Texto - Miguel Linhares
Sempre que chega esta altura do ano começa-se a falar desta ou daquela banda, deste ou daquele concerto. O sentimento invernoso começa a abandonar-nos e já começamos a pensar no verão que se aproxima a passos largos. É nesta altura do ano que a música na nossa região floresce, embora modestamente, como se sabe.
De ano para ano são muitas as promessas, as tentativas e as boas vontades em realmente dar um lugar de destaque aos nossos artistas e criadores, mas poucas são essas iniciativas que vingam e revelam-se produtivas. Sei disso porque estou atento e dentro deste meio há quase quinze anos, tempo suficiente para perceber a milhas de distância as virtudes e defeitos da nossa política e boa vontade cultural. Hoje em dia, embora esteja a tentar ter um papel mais activo e eficiente nesta matéria, ainda são várias as vezes em que me coloco como mero espectador e apreciador. É aí que se constroem as boas críticas!
Espero que este ano de 2007 seja realmente mais amistoso para com as nossas bandas e que lhes faça as devidas vénias pelo esforço de fazerem algo por amor à camisola, com muitos sacrifícios – umas vezes pessoais, muitas vezes profissionais – e tentarem, para além alimentarem o seu gosto por esta arte, enriquecerem a nossa cultural alternativa e urbana regional.De minha parte e já muito em breve começarei com esse trabalho! Não revelo mais aqui, porque este não é o espaço próprio para promoção dos meus intentos. Não quero e não posso fazê-lo. Mas digo isto só para que se saiba que por mais pequeno que seja o passo, esse será dado e se todos se unirem nessa intenção, todos ficarão a ganhar. Podemos levar a música terceirense mais longe, podemos expô-la mais e podemos fazer da Terceira uma ilha com interessantes movimentações multiculturais, neste caso com foco na música. E como já disse aqui, desta certeza ninguém me demove!
in jornal "A União", 09 Março, 2007
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