Como te Impressionar” variaram não só em estilo musical como nos instrumentos tocados por Hugo Ferreira tendo demonstrado habilidades em instrumentos como bateria, baixo e ainda voz. “Como te Impressionar” foi sem dúvida o tema mais bem conseguido tendo mesmo impressionado os presentes pela originalidade apresentada neste concurso, em tom de paródia o tema foi apresentado e explicada a razão pela qual optaram pelo nome do projeto e ainda a razão por estes terem gravado um video em que os dois aparecem a tocar bateria e teclado acompanhando assim a sua prestação ao vivo do seu tema mais alegre.
Para finalizar a noite da primeira eliminatória estava reservado, sem dúvida, o projeto que mais curiosidade deixava. Art Capital junta membros bem conhecidos do nosso panorama musical, Bruno Moniz na guitarra (Lithium), Freddy Duarte no baixo (Manifesto), João Cardoso na bateria (Resposta Simples) e Marta Inácio na voz (ex-Penumbra) criaram tudo menos aquilo que seria o óbvio. Rock Alternativo fazendo lembrar bandas como The Gathering ou até mesmo os nacionais Cinemuerte foi o que este projeto apresentou a quem esperava algo um pouco diferente. Músicas melancólicas em que o baixo teve preponderância, com riffs de guitarra simples e uma bateria com laivos progressivos serviram de base para a voz melodiosa de Marta Inácio acompanhada ocasionalmente pela voz de Bruno Moniz em” Black Cats” e “Flatline”.
Para a segunda eliminatória estavam guardadas as bandas de peso como Eyes For The Blind, Nomdella e Beyond Confrontation ficando ainda para ouvir a banda vinda da ilha vizinha S. Miguel os Crossfaith e o já habitual Joel Moura.
O Groove balanceado dos novatos Eyes For The Blind não passou indiferente a quem esteve presente na segunda eliminatória e foi com temas como “Beneath a Bleeding Sky” e “Buried by God” que o quinteto marcou a sua prestação.
Quem tem acompanhado o Angra Rock desde a sua primeira edição sabe que Joel Moura é um nome incontornável, quer se goste ou não, e é uma presença assídua deste concurso e desta feita veio acompanhado de João Lemos na viola acústica. Um início instrumental que praticamente passou despercebido do público presente seguindo-se de imediato para “Zamfir” e “Indiscutivelmente” dois temas que mantém o espírito intervencionista de Joel Moura.
Numa vertente bem mais pesada apresentaram-se os Nomdella com três novos temas em que mostraram novas influências, a bateria progressiva e riffs de guitarra a lembrar os mestres do Death Metal progressivo Opeth são as mais notórias alterações no som desta banda que já conta com alguns anos de experiência tendo já inclusivé arrecadado o segundo lugar neste mesmo concurso no ano de 2008. Temas longos, incluindo um instrumental com cerca de 9 minutos, foram o ponto fraco da sua prestação para um concurso.
Após a actuação dos Nomdella subiram ao palco os micaelenses Crossfaith, banda com 7 anos de existência e um álbum na sua bagagem os Crossfaith deslocaram-se à cidade património mundial com vontade de arrecadar o primeiro lugar e trouxeram 3 fortes trunfos na manga. “Travel Stop” foi o primeiro mostrado ao júri, um tema catchy com um refrão orelhudo capaz de fazer sucesso nas rádios, de seguida “So Far Yet So Close” foi o tema com que os micaelenses embalaram o Centro Cultural e para finalizar estava “Grave Diggers” dedicado ao clube de motards de S. Miguel, uma malha com cheiro a anos 60.
Para finalizar a noite da segunda eliminatória estavam reservados os Beyond Confrontation, antigos System Failure mantiveram o mesmo estilo musical alterando apenas o guitarrista contando a banda com Victor Alves acompanhando Artur Reis. As letras apresentadas no projetor fizeram o público presente abstrair-se um pouco da atuação da banda no entanto foi possivel ver que Artur Reis continua a dominar o seu instrumento chegando até mesmo a brincar com ele no tema “Veritas vos liberabit”. A actuação do quinteto ficou marcada ainda pelo esforço extra por parte do seu baterista João Direitinho manifestamente lesionado.
Após a actuação das bandas da segunda eliminatória o júri constituido por Pedro Madaleno (músico e professor), Tiago Alves (músico) e Paulo Sousa Ávila (músico e artista plástico) reuniu para decidir as cinco finalistas. Crossfaith, Beyond Confrontation, Nomdella, Art Capital e Eyes For The Blind foram por decisão do júri os cinco projetos que mais se destacaram. Atuando pela ordem que foram apresentados, os finalistas estiveram todos ao nível das eliminatórias. O à vontade em palco por parte de bandas como Crossfaith foi o contraste do nervosismo apresentado por bandas menos experientes como os Eyes For The Blind, a adesão do público durante a atuação dos Nomdella que incentivaram aos presentes para se juntarem ao palco para um Headbanging contrastou com a reação um pouco amena em relação a projetos diferentes como Art Capital.
No geral as suas atuações foram ao mesmo nível das duas eliminatórias que serviram para escolher os cinco finalistas tornando esta uma final bem disputada. Após a grande final houve tempo para recordar os vencedores da edição de 2010 do concurso Angra Rock, os Goma. Cerca de 30 minutos foi o tempo que o júri levou para tomar a grande decisão de quem seria este ano o vencedor desta 12ª edição do concurso e no 3º lugar ficaram os Nomdella, no 2º os micaelenses Crossfaith e os grandes vencedores do concurso Angra Rock de 2011 foram os estreantes Eyes For The Blind.
Para além do prémio em valor monetário de 500, 1000 e 1500€ respectivamente, para cada vencedor está guardada a presença no festival Angra Rock que após um ano de interregno está de volta ao cartaz cultural de Angra do Heroísmo, este ano com os portuenses GNR como principal atração juntando-se assim a nomes como Punkada!, Poeta Urbano e Silver Star entre outras outras duas bandas ainda por anunciar.
Esta trata-se de uma iniciativa da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e Culturangra, com produção da Azor Waves.

segunda-feira, junho 27, 2011

Rock ao norte - Escaleiras 2011


Texto - Miguel Linhares

A 3 e 4 de Junho realizou-se na freguesia da Vila Nova o Festival Escaleiras inserido na programação Onda Cultural daquela freguesia. O projecto Onda Cultural é uma iniciativa da Cooperativa Praia Cultural e da Câmara Municipal da Praia da Vitória com o objectivo de descentralizar actividades culturais pelas 11 freguesias do Concelho.
Objectivo amplamente conseguido com este evento que levou á bonita zona balnear da Vila Nova sonoridades raras por aquelas paragens. Com as condições mínimas para um evento do género, incluindo parque de campismo, ficou talvez só a vontade de ver uma melhor organização a nível técnico e logístico que, claramente, era pobre.
Com o propósito de promover os projectos locais, foram oito os projectos a subir ao palco – que sofria de uma certa inclinação devido á irregularidade do local onde foi montado – com vontade de animar as noites que foram um pouco frias, mas agradáveis.
A abrir as actividades, e com algumas dezenas de pessoas a assistir, sobem ao palco os Stone Carved Soul que fizeram as Escaleiras recuar no tempo com o grunge dos anos 90. Algumas falhas bem notórias, principalmente a nível vocal e rítmico. Três originais e duas covers marcaram o seu setlist do qual se destaca a cover de Enter Sandman com especial enfoque para o guitarrista solo tendo reproduzido praticamente na perfeição o solo deste emblemático tema.
Já se tinha notado no primeiro conjunto, mas aqui seria mais evidente a fraca qualidade do som do Escaleiras 2011. Mais pesada a banda, mais dificuldades para os técnicos. Os Somnium foram das bandas mais prejudicadas neste capítulo, ainda assim apresentaram um leque de temas originais que começam a fazer parte do repertório do metal açoriano, finalizando com uma cover de Sepultura, Territory, tendo como convidado o vocalista dos Eyes for the Blind. Melhoram a cada espectáculo.
A terceira banda da noite vem de uma escola diferente e destoava um pouco dos restantes conjuntos influenciados por sonoridades mais recentes e mais rápidas. Os Vanguarda 3.0 são um projecto com longos anos em diversas festividades e tem nos seus membros originais senhores que andam na música há tantos anos, quantos alguns dos outros músicos e membros da plateia tem em idade. Covers dentro do pop rock, bem conseguidas, com a maturidade necessária e sem reparos a assinalar.
A finalizar a primeira noite do Escaleiras 2011 estiveram os North Stamp, colectivo que viajou dos Altares – aparentemente, laboratório de muitos e bons músicos – e que deixou uma impressão positiva na estreia ao vivo. Variadas covers fizeram parte do repertório, passando por Foo Fighters e Danko Jones, mas a nota mais que positiva vai para a secção rítmica e para o seu baterista que surpreende de concerto para concerto com a sua precisão rítmica!
Nota de fecho da primeira noite: noite de música agradável, mas a qualidade de som que saía do PA “doía” um pouco…
No dia 4 inicia-se o espectáculo com um extra no cartaz, uma jovem chamada Kate Millery que tocou três temas, acompanhada pelo seu violão, fazendo sobressair a sua técnica vocal bem colocada e de entoação agradável, apesar de ser “copiada”, no seu todo, da Amy Lee. Mas não deixou de ser agradável ver esta jovem tocar e cantar, ficando a curiosidade de ver o desenvolvimento e o amadurecimento da sua musicalidade.
Segue-se o projecto Eyes for the Blind, um conjunto que nos poucos concertos que deu ao vivo demonstrou uma banda muito coesa e dinâmica. Muita atitude em palco, boa presença de quase todos os elementos, bons temas originais e, a finalizar, uma cover de Sepultura – parece que 10 anos depois começa a ser “moda” novamente – no caso Roots Bloody Roots. Cada vez mais agradáveis de se ver ao vivo.
Mais um projecto recente sobe ao palco das Escaleiras, no caso os Justiça da Noite. Apesar de mostrarem ainda muita inexperiência, o primeiro ponto positivo vai para o facto de cantarem em português. Rock muito cru, sujo e por vezes rápido marcaram a actuação deste colectivo que teve tempo de tocar algumas covers, sendo a mais conhecida a de Metallica, For Whom the Bell Tolls.
Os Nomdella são já conhecidos do público local e destilaram metal puro e duro, como é hábito. Rápidos, pesados, criativos e muito interactivos com o público, fizeram das suas sonoridades das mais aplaudidas do Escaleiras 2011. Cada vez mais “colados” ao metal da nova geração e dos anos 00, primam pela boa técnica dos músicos, da melhorada prestação do vocalista e de muita presença em palco.
A noite e o evento encerram com os Anomally, actualmente o projecto terceirense mais consolidado dentro das sonoridades mais pesadas. Muito haveria a dizer caso este tivesse sido um concerto diferente do habitual, o que não foi o caso. Directo, pesado, tecnicamente evoluído, muito rápido e, ainda assim, melodioso. Cada vez que sobem ao palco mantém a precisão que lhes é conhecida e demonstram, nos temas novos, que a criatividade não se esgotou. Sendo dos setlist mais compridos deste evento, tocaram alguns temas novos e correram o seu álbum de estreia quase todo, com tempo para a sua versão de Unequal Rights, dos Morbid Death e duas covers, Dimmu Borgir e In Flames. No encore tocam o tema que abriu o seu espectáculo, From Lust to Screams.
Nota de fecho da segunda noite: noite de música muito agradável, mas a qualidade de som que saía do PA “doía” bastante…
Resumindo, deve-se saudar a boa vontade dos elementos da organização e produção – facto repetido por diversas vezes por elementos de algumas das bandas – pela coragem de fazer um evento do género, num local não habituada a estas andanças, mas que se provou muito adequado.
Boa entrega dos muitos músicos amadores que actuaram ao vivo e que fizeram, afinal, o Escaleiras 2011. Esperamos por nova edição em 2012…?

quinta-feira, maio 19, 2011

PUNKADA! Fest 2011

BOSS AC, PUNKADA!, CAIM e DESBUNDA+1 são as bandas que integram o cartaz do PUNKADA! Fest 2011 que se realiza a 08 e 09 de Julho, na Quinta de São Lourenço, na ilha do Faial.
Para além da realização dos concertos com as bandas referidas o PUNKADA! Fest 2011 conta ainda com as actuações de POETA URBANO & DJ SILVER STAR, DJ FBO, DJ DOUBLE GEE e DJ DIOGO VIEIRA.
Trata-se de um festival que teve início em 2010 com o objectivo de assinalar o 10º aniversário da banda PUNKADA! e que contou com a presença das bandas Suzerain (Inglaterra), Anommaly, Crossfaith e ainda com a participação dos DJ's Lady M e FBO.
Com produção da AZOR WAVES, o PUNKADA! Fest 2011 conta os apoios da Direcção Regional da Juventude, Câmara Municipal da Horta, Câmara do Comércio e Indústria da Horta e Antena 9.

terça-feira, maio 03, 2011

FESTIVAL ANGRAROCK 2011 - GNR cabeças de cartaz

No ano em que comemoram 30 anos de carreira os GNR são cabeças cartaz do FESTIVAL ANGRAROCK 2011 que terá lugar a 02 e 03 de Setembro, no Recinto do Bailão, em Angra do Heroísmo.
GNR, PUNKADA! (com TRIBUTO A RAMMSTEIN) e POETA URBANO & SILVER STAR são os primeiros nomes confirmados para o cartaz da 11ª edição do FESTIVAL ANGRAROCK, que vai contar ainda com a participação de mais duas bandas, um DJ e os três projectos premiados no CONCURSO ANGRAROCK 2011.
Trata-se de uma iniciativa da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e da Culturangra com produção da Azor Waves.

CONCURSO ANGRAROCK 2011

A 12ª edição do CONCURSO ANGRAROCK terá lugar a 09, 10 e 11 de Junho, pelas 21h30, no auditório do Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo.
Trata-se de uma iniciativa da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e da Culturangra, com produção da Azor Waves que tem como objectivo principal promover a criação musical na área da música moderna, estimulando o surgimento de novos projectos musicais nos Açores.
Pretende-se dar continuidade a um evento que é já uma referência a nível regional e nacional para dar maior visibilidade aos projectos musicais açorianos já existentes e revelar novos talentos.
A participação no CONCURSO ANGRAROCK 2011 está apenas aberta a projectos musicais dos Açores que preencham as condições estabelecidas no Regulamento.
Os projectos musicais participantes no CONCURSO ANGRAROCK 2011 serão agrupados em duas eliminatórias. Os cinco projectos mais pontuados no conjunto das duas eliminatórias serão apurados para a final. A apreciação dos projectos musicais concorrentes será efectuada por um Júri constituído por três elementos.
Serão atribuídos aos três primeiros classificados os seguintes prémios: 1º Classificado: um trofeu e € 1.500; 2º Classificado: € 1.000 e 3º Classificado: € 500 euros. Todos os concorrentes terão como prémio uma gravação integral da sua participação registada em vídeo com qualidade profissional.
Os três primeiros classificados serão convidados a participar no FESTIVAL ANGRAROCK 2011, que terá lugar a 02 e 03 de Setembro no Recinto do Bailão, em Angra do Heroísmo.
As inscrições para o CONCURSO ANGRAROCK 2011 decorrem até ao dia 31 de Maio, sendo efectuadas apenas através da Internet em www.angrarock.com onde podem ser obtidas mais informações.

Festival "A Colheita"

Texto - Miguel de Aguiar / Fotos - Catarina Melo


Eyes For The Blind, Amnnezia, Somnivm, Banda da Colheita, DJ Lino e MD Boi foram os atractivos para esta que é já a terceira edição do festival “A Colheita” realizado no passado dia 15 e 16 de Abril. O recinto foi mais uma vez o Edifício Cultural de São Bento que a meu ver não será o mais aconselhado para o efeito, a acústica da sala é terrível e o espaço demasiado grande para um evento que infelizmente parece estar destinado a ter cada vez menos público.
Eyes For The Blind
A estreia dos EFTB era aguardada com alguma expectativa e por volta das 22h45 da noite de sexta-feira o colectivo liderado por Ricardo Gil deu inicio à sua actuação. Em 30 minutos a banda, prejudicada por um som muito pouco perceptível apresentou-nos 5 temas onde foi possível ouvir uma mistura de metalcore com algum groove. Apesar de alguns aspectos técnicos a melhorarem e da sua pouca maturidade a banda demonstrou estar à vontade em palco com especial destaque para o guitarrista solo, baterista (Tiago baterista de Somnivm) e para o vocalista da banda que demonstrou ser um frontman à altura de uma banda promissora no espectro mais “pesado” do que por cá se faz. “Beneath a Bleeding Sky” e “Box of Secrets” foram a meu ver os dois melhores temas apresentados ficando no entanto o desejo de voltar a ver esta jovem banda com melhores condições a nível sonoro. Logo de seguida estiveram em palco os Amnnezia, banda que ao fim de 7 anos dá por terminada a sua carreira e termina com a presença no palco d’ A Colheita. Uma notória falta de ensaios aliada a uma presença muito pálida e paragens monótonas entre cada tema fez com que aquele que se esperava ser um concerto memorável acabasse por ser apenas mais um a juntar aos outros. Infelizmente os Amnnezia foram também fustigados pelo som que se fez ouvir no salão do Edifício Cultural de São Bento, a guitarra ritmo não se ouviu praticamente durante todo o concerto. Foram 9 os temas apresentados ao longo dos 60 minutos de actuação em que o quinteto nos presenteou com temas como “Mirror”, “Euthanasia”, “Ilha”, “Another” e “Exorcism” sendo que estes dois últimos contaram com a participação especial de Bruno Achadinha (Somnivm) partilhando assim a sua voz gutural com a voz melódica de Natal Machado o que fez animar um pouco mais o público presente. Houve ainda tempo para a já conhecida versão de “Menina dos Olhos Tristes”, tema original de Zeca Afonso. 
Amnnezia
A noite de sexta-feira prosseguiu com DJ Lino.
Para a noite de sábado estava guardado o regresso dos Somnivm ao palco da Colheita e a estreia da Banda da Colheita, estava garantida uma noite com muito metal. Às 23 horas foram dados os primeiros acordes com uma intro de teclado por parte dos Somnivm, infelizmente esta foi uma das muito poucas vezes que esse instrumento se fez ouvir durante todo o concerto. “Our Darkest Nightmare”, “Reborn By A Godly Force” foram alguns dos temas já conhecidos que ao longo de 60 minutos fizeram as delícias daqueles que ali estavam para ver o regresso desta banda aos palcos. Pelo meio foram ainda apresentados 3 novos temas “Facing War”, “Castle of Cards” e “Frozen Sun”, temas esses que pouco ou nada fogem ao já anteriormente feito à excepção de introdução de vocalizações em tom limpo por parte de Bruno Achadinha. 
Somnium
A banda brindou ainda os presentes com duas covers, a já conhecida “Eternal” dos britânicos Paradise Lost e o momento da noite foi inteiramente para a sua nova “Pursuit of Vikings” de Amon Amarth cover esta que vem comprovar que os Suecos são sem dúvida uma das referências para esta banda. “The Curse”, amaldiçoada ou não teve um inicio um pouco atribulado mas que facilmente foi ultrapassado terminando assim a actuação desta banda que deixou para trás um concerto que agradou ao público “metaleiro” presente. A apontar apenas o pouco à vontade ainda em palco por parte de alguns membros que ainda se prendem muito ao seu espaço e a falta de concentração do baterista que originou alguns momentos menos bons ao longo do concerto. Nota positiva para Bruno Achadinha que tem-se mostrado um frontman sem medo do público e para o guitarrista solo. Rui Reis (System Failure), Nelson Leal (Anomally), Vitor Moreira (Nomdella) Marco Lote (Skar, ex Anomally) e João Freitas (Filthy Maggot) membros bem conhecidos do nosso panorama de “peso” foram os cúmplices que se juntaram para recordar alguns temas de bandas tão conhecidas como Metallica, Sepultura ou Pantera. 
Banda da Colheita
E foi com “Loco” de Coal Chamber provavelmente o tema menos conhecido pelos presentes que a Banda da Colheita iniciou o seu setlist, de seguida surpreenderam todos os presentes tocando “Du Hast” de Rammstein, seguiu-se “Duality” de Slipknot tema este muito bem recebido pelo público contando com a participação improvisada de Ricardo Gil (Eyes For The Blind), “For Whom The Bell Tolls” sofreu uma interrupção forçada por motivos técnicos que impediram os dois vocalistas de interpretar este tema causando assim um momento menos positivo na sua actuação, seguiu-se um medley de Pantera com os temas “5 Minutes Alone” “Walk” e “Fucking Hostile”, “Redneck” de Lamb Of God foi o tema mais intrincado apresentado pela banda que mostrou não ter havido ensaios suficientes para o executar na perfeição, não sei se era esse o propósito da banda ou não pois pareciam estar ali só pelo gozo no entanto foi pena não terem conseguido executá-lo de maneira mais clara e perceptível. “Refuse/Resist” de Sepultura e “”Do What I Say” de Clawfinger ficaram para o fim, não havendo mais temas para apresentar em estilo de encore a banda repetiu o medley de Pantera. Destaque para Marco Lote que foi o membro mais massacrado tendo ficado com o trabalho de guitarra todo por sua conta, o que fez com que a banda saísse prejudicada em alguns momentos que fazia falta uma segunda guitarra, nem mesmo o trabalho de João Freitas no baixo foi o suficiente para colmatar esta falta na banda. MD Boi finalizou a noite com uma boa selecção do que de melhor se fez nas décadas de 80 e 90 e ainda alguns êxitos mais recentes de Metal.
 
Um ano e um mês depois, treze bandas e muitas horas dispensadas fizeram com que este jovem Festival chegue à sua 3ª edição graças à força de vontade empenho e dedicação de Beatriz Reis, que apesar de muitos se terem juntado a esta organização é ela a principal impulsionadora desta colheita do que de melhor se tem vindo a fazer por cá. 
É evidente que alguma imaturidade dá lugar a erros e a Colheita, apesar de já ir na sua 3ª edição continua a meu ver com alguns erros por corrigir. Será mesmo necessário realizar dois dias para colocar apenas quatro bandas em cartaz? Não haverá um local melhor para a realização deste evento? Foi correcto colocar uma banda que foi criada de propósito para este festival como cabeça de cartaz? Não seriam os Somnivm uma banda capaz de suportar esta responsabilidade? São as questões que me vêm à cabeça ao fazer um balanço do que se passou neste evento. 
Claro está que apesar destes aspectos que julgo deveriam ser repensados à que dar o devido mérito aos responsáveis por este evento que tem acarinhado as bandas locais sem qualquer tipo de discriminação de estilos musicais. Um bem-haja a quem faz algo pelos músicos locais e que venham mais e melhores colheitas.