Texto - Miguel Linhares
Estive presente no Rock in Rio, em Lisboa, em 2004. O cartaz convidava em quase todos os dias, embora só tenha estado presente no dia 30 de Maio e no dia 4 de Junho. Um grande grupo de amigos dirigiu-se ao continente, a partir da Terceira, para ver algumas das suas bandas favoritas, alguns pela primeira vez! Para nós, o grande nome daquele festival: Metallica! Outros provocavam arrepios, como Slipknot, Sepultura, Moonspell, Evanescence, Foo Figthers… mas os Metallica acabaram por ser, para nós, os senhores daquele festival. Já os tinha visto em 1997, na cidade de Worcester, nos Estados Unidos, mas a vontade de voltar a presencia-los ao vivo era muita.
Toda a envolvente daquele festival levou-me a dizer que, dois anos depois, estaria no Parque da Bela Vista, novamente, para a segunda edição. Já passaram esses dois anos e não fui. Porquê? Apesar de não ter disponibilidade neste momento, a verdadeira razão é o cartaz do festival. Primeiro, porque este ano não existe uma noite dedicada ao Metal, até acho que pode-se dizer que não existe uma noite dedicada ao Rock, ao verdadeiro Rock moderno! De Rock este festival tem muito pouco e os grupos escolhidos não acho que sejam os melhores. Ainda assim, não me importava nada de ver ao vivo Rogers Waters, Red Hot Chilli Peppers, Guns n´Roses (se bem que estes deixaram muito a desejar, pelo que vi na televisão…), vá lá, até Anastacia não me importava de ver ao vivo. Mas este não é um festival de encher o olho… como disse um amigo meu, este é mais um Pop in Rio. Talvez tenha razão, mas realmente, pelo que se vê, vende muitos bilhetes!
No lado oposto está o Super Bock Super Rock (SBSR), que em 2004 tentou aniquilar a supremacia do Rock in Rio, mas não conseguiu. Realizam-se na mesma altura, só que o SBSR é todos os anos. Este ano, colidem novamente nas datas, mas o SBSR com um cartaz muitíssimo superior ao Rock in Rio. Em todos os aspectos. A nível de Metal nem vale a pena dizer nada, a não ser os nomes de alguns dos artistas do cartaz: Tool, Soulfly, Korn, Alice in Chains, Ramp, Moonspell, Deftones…
No que concerne á musica mais alternativa e ao Hip-Hop, também basta dizer os nomes de alguns dos artistas: Franz Ferdinand, The Cult, Deus, Boss AC, 50 Cent, Keane… está explicado. O que não consigo explicar é a razão de eu não ter percebido mais cedo que o SBSR ia ser tão forte e o facto de eu não estar lá! E para não variar, ligaram-me de lá e ouvi, através do telemóvel, o concerto de Soulfly praticamente todo. Brincadeirinha…
in jornal "A União" de 31 de Maio de 2006
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