Texto - Miguel Linhares
E assim se passou mais uma edição do concurso AngraRock, em Angra do Heroísmo. Como sabem não estive lá, mas acompanhei a par e passo tudo o que por lá ia acontecendo, na hora. Os telemóveis tocaram várias vezes, receberam algumas mensagens e na hora em que foi revelado o vencedor tocaram os dois ao mesmo tempo. Atendi-os, mas só falava com um, ao outro, peço desculpa. Hehe…
O que quero dizer com isto é que realmente não me consegui manter afastado deste evento, pois acompanho-o desde o seu início no ano 2000 e interesso-me pela música, pelos artistas, pelos acontecimentos. Respiro muito estes momentos. Apesar de também ser muito crítico em relação a esta organização e alguns dos seus actos, fi-lo sempre com respeito e construtivamente. Embora seja dos maiores críticos, tenho a certeza que acabo por ser dos mais justos e correctos. Se não for, digam-no… Acima de tudo acho muito importante que pelo menos haja alguma coisa para esta juventude arrebitar. Só isso já é muito bom! E quando falo, faço-o por ser angrense e gostar de saber onde estão a ser investidos os dinheiros da minha Câmara Municipal e por ser, obviamente, pessoa interessada pelo assunto música.
Claro que este ano – mais uma vez – houve as vozes de descontentamento. As tais sem fundamentos sólidos… Uns porque não gostavam dos membros do júri, outros porque a banda do melhor amigo e/ou namorado não ganhou, outros porque a banda não era da sua ilha, outros porque gostam somente de falar, dizer alguma coisa e não estar calados. Enfim, são várias as razões. Para quem frequenta alguns dos fóruns e webzines açorianos dedicados à música, sabe do que estou a falar. Mesmo assim no ano passado foi pior. Mas isso realmente não interessa para nada, quem concorre a um evento desta natureza, deve ir preparado tanto para o primeiro prémio, como para a pontuação mais baixa. Assim como o público que deve aceitar a decisão do júri. Até que este evento seja, por exemplo, votado pelo público com um júri a presidir, só nos compete aceitar as votações finais.
Parabéns a todos os intervenientes, com especial incidência sobre os artistas!O artigo desta semana está assinado pelo Miguel de Aguiar (único responsável pelo seu conteúdo e opiniões expressas), teclista dos Anomally, a quem pedi que fizesse a reportagem nos três dias do evento. Obrigado pela disponibilidade.
in jornal "A União", 13 de Junho, 2007
1 comentário:
Sim, senhor, sempre incisivo!
Oralmente dir-se-ia que "quem fala assim não é gago". Acrescento eu que quem escreve assim não é disléxico!
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