Começo a escrever meio embebido numa monotonia particularmente singular! A ignorância transeunte aplacou-me, prendeu-me movimentos, palavras, sinto muito raiva de quem é ignorante por conta própria! Posso não ser mais que um gebo, posso ser um asno mais ou menos mal vestido, mas existe uma infinidade de burros com orelhas muito maiores que as minhas. E esses gajos irritam-me! Irrita-me as “pessoas” não serem educadas, não saberem comunicar, conviver, não terem bom senso e sentido de oportunidade, cultura… Irrita-me aquele individuo natural de uma qualquer aldeola do “mais – que – interior – norte” do país que vem para cá viver com uma mão atrás e outra…agarrada a uma cerveja, com um sotaque orgulhosamente vincado, com um cheiro característico de taberna sem controlo de qualidade e o pó ressequido do cimento nas calças, camisa, botas e cabelo. Nas mãos nota-se o areado do dia escondido nas unhas e o vício do levantar aquelas garrafas de vinho simplório. São os que vem para cá contra vontade, mas de cá não saem, o porquê só eles sabem! São aqueles que não sabem o que é “desculpa”, “obrigado”, bom dia”, são aqueles que julgam serem donos da razão e sofrem de “clubite” aguda e de uma fé que eles próprios não sabem explicar, mas veneram. São estes que me irritam, os que vivem ao som de um qualquer Xitãizinho e Xóróró ou Zézé Camargo e Luciana em K7´s de fita castanha. São estes os gajos que mais me irritam…os mais irritantes! São estes os gajos que, obviamente, nunca vão ler isto…
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